quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Fidelidade à nova vida em Cristo

 
O cristão precisa sempre demonstrar seu amor a Deus
No ano novo as coisas continuarão as mesmas, o que vai mudar é nosso coração. O cristão pode mudar o mundo. O cristão não pode ser triste, ele olha para qualquer situação do mundo e a enfrenta em nome de Deus e diz: “nós vamos mudar essa situação”. Essa é a esperança Cristã, a vida que vence a morte.

Houve uma fase na história da humanidade, quando desabou o império Romano por causa da sua imoralidade e em que os bárbaros dominaram o maior império, e parecia que o mundo iria acabar. São Jerônimo, derramava lágrimas porque era cidadão romamo. Ele teve que parar a tradução do livro de Isaías por causa das suas lágrimas, e dizia o mundo acabou, porque os Bárbaros estavam destruindo tudo. Santo Agostinho escreveu um obra “Cidade de Deus”, dizendo ninguém pode vencer Deus, o mundo vai sobreviver. E o mundo sobreviveu. E a Igreja Católica foi a única instituição que ficou de pé, porque ela tinha grandes santos, tinha os mosteiros que são celeiros de grande santos. E a Igreja converteu os Bárbaros. A fé venceu a desgraça.

Nenhuma fase da história o cristianismo poderá ser vencido. Estamos vendo no mundo muitas blasfêmias, ataques, mas não tenham medo porque Deus sempre venceu e sempre vencerá. Não é o mundo que precisa mudar, somos nós cristãos que precisamos mudar o mundo. A Igreja nunca escolheu a quem ela deve levar o Evangelho. Ela não escolhe quem evangelizar, ela evangeliza quem está na sua frente.

O Reino de Deus se estabelece primeiramente no nosso coração e depois nas nossas famílias. Não esperemos que o ano seja diferente, nós que vamos fazê-lo diferente. Não espere que o ano seja uma vida nova, nós que faremos uma vida nova. O que se fez velho não é o ano, é a nossa vida sem cristo. E a vida nova é a nova vida em Cristo. Você só terá um feliz ano novo, se você tiver uma vida em Cristo.

A pessoa que não conhece Jesus Cristo, não sabe quem ela é. Ela não conhece sua identidade, porque casa, porque não casa, não sabe quem ele é. O homem que não encontrou sua identidade está perdido no escuro, sua vida é um vazio. Só tem uma pessoa que pode dar sentido nessa vida, Jesus Cristo. E Ele veio para esse mundo para dar sentido a sua vida, você é um filho amado de Deus. O Senhor te criou a sua imagem e semelhança. Você não poderia ser criado de uma maneira mais bonita.

Você foi criado a imagem do grande artista. Valorize sua vida. Não diga eu não presto para nada. Porque cristo veio lhe dizer, você é um filho amado de Deus, tanto que Ele deu a vida por você numa cruz. Não jogue no lixo a imagem de Deus que é você. Levanta-te.

“Não esperemos que o ano seja diferente, nós que vamos fazê-lo diferente”

Sejamos luz para o mundo. Somos como a lua, que não tem luz própria, mas ela reflete a luz do sol sobre a terra. Nós somos escuridão, mas quando a luz de Cristo vem sobre nós, nós podemos refletir essa luz de Cristo para as pessoas.

Deus nos fez inteligentes, livres. Mas porque Ele nos fez tão frágeis, um vaso de barro? São Paulo responde, para que saibamos que não é mérito nosso, é graça de Deus. Um vaso de barro precisa ser manuseado com muito cuidado, porque senão eles se quebram. É por isso que muitos filhos de Deus se perdem, não foram tratados com cuidados.
 
Jesus disse aos discípulos: “Vigiai e orai, porque os espírito é forte, mas a carne é fraca”. Nós fazemos um monte de propósitos, mas muitas vezes não conseguimos porque a carne é fraca, por isso Jesus nos manda orar. E com a oração temos força para vencer o pecado, para ter uma vida em nova em Cristo.
Não adianta você querer ter uma vida nova, se não fizer essas duas coisas: Vigiar e orar. O inimigo de Deus nos domina pelo pecado, São Paulo diz “o salário do pecado é a morte”. Se não fosse o pecado não existiria a morte. Cristo veio tirar o pecado do mundo. João Batista disse: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” Ele não disse que Ele veio curar. Jesus veio para tirar a causa dos sofrimentos, o pecado do mundo.

A Igreja, que é o corpo do Cristo, existe para tirar o pecado do mundo. Ela continuar a fazer o que Cristo fez, tirar o pecado do mundo.

Não importa se vamos viver um ano com tribulações, porque Deus está conosco. O Cristão sabe que Deus está com Ele a todo instante. O que importa que é o homem interior se renova a cada dia, isso que você precisa levar para o ano novo, mesmo que se desconjunte o homem exterior, o homem interior se renova a cada dia, essa é a nossa esperança.

A revolução que a Igreja fez no mundo, foi a revolução da Cruz. O cristão tem os pés no mundo, mas caminha com o coração no céu. Quando os primeiros cristão compreenderam que a felicidade não está nesse mundo, ninguém mais os segurou. Ficamos com vergonha da nossa fé, diante da fé deles, eles eram entregues à boca dos leões, mas não negavam sua fé em Jesus Cristo. Perpétua e Felicidade, foram presas e condenadas por serem cristãs, mas elas não negaram Jesus Cristo. Só a fé na eternidade pode proporcionar essa coragem. Milhares de pessoas morreram, para não negarem a fé em Cristo.
Se nós não fossemos tão frágeis, não iriamos querer saber do céu. Deus tem algo tão bom para nós que São Paulo não pode descrever, “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” (1 Coríntios 2,9). Era essa esperança que impulsionava os mártires a deixar tudo nessa vida para conseguir o céu. Nossa pátria não é nessa Terra, nossa pátria é no Céu. Somos cidadãos do céu. Se queremos viver um ano novo, uma vida nova, vamos viver em Jesus Cristo.

“Não tenham medo porque Cristo Ressuscitado caminha conosco.”
Beato João Paulo II

Prof. Felipe Aquino

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Como dialogar com seu filho adolescente - Prof. Felipe Aquino

Nossos filhos serão o que permitimos que eles sejam.
Saiba ser paciente e elogiar
Há um provérbio que diz: “Ame-me quando eu menos merecer, pois é quando eu mais preciso”. Na adolescência, o mundo começa a se abrir para a criança. Os pais precisam compreender e ajudar os filhos nesta idade com especial carinho e atenção. Eles já foram adolescentes e devem recordar essa fase da vida. Na adolescência, tanto para o menino como para a menina, há mudanças fisiológicas consideráveis provocadas pelos hormônios do desenvolvimento da idade. De uma hora para outra, eles dão uma espichada no corpo e também no psiquismo. É a fase também em que descobrem o mundo, os amigos, as saídas de casa, as aventuras etc. É a fase da contestação.

O adolescente é como um pintinho que faz força para sair da casca do ovo; ele esperneia, quer se afirmar como “alguém”. “Não sou mais criança”. Algumas vezes, ele mostra alguma agressividade, rebeldia e quase sempre “é do contra”; tudo isto é da idade, e os pais têm que ter sabedoria e paciência para educá-los sem perder a calma. Isto não quer dizer abrir mão dos conceitos do certo e do errado, mas não perder a via do diálogo sem o qual nada será possível. E o mais importante é a amizade e o exemplo.

Assista: Risco da vaidade exagerada entre adolescentes

Esforce-se para se atualizar na realidade deles; as músicas, o computador, os jogos, as gírias, a moda etc. Não fique para trás; acompanhe-os para ter condições de orientar sem sufocar. Há algo de bom neste comportamento, às vezes excêntrico, que tanto irrita os adultos. É a fase em que o jovem busca a “liberdade” e a “independência”. Daí a importância de eles já terem sido ensinados pelos pais sobre o real sentido da liberdade e da independência, do amor, da fé, do namoro, das bebidas, da droga, da homossexualidade, da disciplina, do respeito aos outros etc., para que não caminhem por vias tortas. O leão é domado mais com uma pedra de açúcar na boca do que com o chicote.

Precisamos ser sábios o suficiente para saber aproveitar toda essa energia acumulada na adolescência. Sem ventos e correntes o barco não pode navegar, mas o marujo precisa saber aproveitá-los para que a viagem seja boa. Saiba dirigir a potência dos seus filhos para atividades que eles gostem e que lhes façam bem. Saibam dosar com inteligência e prudência as reprimendas, castigos e recompensas, tudo muito bem regado com diálogo e boa explicação de tudo. Saiba ser paciente e nunca deixe de dar outra oportunidade para que o jovem possa se redimir do seu erro. E saiba elogiar.

O bom castigo e a boa correção não podem faltar quando a falha é grave; eles, no fundo, querem ser educados e sabem que isso acontece, porque são amados por seus pais. Crianças sem correção chegam à conclusão de que não são amadas pelos pais, que não se interessam por elas. Mas a correção não pode ser violenta e muito menos humilhante. Às vezes, o adolescente irrita os pais e “os tira do sério”, mas é preciso estar predisposto a não perder a calma. O furacão passa. Não dê importância demais às palavras deles, pois, muitas vezes, estão extravasando os seus sentimentos mais secretos.

Lembro-me de um amigo que chegou às lágrimas quando leu, no diário de sua filha, o seguinte: “Aquele fdp do meu pai não me deixou ir ao show”. Ela já tinha obtido a permissão da mãe, mas o pai não a autorizou. Meu amigo quase morreu de desgosto; eu o fiz ver que a expressão da filha, embora grave, não podia ser motivo de uma crise; tudo devia ser resolvido com uma boa conversa. Pai e mãe precisam conversar antes de autorizar ou não algum pedido deles. Nunca um deles deve autorizar algo complicado sem antes ter falado com o outro. Isso evita que um seja jogado contra o outro.

Conquiste seu filho adolescente, não com o que você dá a ele, mas com o que você é para ele; tenha tempo para ele. Então, poderá educá-lo como deseja e poderá falar para ele dos perigos da vida que os espera e o caminho certo a seguir.
Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino @pfelipeaquino, é casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de aprofundamentos no país e no exterior, escreveu mais de 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Pergunte e Responderemos". Saiba mais em Blog do Professor Felipe Site do autor: www.cleofas.com.br

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Exposição sobre o CREDO - São Tomás de Aquino


Exposição sobre o CREDO * Prólogo -- A Fé

O primeiro bem necessário a todo o cristão é a Fé, sem a qual ninguém é chamado cristão fiel. Ora a fé traz quatro benefícios.

* Primeiro benefício da fé

O primeiro é a união da alma com Deus. Pela fé existe entre a alma e Deus uma união semelhante à do matrimônio. "Desposar-te-ei na Fé" (Os. 2, 22). Quando um homem é batizado é-lhe perguntado em primeiro lugar: "Crês em Deus?" Isto é assim porque o batismo sem a Fé não tem valor. De fato deve dizer-se que ninguém é aceite diante de Deus se não tiver Fé. "Sem Fé é impossível ser agradável a Deus" (Hb. 11, 6). Santo Agostinho explica as palavras de São Paulo, "Tudo o que não procede da Fé, é pecado" (Rom. 14, 23), desta forma: "Onde não há conhecimento da Verdade eterna e imutável, a virtude, mesmo no meio da melhor vida moral, é falsa."

* Segundo benefício da fé

O segundo efeito da Fé é que a vida eterna já teve início em nós; pois a vida eterna não é outra coisa senão o conhecimento de Deus. Isto foi anunciado pelo Senhor quando disse: "a vida eterna consiste em que conheçam a Ti, único Deus verdadeiro, e aquele que enviaste, Jesus Cristo" (Jo. 17, 3). Este conhecimento de Deus começa aqui (na terra) através da Fé, mas só será perfeito na vida futura quando conhecermos Deus como Ele é. Por isso São Paulo diz: "A Fé é a substância do que se espera" (Hb 11, 1, Vulgata). Ninguém pode pois chegar á felicidade perfeita do Céu, que é o verdadeiro conhecimento de Deus, sem primeiro conhecer Deus através da Fé. "Bem-aventurados os que não viram e creram" (Jo. 20, 29).

* Terceiro benefício da fé

O terceiro bem que vem da Fé é a orientação reta que ela dá à nossa vida presente. Para que alguém viva uma boa vida é preciso que saiba tudo o que é necessário para viver retamente. Mas se dependesse apenas do esforço próprio para ter todo esse conhecimento necessário, ou nunca se atingiria tal conhecimento, ou se o conseguisse, seria só ao fim de muito tempo. Mas a Fé ensina-nos tudo o que é ecessário para vivermos uma boa vida. Ensina-nos que existe um Deus que recompensa o bem e pune o mal; que existe uma vida para além desta, e outras verdades pelas quais somos atraídos a viver retamente e a evitar o que é mal. "O justo vive pela Fé" (Hab. 2, 4). Isto é evidente pelo fato de nenhum dos filósofos antes da vinda de Cristo ter conseguido, pelos seus próprios esforços, conhecer a Deus e aos meios necessários à salvação, tão bem quanto qualquer velhinha desde a chegada de Cristo o conhece pela Fé. E por isso se diz em Isaías "a terra está cheia com o conhecimento do Senhor." (Is. 11, 9)

* Quarto benefício da fé

O quarto efeito da Fé é que por ela vencemos as tentações: "Os santos pela Fé conquistaram reinos" (Hb. 11, 33). Sabemos que qualquer tentação ou vem do mundo, ou da carne, ou do demônio. O demônio quer que desobedeçamos a Deus e não nos sujeitemos a Ele. Isto é removido pela Fé, pois por Ela sabemos que Ele é o Senhor de todas as coisas e deve por isso ser obedecido. "Eis que o vosso adversário, o diabo, vos rodeia como um leão a rugir, procurando a quem devorar. Resisti-lhe, firmes na Fé!" (1Pd. 5, 8). O mundo tenta- nos, quer prendendo-nos a ele pela prosperidade quer enchendo-nos de medo na adversidade. Mas a Fé vence-o pois leva-nos a acreditar numa vida melhor que há-de vir, e por isso desprezamos as riquezas deste mundo e não somos aterrorizados diante da adversidade. "Esta é a vitória que venceu o mundo: a nossa Fé" (1Jo. 5, 4). A carne tenta-nos atraindo-nos para os prazeres passageiros desta vida presente. Mas a Fé mostra-nos que, se nos prendermos desordenadamente a estas coisas, perderemos as alegrias eternas. "Empunhai sempre o escudo da Fé" (Ef. 6, 16)

Por tudo isso vemos que é muito útil ter Fé.

São Tomás de Aquino 

quinta-feira, 12 de setembro de 2013

Advogado cristão assume caso de chinesa obrigada a abortar

A liberdade é o dom mais precioso da alma humana. Nem Deus a viola. Quem admite que o comunismo é bom, ou não conhece o comunismo, ou tem interesses que, com certeza, não são moralmente corretos.

Defender, enquanto advogado, uma causa como a dessa jovem, é um risco muito grande na China. Mas não fazê-lo é perder a própria liberdade de consciência.

Rezo pelo colega advogado e irmão na fé, para que o Senhor lhe dê o dom da Sabedoria e da Fortaleza, para enfrentar, com nobreza e altivez, o direito, a justiça e a verdade.


Da Redação, com Agências 

Foi presa na província de Guizhou, a chinesa que denunciou os maltratos e o aborto sofrido à força por ordem do governo local. Segundo informou a agência de notícias dos jesuítas, AsiaNews, Li Fengfei foi raptada no mês de julho e obrigada a abortar no nono mês de gravidez. Após se recuperar, a jovem de etnia Hmong decidiu denunciar o fato à polícia.

O caso se tornou conhecido depois que o advogado cristão, Li Guisheng, tomou conhecimento do fato através de um blog popular da China, o Weibo. De acordo com o advogado  que decidiu defendê-la,  a jovem foi presa dias depois da denúncia.

A chinesa, que trabalhava em um banco municipal de Bijie, foi acusada de “fraude e apropriação indevida”. O advogado afirmou que a acusação é falsa e serviu para desviar a atenção da denúncia feita por ela. Segundo testemunhas, a jovem foi punida por ter se recusado a participar de uma fraude proposta pelo chefe.

A lei do filho único continua a ser um instrumento não só de repressão e violação dos direitos humanos da população chinesa, mas confirma-se como um método para promover a corrupção e desvio de fundos no governo. Segundo denúncia de um advogado dissidente, em 2012, só as multas impostas por infrações desta lei somaram mais de 5  milhões de reais.

fonte: Canção Nova

Leia hoje: Salmo 30

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A chave para a cura interior

Queridos irmãos, quero falar a vocês sobre a importância do silêncio.

Muitas vezes, o silêncio tem o objetivo de fazer o papel do tempo para o que precisamos refletir na nossa caminhada de cristão. Além disso, o silêncio é uma oportunidade maravilhosa ofertada por Deus em nossas vidas. Quanto tempo, às vezes, passamos sem nos comunicarmos com pessoas que amamos? É, assim, um silêncio que fala.

Nunca me esqueço de um retiro que eu e a Luzia fizemos em Fátima, Portugal. Foram sete dias de profundo silêncio. Nós nos comunicávamos somente o necessário; vivemos profundamente a escuta de Deus.

O retiro era sobre a reflexão do silêncio como chave para a cura interior. Em busca da felicidade, deparei-me com a certeza de que para eu ser feliz na vida é indispensável que eu me reconcilie com Deus, com a minha história, comigo mesmo e com os outros, porque os dramas, as injustiças vividas, as feridas interiores podem nos bloquear de ir ao encontro da felicidade.

Por isso, diante das dificuldades, o ser humano é chamado a trabalhar em si mesmo, a fim de reencontrar a paz e a quietude interior.

Santo Inácio dizia: “Bem-aventurados os ouvidos que prestam atenção não só à voz que ressoa por fora, mas à verdade que fala e ensina de dentro”.

Precisamos de uma educação no silêncio. E, então, Deus terá espaço para comunicar a sua palavra criadora e redentora para que cure e cicatrize; palavra que dá alegria e esperança. Bento XVI disse que é preciso ser capaz de escutar com o coração o Deus que fala.

Foto: Arquivo/cancaonova.com



Wellington Silva Jardim (Eto)
Cofundador e missionário da Comunidade Canção Nova

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Sem Maria não teríamos Jesus

Maria Santíssima é a criatura por excelência, pois dEla nasceu o Criador.

Ninguém maior que seja nascido de homem.

Maria é a primeira criatura concebida desde toda a eternidade no coração de Deus.

Por isso o demônio a inveja, e dEla claudica, e despreza, e abomina.

Por saber que nada pode contra ela, e por saber que dEla nasceu O que nos deu a vitória sobre o mal, sobre as trevas do pecado, e sobre a morte.

Penso muito sobre os que desdenham de Maria Santíssima, se não estão enredados pelos 'contos' do encardido...

Deixo-lhes este belíssimo texto de Monsenhor Jonas:


Sem Maria não teríamos Jesus
 
Sem Maria não teríamos Jesus e sem Jesus não teríamos a salvação, estaríamos perdidos, porque nenhum de nós poderia se salvar. É isso que o demônio desejava. No entanto, ele não imaginava que Deus tinha um projeto guardado em seu coração: fez Maria imaculada. Esse era o plano do Pai, pois para que o Seu Filho se fizesse homem, era preciso que alguém lhe oferecesse a carne. Embora pudesse criá-la para Seu Filho, Ele não o quis.

O Pai desejou que, como toda criatura humana, Jesus tivesse uma mãe, que fosse concebido, gerado, dado à luz. A primeira criatura pensada pelo Pai foi a Mãe para o Seu Filho. Eis uma realidade muito importante para nós cristãos.

Desde o momento em que Deus concebeu que Seu Filho viria ao mundo e se faria homem, o primogênito de uma multidão de irmãos, Ele quis que Cristo tivesse uma mãe. Assim, a primeira das criaturas a ser pensada por Deus foi a Mãe de Jesus. Foi Maria, a mulher que o Senhor concebeu para ser a Mãe de Jesus.

"Sem Maria não teríamos Jesus e sem Jesus não teríamos a salvação", comenta o fundador da Comunidade Canção Nova, monsenhor Jonas Abib,
Quereis saber quão feliz, quão alto é e quão digno de ser festejado o nascimento de Maria?
Vede para que nasceu. Nasceu para que d'Ela nascesse Deus. (...)
Perguntai aos enfermos para que nasce esta celestial Menina, dir-vos-ão que nasce para Senhora da Saúde;
Perguntai aos pobres, dirão que nasce para Senhora dos Remédios;
Perguntai aos desamparados, dirão que nasce para Senhora do Amparo;
Perguntai aos desconsolados, dirão que nasce para Senhora da Consolação;
Perguntai aos tristes, dirão que nasce para Senhora dos Prazeres;
Perguntai aos desesperados, dirão que nasce para Senhora da Esperança.
Os cegos dirão que nasce para Senhora da Luz; os discordes, para Senhora da Paz;
os desencaminhados, para Senhora da Guia;
os cativos, para Senhora do Livramento;
os cercados, para Senhora da Vitória.
Dirão os pleiteantes que nasce para Senhora do Bom Despacho;
Os navegantes, para Senhora da Boa Viagem;
Os temerosos da sua fortuna, para Senhora do Bom Sucesso;
Os desconfiados da vida, para Senhora da Boa Morte;
Os pecadores todos, para Senhora da Graça; e todos os seus devotos, para Senhora da Glória.
E se todas estas vozes se unirem em uma só voz, dirão que nasce para ser Maria e Mãe de Jesus"

(Sermão do Nascimento da Mãe de Deus).

Deus o abençoe!
 
 Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

segunda-feira, 9 de setembro de 2013

O valor do silêncio para ouvirmos a voz de Deus

Sem silêncio e solidão não há encontro com Deus, afirma padre

André Alves
Da Redação - Canção Nova

''As pessoas que não suportam o silêncio é porque, na verdade, não se suportam. Elas se sentem agredidas pelo silêncio ...'', afirma padre Paulo.
“O encontro com Deus não é possível se não silenciarmos, pois se Deus nos fala, precisamos estar prontos para ouvir”. É o que defende o padre Paulo Ricardo Azevedo Júnior, sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT), neste mês em que o Santo Padre lembra aos católicos sobre o valor do silêncio.

Esta é uma das intenções de oração do Papa Francisco neste mês de setembro. A Igreja, junto com o Pontífice, pede a Deus para que os homens e mulheres deste tempo, “tantas vezes mergulhados num ritmo frenético de vida, redescubram o valor do silêncio e saibam escutar Deus e os irmãos”.

Em meio à correria da vida moderna, é comum perceber o pouco número daqueles que conseguem buscar esse encontro consigo e com Deus. Nesse sentido, Padre Paulo ressalta a realidade dos que, mesmo sem perceber, têm medo do silêncio ou da solidão, e por isso têm também a necessidade de estar sempre conectados a algo ou a alguém.

"As pessoas que não suportam o silêncio é porque, na verdade, não se suportam. Elas se sentem agredidas pelo silêncio, porque ele nos obriga a nos encontrarmos conosco mesmo", explicou o padre.

Silêncio: porta de encontro consigo e com Deus
Para o sacerdote, o encontro do indivíduo com ele mesmo é a porta que dá acesso a "Jesus, Vivo e Verdadeiro". "É a porta em que eu me abro para o Alto, me abrindo para dentro, para o encontro comigo mesmo", disse.

Portanto, segundo ele, o silêncio é fundamental na vida espiritual, no encontro com Deus que é Palavra. Sem silêncio não há encontro consigo mesmo, nem com Deus. Com isso, a vida espiritual não se desenvolve.

É possível promover esse tipo de encontro a todo o momento, diz o padre. "Se eu me encontro comigo, eu estou me recolhendo, por mais que haja barulho ao meu redor". No entanto - destacou - "é preciso também me dar um espaço de silêncio e solidão que, poderia dizer, é quase um hábito higiênico. As pessoas precisam também ter o hábito de ter um momento de recolhimento, seu, com Deus".

O silêncio e a solidão
Esse silêncio, porta para o encontro, está ligado à solidão, segundo o padre. Não se trata de um isolamento depressivo, mas um tipo de solidão que proporciona o contato com Deus, consigo mesmo e com o outro.
Na opinião de padre Paulo, as pessoas vivem agitadas, envolvidas por barulhos e experimentando corriqueiros encontros superficiais. "Não há encontros de coração a coração", afirmou. Os profundos encontros, segundo o sacerdote, acontecem quando duas solidões se encontram.
“Para a gente se encontrar com uma pessoa, a minha solidão tem que se encontrar com a sua solidão, ou seja, eu preciso enquanto pessoa me encontrar com alguém que sei, é uma outra pessoa que não vai saciar plenamente a minha sede de felicidade. São duas solidões que se encontram. Só assim é possível o encontro", esclareceu.

Entretanto, o único encontro capaz de produzir felicidade plena é o encontro com Deus. "O encontro com Deus é diferente no sentido que é Ele que consegue saciar essa solidão, mas ele fará isso plenamente no céu. Na vida de oração, a solidão e o silêncio estão juntos, porque estes são a condição para o encontro comigo mesmo e com Deus", completou.

A Igreja e o valor do silêncio
Nas diversas tradições religiosas da Igreja Católica, "a solidão e o silêncio constituem espaços privilegiados para ajudar as pessoas a encontrar-se a si mesmas e àquela Verdade que dá sentido a todas as coisas". Essa afirmação é do Papa emérito Bento XVI, em sua mensagem para o 46º Dia Mundial das Comunicações Sociais.

Para o bispo emérito de Roma, é necessário criar um ambiente propício, quase uma espécie de "ecossistema" capaz de equilibrar silêncio, palavra, imagens e sons. Ele também afirma na mensagem que o silêncio é o canal de comunicação entre Deus e o homem, e do homem com Deus.

"Temos necessidade daquele silêncio que se torna contemplação, que nos faz entrar no silêncio de Deus e assim chegar ao ponto onde nasce a Palavra, a Palavra redentora", escreveu o Pontífice.

Acesse:

sábado, 7 de setembro de 2013

Raphael Sampaio - dois anos

Sem palavras...
Daí do céu...uma bênção nos seja enviada, pai querido...
Nós sempre te amaremos...

Foto: 2 anos de saudades...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

O suave livro dos Salmos - Santo Ambrósio

Nos Salmos sempre encontramos o frescor que abranda a alma, quando ela está inflamada pelas paixões! Como Deus é bom!

Remédio para a salvação do homem
Imagem de DestaqueEmbora toda a Divina Escritura exale a graça de Deus, o mais suave é o Livro dos Salmos. Moisés, que escreveu os feitos dos patriarcas em simples prosa, quando fez passar, através do Mar Vermelho, o povo dos pais para imperecível admiração, vendo afogados o faraó e seus exércitos, sentiu inflamar-se seu engenho, pois conseguira portentos acima de suas forças e elevou triunfal cântico ao Senhor. Maria também tomou o pandeiro e assim exortava as outras, entoando: Cantemos ao Senhor, que se cobriu de glória e de honra; lançou ao mar cavalo e cavaleiro.

A história instrui, a lei ensina, a profecia anuncia, a correção castiga, a moral persuade. Ora, no Livro dos Salmos há proveito para todos e remédio para a salvação do homem. Quem o lê tem remédio especial para as chagas das paixões. Quem quiser lutar como em ginásio de almas e estádio das virtudes, onde estão preparados diversos gêneros de luta, escolha para si aquele que julgar mais adequado para mais facilmente alcançar a coroa.


Se alguém quiser recordar e imitar os feitos gloriosos dos antepassados, encontrará compendiada num salmo toda a história de nossos pais, podendo assim enriquecer o tesouro da memória numa breve leitura. Se alguém perscruta a força da lei que está no vínculo da caridade (quem ama o próximo cumpriu a lei), leia, então, nos salmos, com quanto amor um só se expôs aos mais graves perigos para repelir o opróbrio de todo o povo. Donde se reconhece não ser a glória da caridade menor do que o triunfo da virtude.

Que direi sobre o dom da profecia? Aquilo que outros anunciaram por enigmas, só a este aparece clara e abertamente a promessa de que o Senhor nasceria de sua linhagem, conforme lhe falou: Porei sobre teu trono o fruto de tuas entranhas. Por conseguinte, nos salmos não apenas nasce Jesus para nós, mas ainda aceita a salvífica Paixão de seu corpo, adormece, ressurge, sobe aos céus, assenta-se à direita do Pai. O que homem algum ousaria dizer, só esse profeta anunciou e depois o próprio Senhor o manifestou no seu Evangelho.

Santo Ambrósio
Bispo e Doutor da Igreja - Século IV

Leia hoje: Salmo 118

E seja Feliz!

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Papa Francisco convoca a Igreja a uma Vigília pela Paz







Index
PAPA FRANCISCO
ANGELUS 
Praça de São Pedro
Domingo, 1º de Setembro de 2013


Hoje, queridos irmãos e irmãs, 
 
queria fazer-me intérprete do grito que se eleva, com crescente angústia, em todos os cantos da terra, em todos os povos, em cada coração, na única grande família que é a humanidade: o grito da paz! É um grito que diz com força: queremos um mundo de paz, queremos ser homens e mulheres de paz, queremos que nesta nossa sociedade, dilacerada por divisões e conflitos, possa irromper a paz! Nunca mais a guerra! Nunca mais a guerra! A paz é um dom demasiado precioso, que deve ser promovido e tutelado.

Vivo com particular sofrimento e com preocupação as várias situações de conflito que existem na nossa terra; mas, nestes dias, o meu coração ficou profundamente ferido por aquilo que está acontecendo na Síria, e fica angustiado pelos desenvolvimentos dramáticos que se preanunciam.

Dirijo um forte Apelo pela paz, um Apelo que nasce do íntimo de mim mesmo! Quanto sofrimento, quanta destruição, quanta dor causou e está causando o uso das armas naquele país atormentado, especialmente entre a população civil e indefesa! Pensemos em quantas crianças não poderão ver a luz do futuro! Condeno com uma firmeza particular o uso das armas químicas! Ainda tenho gravadas na mente e no coração as imagens terríveis dos dias passados! Existe um juízo de Deus e também um juízo da história sobre as nossas ações aos quais não se pode escapar! O uso da violência nunca conduz à paz. Guerra chama mais guerra, violência chama mais violência. 

Com todas as minhas forças, peço às partes envolvidas no conflito que escutem a voz da sua consciência, que não se fechem nos próprios interesses, mas que olhem para o outro como um irmão e que assumam com coragem e decisão o caminho do encontro e da negociação, superando o confronto cego. Com a mesma força, exorto também a Comunidade Internacional a fazer todo o esforço para promover, sem mais demora, iniciativas claras a favor da paz naquela nação, baseadas no diálogo e na negociação, para o bem de toda a população síria. 

Que não se poupe nenhum esforço para garantir a ajuda humanitária às vítimas deste terrível conflito, particularmente os deslocados no país e os numerosos refugiados nos países vizinhos. Que os agentes humanitários, dedicados a aliviar os sofrimentos da população, tenham garantida a possibilidade de prestar a ajuda necessária.

O que podemos fazer pela paz no mundo? Como dizia o Papa João XXIII, a todos corresponde a tarefa de estabelecer um novo sistema de relações de convivência baseados na justiça e no amor (cf. Pacem in terris, [11 de abril de 1963]: AAS 55 [1963], 301-302).

Possa uma corrente de compromisso pela paz unir todos os homens e mulheres de boa vontade! Trata-se de um forte e premente convite que dirijo a toda a Igreja Católica, mas que estendo a todos os cristãos de outras confissões, aos homens e mulheres de todas as religiões e também àqueles irmãos e irmãs que não creem: a paz é um bem que supera qualquer barreira, porque é um bem de toda a humanidade. 

Repito em alta voz: não é a cultura do confronto, a cultura do conflito, aquela que constrói a convivência nos povos e entre os povos, mas sim esta: a cultura do encontro, a cultura do diálogo: este é o único caminho para a paz.

Que o grito da paz se erga alto para que chegue até o coração de cada um, e que todos abandonem as armas e se deixem guiar pelo desejo de paz. 

Por isso, irmãos e irmãs, decidi convocar para toda a Igreja, no próximo dia 7 de setembro, véspera da Natividade de Maria, Rainha da Paz, um dia de jejum e de oração pela paz na Síria, no Oriente Médio, e no mundo inteiro, e convido também a unir-se a esta iniciativa, no modo que considerem mais oportuno, os irmãos cristãos não católicos, aqueles que pertencem a outras religiões e os homens de boa vontade.

No dia 7 de setembro, na Praça de São Pedro, aqui, das 19h00min até as 24h00min, nos reuniremos em oração e em espírito de penitência para invocar de Deus este grande dom para a amada nação síria e para todas as situações de conflito e de violência no mundo. A humanidade precisa ver gestos de paz e escutar palavras de esperança e de paz! Peço a todas as Igrejas particulares que, além de viver este dia de jejum, organizem algum ato litúrgico por esta intenção.

Peçamos a Maria que nos ajude a responder à violência, ao conflito e à guerra com a força do diálogo, da reconciliação e do amor. Ela é mãe: que Ela nos ajude a encontrar a paz; todos nós somos seus filhos! Ajudai-nos, Maria, a superar este momento difícil e a nos comprometer a construir, todos os dias e em todo lugar, uma autêntica cultura do encontro e da paz. Maria, Rainha da paz, rogai por nós!

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