sexta-feira, 5 de junho de 2015

O segredo da Sagrada Eucaristia (Prof. Felipe Aquino)

A Sagrada Eucaristia é um “segredo” que muitos cristãos ainda não conhecem com profundidade, por isso, não se beneficiam plenamente das suas graças. Há dois mil anos, Jesus está no meio de nós, escondido, e muitos ainda não O conhecem. O Papa São João Paulo II disse que “a Igreja vive de Jesus Eucarístico, por Ele é nutrida; por Ele é iluminada”. (Ecclesia de Eucaristia, 6).
O nosso Catecismo diz: “A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a Seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido, uma vez por todas, na cruz a Seu Pai; pelo Seu sacrifício, Ele derrama as graças da salvação sobre Seu corpo, que é a Igreja” (cf. n.1407).
Por que Jesus se esconde na Eucaristia? Muitos ficam angustiados, porque Ele esconde Sua Glória na Eucaristia. Mas Ele precisa fazer isso, para que o brilho de Sua Majestade não ofusque a nossa vista, impedindo-nos de chegar a Ele. O Senhor não pode mostrar o fulgor de Sua Glória, porque se o mostrasse, nós morreríamos. Nem mesmo podemos olhar para o Sol ao meio-dia! Ele se esconde para podermos nos achegar a Ele sem medo.
Jesus desce até o nada na hóstia para que desçamos com Ele e sintamos profundamente o que Ele disse: “Vinde a Mim, aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. O amor exige a presença do Amado, a comunhão de bens e a união perfeita; por isso Jesus quis ficar na Eucaristia para estar conosco. Ele nos ama profundamente.
A Eucaristia é a maior prova de amor de Jesus. Ele a instituiu na noite em que foi traído. Deus quis ficar conosco para sempre, por causa de nossa fraqueza e miséria: “Eis que Eu estou convosco todos os dias”. (Mt 28,20). Por isso Ele pede: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em Vós, porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,4-5).
Santo Agostinho disse que “Jesus, sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”
Jesus, no Sacrário, é o prisioneiro do Seu amor por nós. Pesava-Lhe a ideia de nos abandonar neste vale de lágrimas sem a Sua companhia. Por nós, Ele oferece ao Pai, continuamente, as Suas chagas, o Seu Sangue e Seu aniquilamento. Ele é a Hóstia, isto é, “vítima oferecida em sacrifício permanente”. Ali, Ele continua a salvar o homem de forma pessoal e misteriosa; ensina-nos a sermos humildes. Do Sacrário, Ele governa o universo com amor. Não sofre mais na Hóstia, mas está em permanente estado de sacrifício. Ali, Ele se compadece de todos que se aproximam, porque a todos quer salvar. Não há dor que não seja amenizada diante d’Ele. São Paulo relata o que recebeu de Jesus:
“O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: ‘Tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim’. Igualmente também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: ‘Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes'” (1Cor 11,23-29).
Na Santa Missa, temos a perpetuação, a atualização, a presentificação do sacrifício da cruz (Cat. n. 1323); a Missa nos une à liturgia do céu e antecipa a vida eterna; é o céu na terra (n. 1326).
A multiplicação dos pães e o milagre das bodas de Caná são sinais da Eucaristia.
Santo Inácio de Antioquia, mártir do império romano (†102), disse: “Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres.” (Carta aos Efésios)

Quanto mais amarmos Jesus Eucarístico, mais seremos semelhantes a Ele. Se Ele pudesse, sem dúvida, derramaria lágrimas copiosas no Sacrário por cada um de nós.
Foi preciso que um ladrão adorasse Sua divindade e proclamasse Sua inocência; foi preciso que a natureza chorasse o seu Criador, já que os homens não o fizeram.
À Consolata Bertone Ele perguntou: “O que mais Eu poderia ter feito por vós?”.
Ninguém é digno de receber Deus em Seu Corpo e Alma, mas Ele quer vir a nós. Então, precisamos comungar com as “disposições necessárias”, isto é, estar em “estado de graça”, sem pecados graves, recebe-Lo com profunda devoção e fazer a ação de graças ao menos por quinze minutos. Sem isso, a presença d’Ele em nossa alma não produzirá os frutos de salvação.
Não se preocupe em sentir nada na comunhão; apenas creia pela fé. Ele disse: “Isso é o meu corpo”. Basta. Não precisamos de mais nada. “Felizes aqueles que creem sem ter visto… Não seja incrédulo, mas homem de fé” (Jo 20, 28-29).
São Cirilo de Jerusalém (315-386), nas suas pregações na Basílica do Santo Sepulcro, falava aos fiéis: “Ao comungarmos o Corpo de Cristo, tornamo-nos “cristóforos”, ou seja, portadores de Cristo”.
Santo Agostinho (354-430) chamava a Eucaristia de “o pão de cada dia, que se torna como o remédio para a nossa fraqueza de cada dia.” E ainda: “Ó reverenda dignidade do sacerdote, em cujas mãos o Filho de Deus se encarna como no Seio da Virgem”. “A virtude própria deste alimento divino é uma força de união que nos une ao Corpo do Salvador e nos faz seus membros, a fim de que nos transformemos naquilo que recebemos”.
São Cipriano de Cartago (†258), durante a perseguição romana, dizia: “Os fiéis bebem diariamente do cálice do Senhor, para que possam também eles derramar o seu sangue por Cristo” (Epistola 56, n. 1).
Todos os Santos foram devotos da Eucaristia; aprendamos com eles:
São Jerônimo (348-420), doutor da Igreja, assim falou da Missa: “Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa: o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário”.
São João Maria Vianney, patrono dos párocos: “Se conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa, que zelo não teríamos em assistir a ela!”. “Cada Hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano”.
São Bernardo de Claraval (1090-1153), doutor da Igreja: “Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra”. “A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”. “Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.
Santa Teresa D’Avila (1515-1582), doutora da Igreja: “Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.“Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”. “Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”. “É pelo preparo do aposento que se conhece o amor de quem acolhe o seu amado”, dizia Santa Tereza.
São Tomás de Aquino (1225-1274): “A Comunhão destrói a tentação do demônio”.
São João Crisóstomo (349-407), doutor da Igreja: “A Eucaristia dá-nos uma grande inclinação para a virtude, uma grande paz e torna mais fácil o caminho para a santificação”.“Deu-se todo não reservando nada para si”. “Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”.
Santo Ambrósio (340-397), doutor da Igreja: “Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”
São Gregório Nazianzeno (330-379), doutor da Igreja: “Este pão do céu requer-se que se tenha forme. Ele quer ser desejado”.“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama, de modo que, retirando-no do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”
Santo Agostinho (354-430), doutor da Igreja: “Ele se esconde, porque quer ser procurado”. “Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma n’Ele”. “Na Eucaristia, Maria perpetua e estende a sua maternidade.”
Santo Afonso de Ligório (1696-1787), doutor da Igreja: “A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação e recolhimento.”
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.
Santa Maria Madalena de Piazzi: “Tempo mais apropriado para crescer no amor de Deus”.”Os minutos que vêm depois da comunhão – dizia a santa – são os mais preciosos que temos em nossa vida; os mais apropriados de nossa parte para entender-nos com Deus e, da parte de Deus, para comunicar-nos o seu amor”.
Santa Teresinha (1873-1897), doutora da Igreja: “Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias”.
“Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer, pelo menos, que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão.”
Santa Margarida Maria Alacoque: “Nós não saberíamos dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus, o qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós.”
São Filipe Neri: “A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.”
Santa Catarina de Gênova: “O tempo passado diante do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”.
São João Bosco: “Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante.”
Chiara Lubic: “Enquanto existir a Eucaristia eu nunca estarei só. Enquanto existir um sacrário, não terei solidão”.
É preciso preparar-se para receber Jesus.

Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O tempo certo para o relacionamento sexual

“Todo mundo sabe que sexo é bom e faz bem, mas o mau uso dele deixa marcas impagáveis”
Até há pouco tempo, havia uma concepção machista (e errônea) que dizia ser necessário ao homem transar o mais cedo possível. Já para a mulher, recomendavam guardar-se para evitar os falatórios e ser valorizada pelo marido depois de casada. Hoje, já não se observa tanto essa postura, uma vez que os valores foram sufocados por uma mentalidade liberalista, fruto de uma sociedade paganizada.
tempo-certo-destrave
Nosso corpo é sagrado, no sentido de ser chamado a gerar vida. Tanto os homens quanto as mulheres precisam compreender o verdadeiro sentido do relacionamento sexual para não se precipitarem. Somos dotados do desejo sexual, mas, nem por isso, podemos permitir que esses desejos nos governem.
A pressão em manter-se ou não virgem até a data do casamento é uma discussão antiga. Sabe-se perfeitamente que isso não é uma constante nos relacionamentos. Geralmente, o jovem casal de namorados se permite antecipar o ato sexual sob o pretexto de que o amor que sentem é suficiente para chegar a esse fim. O resultado é sempre desastroso.
A mulher, dotada de uma sensibilidade ímpar, espera encontrar um companheiro que a enxergue além de uma “máquina de obter prazer”. O homem, geralmente criado num ambiente machista, acredita, muitas vezes, que é papel da mulher somente lhe dar prazer. Se não houver uma compreensão dos dois, teremos um relacionamento vazio, uma vez que somente o sexo não torna alguém feliz.
“Transar por pressão é perder a individualidade e entregar-se a alguém que não merece o nosso respeito e a nossa consideração”
Todo mundo sabe que sexo é bom e faz bem, mas o mau uso dele deixa marcas impagáveis. Transar por pressão é perder a individualidade e entregar-se a alguém que não merece o nosso respeito e a nossa consideração. Muita gente erra, porque não sabe esperar, e por não saber esperar, vive num dilema de não esperar mais nenhuma novidade para sua vida.
Sexo sem amor traz mais dor do que alegrias. Ninguém nunca se arrependeu de ter esperado um pouco mais e, com paciência, colher os frutos reservados àqueles que souberam semear a espera no tempo de namoro e noivado. Quem quer ser feliz terá de seguir muito mais o coração do que a opinião da multidão.
Que ninguém se sinta obrigado a perder a virgindade sob o pretexto de ser taxado de atrasado ou coisa parecida. Viver é muito mais do que colecionar relações vazias, regadas a momentos de prazer (é verdade), mas destituídas de significados. Sexo é bom, melhor ainda é saber quando e com quem queremos viver este momento inesquecível.
Veja mais