quinta-feira, 28 de maio de 2015

10 ensinamentos de São Felipe Néri (Prof. Felipe Aquino)

Conheça 10 de muitas lições deixadas por São Felipe Neri, o santo da alegria:
1-“Então, caro amigos, quando é que começaremos a amar a Deus?”
2-“Quem quiser que lhe obedeçam muito, mande pouco”.
3-“Quanto de amor pomos nas criaturas, tanto tiramos de Deus”.
4-“Não tardes em bem obrar; porque a morte não tarda em vir”.
a_felipe_neri-115-“Quem não puder dedicar longo tempo a oração deve, pelo menos, elevar muitas vezes o seu coração a Deus”.
6-“Neste mundo não há purgatório: ou é paraíso ou é um inferno. Os que suportam com paciência os sofrimentos desta vida gozam o paraíso. Quem assim não o faz, sofre o inferno”.
7-“É possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições”.
8-“Ser misericordioso com os que caíram é melhor meio para não cairmos nós mesmos!”
9- “Esta só razão devia bastar para manter alegre um fiel — saber que tem Maria Virgem junto de Deus, que pede por ele”.
10- “Longe de mim, o pecado e a tristeza!”
Seja Feliz!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Criogenia: é possível preservar a vida?

O congelamento de corpos ou a criogenia é um ramo da físico-química que estuda tecnologias para congelar corpos a temperaturas abaixo de -150°C
Os gases de nitrogênio, hélio e oxigênio quando liquefeitos podem ser usados em muitas aplicações criogênicas (ex. congelamento de embriões em laboratórios de reprodução artificial; de células-tronco de embriões ou do cordão umbilical).
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Criogenia é possível preservar a vidaSão muitos os objetivos buscados ao congelar corpos, mas o mais ambicioso é a tentativa de manter a pessoa supostamente “viva” e congelada, na expectativa de, no futuro, encontrar a cura da doença pela qual ela foi acometida. Dessa forma, essa pessoa poderá ser curada e continuar sua vida livre daquela enfermidade. Conforme cientistas do Cryionics Institute, criado com o objetivo de preservação da vida por meio da criogenia, imediatamente após a morte confirmada, o paciente é exposto a uma substância que impedirá a formação de gelo em torno do corpo e, logo em seguida, o corpo é resfriado a uma temperatura muito baixa, mantendo-o por tempo indeterminado em “cryostasis”, ou seja, congelado em nitrogênio líquido. No entanto, os próprios cientistas afirmam que essa técnica não consiste em querer “ressuscitar” a pessoa, pois a criogenia não poderá restaurar pessoas com morte cerebral.
A criopreservação só pode garantir a preservação de estruturas corporais que possam voltar à vida, ou seja, serem restauradas. A criônica tem como objetivo “preservar” corpos humanos recém-falecidos para reanimá-los na posteridade. Muitos cientistas descartam essa possibilidade como algo mais ligado ao campo religioso do que à ciência; afinal, as pessoas são congeladas e ficam à espera de um progresso científico capaz de curá-las de sua enfermidade até então incurável.
A criopreservação é possível, já temos o congelamento de embriões humanos em laboratórios por tempo indeterminado; porém, imaginar que o paciente possa voltar e ser curado da enfermidade já é outra história. Cientistas estão fazendo testes com animais, tecidos e órgãos humanos e garantem que estão tendo sucesso. Para os defensores dessa tecnologia, é como se a pessoa acordasse de um sono profundo muitos anos depois de sua era. Para isso, diferentes laboratórios criogênicos do mundo estão trabalhando exaustivamente e têm a permissão de seus respectivos governos para funcionarem normalmente. Um dos grandes desafios para os criônicos é como reverter os danos biológicos causados pelo processo de esfriamento, ou seja, ainda não possuem a tecnologia para reverter a vitrificação.
O que podemos dizer de tudo isso? Tem-se desenvolvido uma nova expectativa que é funcional, sobretudo, na cruzada da medicina contra a mortalidade: tudo é permitido, salva vidas, cura as doenças e evita a morte, ou seja, deve-se fazer de tudo para preservar a saúde e prolongar o máximo possível a vida; os outros valores devem se curvar na presença de divindades biomédicas como uma melhor saúde, maior vigor e vida mais longa.
Se a vida é um bem e viver mais é melhor, por que não considerar a morte uma doença e lutar para vencê-la a todo custo? O uso das biotecnologias na luta contra a morte levanta razões sérias e importantes para uma reflexão ética acerca da oportunidade da “cura da morte”.
De fato, a vitória sobre a morte é o objetivo implícito da ciência médica moderna e de todos os projetos científicos ao longo da história. São várias as propostas na busca contínua da conquista da natureza para aliviar a condição humana, e para isso instituíram a ciência, cujo objetivo explícito é inverter a maldição caída sobre Adão e Eva, sobretudo recuperar a árvore da vida por meio do conhecimento científico. Para a maioria de nós, especialmente no mundo moderno secularizado, onde as pessoas cada vez mais estão convencidas de que esta é a única vida que nos foi dada, o desejo de estender (mesmo que pouco) a duração da vida é a revelação do desejo de não envelhecer e nunca morrer.
A moralidade da busca contra a morte depende da ação ou do objetivo aos quais o desejo está vinculado. O mal está em sua procura desordenada e desvinculada de nosso verdadeiro fim que é estar em Deus. É necessário que o homem reconheça e aceite a própria realidade e os próprios limites. E, ao abrir-se a Deus, poderá acolher melhor o sentido da própria fragilidade, dos próprios limites e desejos ilimitados.
Não é contrário à natureza, em busca de uma medida ética e digna da pessoa, encontrar meios para lutar contra a mortalidade ou mesmo para envelhecer com melhor qualidade de vida. Na atribuição ética da tecnologia que procura vencer a morte, é preciso avaliar a intenção de tal busca, enquanto tal intervenção é capaz de modificar a natureza humana e as eventuais consequências para a pessoa e para a humanidade. A busca desenfreada da cura da morte, neste caso específico do congelamento do corpos, que afeta a integridade da pessoa na tentativa de atingir uma vida imortal, é uma ofensa contra a dignidade em sua humanidade, é a não aceitação da condição de criatura e como relata o livro do Gênesis sobre Adão e Eva, é querer reivindicar para si o direito de decidir o que é bom e o que mau,uma força perigosa e ameaçadora e da qual cada geração a vive e, por isso, o pecado ainda continua.

Padre Mário Marcelo Coelho

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção ( SP), o sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP).


sexta-feira, 15 de maio de 2015

O Papa João Paulo II e a Virgem de Fátima

joaopauloAs mãos maternais de Nossa Senhora de Fátima e o trabalho de São João Paulo II mudaram a história do mundo
No dia 13 de maio de 1980, o Papa São João Paulo II foi baleado na Praça de São Pedro, pelo turco Ali Agca, a mandado da KGB, polícia secreta russa, segundo o inquérito da polícia italiana: “Esta Comissão acredita, indubitavelmente, que a liderança da União Soviética tomou a decisão de eliminar o papa João Paulo II”, diz o Relatório. (http://noticias.uol.com.br/ultnot/ – ROMA (Reuters).
No mesmo dia, do ano seguinte, o Papa foi a Fátima e levou a bala que o tinha atingido para ser colocada na coroa de Nossa Senhora de Fátima, como agradecimento por Ela lhe ter salvado a sua vida.
O atentado ao Papa foi a “queima roupa”, uma das balas atingiu o seu abdome, e por milagre de Nossa Senhora ele não morreu. Ele disse depois que “uma mão puxou o gatilho, mas outra Mão dirigiu a bala”, de modo que esta não o matasse. O Papa se referia à proteção que Nossa Senhora de Fátima lhe dera.
Essa bala foi colocada na Coroa de Nossa Senhora, que as mulheres portuguesas mandaram confeccionar para agradecer a Virgem de Fátima por ter livrado Portugal de participar da Segunda Guerra Mundial, e não ver seus filhos morrerem em campos de batalhas.
Quando os especialistas foram colocar a bala na Coroa da Virgem, não sabiam onde iriam encaixá-la sem comprometer a bela arte; mas eis que notaram que havia um orifício bem na frente da Coroa; e não sabiam por que o deixaram ali. Então os especialistas ali colocaram a bala que se ajustou perfeitamente no orifício; uma enorme surpresa. Quem poderia ter deixado ali aquele orifício?
O Papa foi eleito em 16 de Outubro de 1978, no auge do comunismo ateu e materialista que ele tanto condenou e trabalhou para extingui-lo. Consagrou seu pontificado a Nossa Senhora; no seu brasão colocou a frase: “Totus tuus”.
Juan Lara, vaticanista, disse que João Paulo II passaria para a história como o Pontífice que contribuiu decisivamente para a queda do comunismo, que nele viveu durante mais de três décadas. Fortemente ligado à Polônia, impulsionado pelo sindicato livre “Solidariedade”, e com o forte apoio da Igreja começou o trabalho de libertação do seu povo do jugo comunista.
O golpe definitivo viria em janeiro de 1989, quando Solidariedade foi legalizado definitivamente e, em agosto desse mesmo ano, quando o católico Tadeusz Mazowiecki, que foi assessor do sindicato, chegou ao poder, derrotando os comunistas.
A Polônia foi a primeira ficha do “efeito dominó”. Sua queda arrastou a Hungria, que abriu suas fronteiras e seus cidadãos fugiram para a Áustria; depois a Alemanha Oriental, cujos cidadãos também fugiram propiciando em 9 de novembro de 1989, a queda do Muro de Berlim.
Em 1º de dezembro de 1989, o Premiê russo Mikhail Gorbachov cruzou a praça de São Pedro do Vaticano para o encontro histórico com o Papa. Depois caíram os regimes da Bulgária, Tchecoslováquia, Romênia e já em agosto de 1991, o da URSS.
Foi um fato impressionante a queda retumbante do comunismo no Leste Europeu em 1989, sem derramamento de sangue, como queria João Paulo II. De fato, isso não pode ser explicado sem considerarmos a ação de Deus e de Nossa Senhora através do Papa. Nas aparições de Fátima, em 1917 a Virgem tinha prometido que se a Rússia fosse consagrada a Seu Coração, seu Coração triunfaria no país comunista. E isto aconteceu. Ela tinha dito às crianças que haveria uma Segunda Guerra e que a Rússia espalharia seus terríveis erros (o comunismo) por muitos países, como de fato ocorreu.
O mundo vivia a “guerra fria” entre a União Soviética e os países ocidentais. O medo imperava com a possibilidade real de uma Terceira Guerra mundial, e nuclear, que pulverizaria o planeta. De repente, o bloco comunista se dissolve como um castelo de areia, da noite para o dia. Como explicar isso?
João Paulo II viveu e sofreu sob este terrível regime na Polônia; cabendo a ele, por vontade de Deus, ser o principal artífice de sua queda, depois de ter por mais de 70 anos escravizado muitas nações da Europa e as ter confinado sob o chamado Muro de Berlim ou “Muro da Vergonha”. Milhões de pessoas foram vítimas deste terrível flagelo. O “Livro negro do comunismo” (Stephan Courtois, Ed. Bertrand Roussel, 2005) fala em cem milhões de mortos na Rússia, China, Hungria, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Romênia, Bulgária, Polônia, Cuba, Vietnam, Laos, Cambodja, etc. Milhões viveram sob este pesadelo. Lamentavelmente ainda vivem sob este cativeiro a ilha de Cuba, a Coréia do Norte e a China.
O jornalista Bernard Lecomte, especializado em assuntos da União Soviética e dos países do Leste Europeu, depois de investigar os arquivos do Leste europeu e de Paris, escreveu, em 1991, um livro sobre a história da queda do comunismo, mostrando ao mundo que foi fundamental a ação do Papa João Paulo II para que isto acontecesse.cpa_a_mulher_do_apocalipse
Quando o comunismo caiu, os autores Bernstein e Politi escreveram que: “boa parte do mundo passou a saudar Wojtyla como o vencedor de uma guerra que começara em 1978” (Revista PR, nº 420/1997).
Quando da revelação do Terceiro Segredo de Fátima, o Cardeal Ratzinger, disse que: “Com relação ao “Bispo vestido de branco” (o Papa) que é ferido de morte e cai por terra, a Irmã Lúcia concordou plenamente com a afirmação do Papa João Paulo II: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre deteve-se no limiar da morte” (Meditação com os Bispos italianos na Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994).”
O Cardeal fez questão de recordar o que a Irmã Lúcia disse ao Papa em 12 de maio de 1982, um ano após o atentado que ele sofreu: “A terceira parte do segredo se refere às palavras de Nossa Senhora: “Senão [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas.”
Pelas mãos maternas de Nossa Senhora de Fátima, e o trabalho de São João Paulo II, o Leste Europeu ficou livre do comunismo ateu, materialista e sanguinário. Demos graças a Deus! Mudou a história do mundo.
Prof. Felipe Aquino
Seja Feliz!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Qual é o Terceiro Segredo de Fátima? (Prof. Felipe Aquino)

Os acontecimentos, a que se refere o Terceiro Segredo de Fátima deixa o permanente apelo à oração e à penitência para a salvação das almas

Resultado de imagem para n sra fátimaInfelizmente, circula na internet um tal “Terceiro Segredo de Fátima”, que muito assusta as pessoas, como se o Papa João Paulo II não o tivesse revelado no ano 2000. No dia 26 de junho deste ano, foi revelado, com a devida autorização do Papa, o verdadeiro Terceiro Segredo de Fátima, que tanta curiosidade, medo e, às vezes, pavor, despertava no povo. Na verdade, houve muita fantasia prejudicial às pessoas. Nas suas três partes, o segredo nada tem de previsões sobre o fim do mundo nem de catástrofes ou flagelos.

Com a revelação do segredo, feita por meio da Sagrada Congregação da Fé, com uma interpretação feita, a pedido do Papa, pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje o Papa Bento XVI, prefeito da citada congregação na época, viu-se que se trata de uma visão do século XX, século este impregnado de mártires do comunismo, do nazismo e de outras forças inimigas da Igreja e de Deus. Milhões morreram pela fé.

Na entrevista que Dom Tarcísio Bertone, então Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, teve com a Irmã Lúcia, por ordem do Sumo Pontífice, em 27 de abril de 2000, no Carmelo de Coimbra, onde vivia a religiosa, esta, lúcida e calma, concordou com a interpretação do segredo, segundo a qual a terceira parte do Segredo de Fátima consiste numa visão profética, comparável às da história sagrada. Ela reafirmou a sua convicção de que a visão de Fátima se refere “sobretudo à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos” e descreve os duros sofrimentos das milhões de vítimas do século XX.

Irmã Lúcia confirmou que a principal personagem do segredo era o Santo Padre e recordou como os pastorinhos tinham pena dele. Com relação ao “Bispo vestido de branco” (o Papa), que é ferido de morte e cai por terra, a Irmã concordou plenamente com a afirmação do saudoso Papa João Paulo II: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre deteve-se no limiar da morte” (Meditação com os Bispos italianos na Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994).

É interessante destacar o que diz a Irmã Lúcia: “Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa”. A ela foi dada a visão, não a interpretação. Mais uma vez, vemos aí a importância da Igreja e do Pontífice. E a Irmã concordou com a interpretação dada pela Igreja. Na interpretação do segredo, já bastante publicado e conhecido, feita pelo Cardeal Ratzinger, alguns pontos merecem ser destacados:

1 – A palavra-chave da primeira e segunda parte do segredo é “salvar as almas”; a palavra-chave da terceira parte é “penitência, penitência e penitência”. O mesmo cardeal lembrou que a Irmã Lúcia lhe disse que o objetivo de todas as Aparições da Santíssima Virgem era fazer crescer, cada vez mais, a fé, a esperança e a caridade.

2 – A visão do anjo com a espada de fogo representa o perigo da destruição da humanidade por si mesma, por meio da guerra e de outras formas. O brilho da Mãe de Deus aparece como a força capaz de vencer as forças da terrível destruição.

3 – O sentido da visão não é mostrar um filme sobre o futuro, mas uma forma de orientar a liberdade humana a buscar o bem. Há que se evitar, portanto, as interpretações fatalistas do segredo, como se tudo já fosse traçado para acontecer, sem respeitar a liberdade dos homens. O futuro é visto como que num espelho, de maneira simbólica.

4 – Três sinais aparecem: uma montanha alta, uma grande cidade meio em ruínas e uma grande cruz de troncos toscos. A montanha e a cidade são o lugar da história humana, de convivência, mas de luta; como uma subida árdua no qual o homem destrói, com as próprias mãos, o que ele mesmo construiu (cidade em ruínas). No alto da montanha está a cruz, meta e orientação da história humana, sinal da miséria humana e promessa de salvação.

A visão mostra o caminho da Igreja como uma Via-Sacra, ladeado de violência, destruição e morte, mas também de esperança. Diz o cardeal que, nesta imagem, pode-se ver a história de um século que se finda. O século dos mártires, dos sofrimentos e das perseguições à Igreja. Século de duas guerras mundiais e de muitas guerras locais. No espelho desta visão, vemos passar as testemunhas da fé deste século.

O cardeal fez questão de recordar o que a Irmã Lúcia disse ao Papa João Paulo II, em 12 de maio de 1982, um ano após o atentado sofrido por ele: “A terceira parte do segredo se refere às palavras de Nossa Senhora: “Se não [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas”.

Os Papas deste século tiveram um papel preponderante na árdua “subida da montanha” do segredo. Desde Pio X até João Paulo II, todos os Santos Padres sofreram no caminho que nos leva à cruz.

5 – Destaca o mesmo cardeal que o fato de o Papa não ter morrido no atentado de 13/5/81 significa que não existe um destino imutável (na visão Sua Santidade aparece morta), e se a mão de Nossa Senhora guiou a bala para que não o matasse, é porque a força da oração e da penitência é maior do que as balas, e a fé é mais poderosa do que os exércitos. Tudo pode ser mudado pela oração e pela conversão!

6 – Por fim, a visão mostra os anjos que recolhem da cruz o sangue dos mártires e com ele regam as almas que se aproximam de Deus. O Sangue de Cristo e o dos mártires são vistos juntos a significar que o nosso sofrimento completa a salvação do mundo (cf. Cl 1, 24). O sangue dos mártires é semente de novos cristãos, como dizia Tertuliano. E assim, o terceiro Segredo termina com uma forte mensagem de esperança: nenhum sofrimento é vivido em vão se é acolhido na fé. É de todo o sofrimento e de todo o sangue derramado pela Igreja, no século XX, que brotarão as forças de um novo Cristianismo no século XXI. Haverá uma forte purificação e uma renovação que já se faz sentir no coração da Igreja. É a eficácia salvífica que brota do Sangue de Cristo misturado ao dos Seus mártires.

7 – Os acontecimentos, a que se refere o segredo, já são do passado; fica o permanente apelo à oração e à penitência para a salvação das almas. O cardeal termina afirmando que a certeza de Nossa Senhora de que, por fim, “o meu Imaculado Coração triunfará” significa que um coração voltado inteiramente para Deus é mais forte do que as pistolas ou as outras armas de fogo. A mensagem do Terceiro Segredo é uma mensagem de confiança no Cristo que venceu o mundo (cf Jo 16, 33).

Estive em Portugal, logo após a morte de Irmã Lúcia, em Coimbra, com a Dra. Branca, que cuidou da religiosa até a sua morte. A médica disse-me que Irmã Lúcia concordou inteiramente com a revelação feita pela Igreja sobre o segredo e que mais nada havia a revelar. Portanto, é preciso cessar a divulgação de um falso Terceiro Segredo de Fátima, como se a Igreja não tivesse revelado o verdadeiro.


Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viúvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino