sábado, 30 de março de 2013

O desconhecido sentido do Sábado Santo


Pe. Joãozinho, scj 

Teólogo, escritor e compositor

Arquivo pessoal
''O ser humano vive porque é amado e pode amar; e se até no espaço da morte penetrou o amor, então também lá chegou a vida'', destaca Pe. Joãozinho
A Semana Santa é um tempo forte para celebrarmos os mistérios mais intensos de nossa fé: a salvação que nos veio pela vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. Caminhamos no retiro quaresmal meditando sobre estes temas até chegarmos ao núcleo no “Tríduo Pascal”: quinta, sexta, sábado e domingo. Quatro dias! 

Mas tríduo não quer dizer três? É que o dia litúrgico começa na véspera e vai até a outra véspera. Assim, a Missa do Crisma, que acontece nas catedrais presidida pelo bispo com a presença dos padres e de parcela representativa do povo da diocese, na quinta de manhã, marca o final da Quaresma

O Tríduo Pascal vai começar na celebração da noite: a Missa do lava-pés e da instituição da Eucaristia e do Sacerdócio. Preste atenção e verá que ela já marca o memorial da “paixão” de Nosso Senhor Jesus Cristo. Este memorial da entrega de Cristo na cruz ecoará até a Sexta-feira, com a sóbria celebração da paixão. Este é o primeiro dia do tríduo. 

O terceiro começará na véspera de sábado e será o dia da ressurreição, inaugurado pela Vigília Pascal e prolongado pelo domingo da ressurreição. Agora você pergunta: e o segundo dia? Começa na véspera de sexta-feira até a véspera de sábado. É o dia do silêncio, da sepultura, memorial da ausência. Não existe celebração litúrgica prevista para este dia. Normalmente não sabemos bem o que fazer no sábado de manhã. Parece um tempo livre, mesmo para os acostumados a viver a vida liturgicamente. Alguns aproveitam para arrumar a casa; outros para compensarem o jejum feito na Sexta-feira Santa. 

O “sábado do silêncio” é um tempo para deixarmos a semente repousar escondida debaixo da terra, esperando o milagre do germinar. Nossa vida não é feita apenas de palavras, gestos e realizações. Existe o tempo das esperas. Há momentos em que fizemos tudo o que estava ao nosso alcance e só nos resta confiar. Por isso o Sábado Santo é o tempo da entrega, da confiança, de colocar-se como criança no colo de Deus. 

Nossa vida muitas vezes é dominada pelo estresse e pela correria. Corremos até para comer e para rezar. O sábado da serenidade é um tempo para celebrar sem pressa, sem palavras, sem ritos. Se a Sexta-feira Santa é um tempo de jejum, o sábado da paciência é momento para comer devagar e mastigar mais. Se a Quaresma foi um tempo intenso de oração, o sábado da saudade é um tempo de rezar sem palavras. É o momento da intimidade; de fecundar toda solidão com a presença daquele que rompe as trevas com sua luz. 

Podemos no sábado santo nos “esconder” com Jesus no sepulcro. Liturgicamente até Deus tem um tempo para se calar. Com isso nos ensina a não falar o tempo todo. É bom experimentar que mesmo calado e aparentemente ausente, Deus em seu mistério sempre está conosco. Ele nunca nos abandona. Como disse o nosso querido papa emérito Bento XVI em maio de 2010, ao visitar o Santo Sudário, em Turim: “No Sábado Santo aconteceu o impensável:  ou seja, que o Amor penetrou ‘na mansão dos mortos’:  também no escuro extremo da solidão humana mais absoluta nós podemos escutar uma voz que nos chama e encontrar alguém que nos pega pela mão e nos conduz para fora. O ser humano vive porque é amado e pode amar; e se até no espaço da morte penetrou o amor, então também lá chegou a vida. Na hora da extrema solidão nunca estaremos sozinhos”.

Não deixe de participar da Solenidade deste dia,

E Feliz Páscoa!

quinta-feira, 28 de março de 2013

Homilia do Papa Francisco na Missa do Crisma

Estupendas palavras!

Brasão Papal passa por pequenas modificações 
Homilia
Basílica Vaticana – Missa do Crisma
Quinta-feira Santa, 28 de março de 2013

Amados irmãos e irmãs,

Com alegria, celebro pela primeira vez a Missa Crismal como Bispo de Roma. Saúdo com afeto a todos vós, especialmente aos amados sacerdotes que hoje recordam, como eu, o dia da Ordenação.

As Leituras e o Salmo falam-nos dos “Ungidos”: o Servo de Javé referido por Isaías, o rei Davi e Jesus nosso Senhor. Nos três, aparece um dado comum: a unção recebida destina-se ao povo fiel de Deus, de quem são servidores; a sua unção “é para” os pobres, os presos, os oprimidos… Encontramos uma imagem muito bela de que o santo crisma “é para” no Salmo 133: “É como óleo perfumado derramado sobre a cabeça, a escorrer pela barba, a barba de Aarão, a escorrer até à orla das suas vestes” (v. 2). Este óleo derramado, que escorre pela barba de Aarão até à orla das suas vestes, é imagem da unção sacerdotal, que, por intermédio do Ungido, chega até aos confins do universo representado nas vestes.

Papa Francisco fala sobre vivência do bom sacerdote (Foto: Clarissa de Oliveira / CN Roma)As vestes sagradas do Sumo Sacerdote são ricas de simbolismos; um deles é o dos nomes dos filhos de Israel gravados nas pedras de ónix que adornavam as ombreiras do efod, do qual provém a nossa casula atual: seis sobre a pedra do ombro direito e seis na do ombro esquerdo (cf. Ex 28, 6-14). Também no peitoral estavam gravados os nomes das doze tribos de Israel (cf. Ex 28, 21). Isto significa que o sacerdote celebra levando sobre os ombros o povo que lhe está confiado e tendo os seus nomes gravados no coração. Quando envergamos a nossa casula humilde pode fazer-nos bem sentir sobre os ombros e no coração o peso e o rosto do nosso povo fiel, dos nossos santos e dos nossos mártires, que são tantos neste tempo.

Depois da beleza de tudo o que é litúrgico – que não se reduz ao adorno e bom gosto dos paramentos, mas é presença da glória do nosso Deus que resplandece no seu povo vivo e consolado –, fixemos agora o olhar na ação. O óleo precioso, que unge a cabeça de Aarão, não se limita a perfumá-lo a ele, mas espalha-se e atinge “as periferias”. O Senhor dirá claramente que a sua unção é para os pobres, os presos, os doentes e quantos estão tristes e abandonados. A unção, amados irmãos, não é para nos perfumar a nós mesmos, e menos ainda para que a conservemos num frasco, pois o óleo tornar-se-ia rançoso… e o coração amargo.

O bom sacerdote reconhece-se pelo modo como é ungido o seu povo; temos aqui uma prova clara. Nota-se quando o nosso povo é ungido com óleo da alegria; por exemplo, quando sai da Missa com o rosto de quem recebeu uma boa notícia. O nosso povo gosta do Evangelho quando é pregado com unção, quando o Evangelho que pregamos chega ao seu dia a dia, quando escorre como o óleo de Aarão até às bordas da realidade, quando ilumina as situações extremas, “as periferias” onde o povo fiel está mais exposto à invasão daqueles que querem saquear a sua fé.

As pessoas agradecem-nos porque sentem que rezamos a partir das realidades da sua vida de todos os dias, as suas penas e alegrias, as suas angústias e esperanças. E, quando sentem que, através de nós, lhes chega o perfume do Ungido, de Cristo, animam-se a confiar-nos tudo o que elas querem que chegue ao Senhor: “Reze por mim, padre, porque tenho este problema”, “abençoe-me, padre”, “reze para mim”… Estas confidências são o sinal de que a unção chegou à orla do manto, porque é transformada em súplica – súplica do Povo de Deus. Quando estamos nesta relação com Deus e com o seu Povo e a graça passa através de nós, então somos sacerdotes, mediadores entre Deus e os homens.

O que pretendo sublinhar é que devemos reavivar sempre a graça, para intuirmos, em cada pedido – por vezes inoportuno, puramente material ou mesmo banal (mas só aparentemente!) –, o desejo que tem o nosso povo de ser ungido com o óleo perfumado, porque sabe que nós o possuímos. Intuir e sentir, como o Senhor sentiu a angústia permeada de esperança da hemorroíssa quando ela Lhe tocou a fímbria do manto. Este instante de Jesus, no meio das pessoas que O rodeavam por todos os lados, encarna toda a beleza de Aarão revestido sacerdotalmente e com o óleo que escorre pelas suas vestes. É uma beleza escondida, que brilha apenas para aqueles olhos cheios de fé da mulher atormentada com as perdas de sangue. Os próprios discípulos – futuros sacerdotes – não conseguem ver, não compreendem: na “periferia existencial”, vêem apenas a superficialidade duma multidão que aperta Jesus de todos os lados quase O sufocando (cf. Lc 8, 42). Ao contrário, o Senhor sente a força da unção divina que chega às bordas do seu manto.

É preciso chegar a experimentar assim a nossa unção, com o seu poder e a sua eficácia redentora: nas “periferias” onde não falta sofrimento, há sangue derramado, há cegueira que quer ver, há prisioneiros de tantos patrões maus. Não é, concretamente, nas auto-experiências ou nas reiteradas introspecções que encontramos o Senhor: os cursos de auto-ajuda na vida podem ser úteis, mas viver a nossa vida sacerdotal passando de um curso ao outro, de método em método leva a tornar-se pelagianos, faz-nos minimizar o poder da graça, que se ativa e cresce na medida em que, com fé, saímos para nos dar a nós mesmos oferecendo o Evangelho aos outros, para dar a pouca unção que temos àqueles que não têm nada de nada.

O sacerdote, que sai pouco de si mesmo, que unge pouco – não digo “nada”, porque, graças a Deus, o povo nos rouba a unção –, perde o melhor do nosso povo, aquilo que é capaz de ativar a parte mais profunda do seu coração presbiteral. Quem não sai de si mesmo, em vez de ser mediador, torna-se pouco a pouco um intermediário, um gestor. A diferença é bem conhecida de todos: o intermediário e o gestor “já receberam a sua recompensa”. É que, não colocando em jogo a pele e o próprio coração, não recebem aquele agradecimento carinhoso que nasce do coração; e daqui deriva precisamente a insatisfação de alguns, que acabam por viver tristes, padres tristes, e transformados numa espécie de coleccionadores de antiguidades ou então de novidades, em vez de serem pastores com o “cheiro das ovelhas” – isto vo-lo peço: sede pastores com o “cheiro das ovelhas”, que se sinta este –, serem pastores no meio do seu rebanho e pescadores de homens. É verdade que a chamada crise de identidade sacerdotal nos ameaça a todos e vem juntar-se a uma crise de civilização; mas, se soubermos quebrar a sua onda, poderemos fazer-nos ao largo no nome do Senhor e lançar as redes. É um bem que a própria realidade nos faça ir para onde, aquilo que somos por graça, apareça claramente como pura graça, ou seja, para este mar que é o mundo atual onde vale só a unção – não a função – e se revelam fecundas unicamente as redes lançadas no nome d’Aquele em quem pusemos a nossa confiança: Jesus.

Amados fiéis, permanecei unidos aos vossos sacerdotes com o afeto e a oração, para que sejam sempre Pastores segundo o coração de Deus.

Amados sacerdotes, Deus Pai renove em nós o Espírito de Santidade com que fomos ungidos, o renove no nosso coração de tal modo que a unção chegue a todos, mesmo nas “periferias” onde o nosso povo fiel mais a aguarda e aprecia. Que o nosso povo sinta que somos discípulos do Senhor, sinta que estamos revestidos com os seus nomes e não procuramos outra identidade; e que ele possa receber, através das nossas palavras e obras, este óleo da alegria que nos veio trazer Jesus, o Ungido. Amém.

Seja Feliz!

O Aborto no Brasil

Legalização do aborto no Brasil não é a solução para os problemas das gravidezes indesejadas, assinala bispo brasileiro

BRASILIA, 27 Mar. 13 / 04:48 pm (ACI/EWTN Noticias).- Após uma nota publicada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) no dia 12 de março e mais amplamente difundida no último dia 20, na qual se propõe a descriminalização do aborto, inclusive, pela simples vontade da gestante, até a 12ª semana de gestação, o presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Vida e Família da CNBB, Dom João Carlos Petrini, divulgou algumas considerações a respeito do apoio do CFM, assinalando que o aborto legalizado não soluciona os problemas das mulheres que enfrentam gravidezes indesejadas.

Diante do fato, pró-vidas de todo o Brasil também se manifestaram contra o apoio do CFM a este ítem do anteprojeto do novo código penal, especialmente por alegar que a prática anti-vida estaria legalizada até à 12ª semana da gravidez porque “a partir de então o sistema nervoso central já estará formado”, fato desmentido pela literatura médica atual, como afirma a Dra. Lenise Garcia, presidente da entidade pró-vida Brasil Sem Aborto, reiterando que a justificativa do conselho causa surpresa pois “qualquer estudante do segundo ano de Medicina já aprende, em suas aulas de embriologia, que os doze pares de nervos cranianos se formam durante a quinta e a sexta semanas do desenvolvimento”.

Dom Petrini, por sua parte, também fala da surpresa por parte da sociedade brasileira pela decisão tomada pelo Conselho Federal de Medicina, durante o I Encontro Nacional dos Conselhos de Medicina, favorável à interrupção da gravidez até a 12ª semana, como prevê a proposta do novo Código Penal, em discussão no Senado Federal.

“As imediatas reações contrárias a esse posicionamento demonstram a preocupação dos que defendem a vida humana desde sua concepção até a morte natural”, afirma o bispo.

“O drama vivido pela mulher por causa de uma gravidez indesejada ou por circunstâncias que lhe dificultam sustentar a gravidez pode levá-la ao desespero e à dolorosa decisão de abortar. No entanto, é um equívoco pensar que o aborto seja a solução”, assevera Dom Petrini.

“As constituições dos principais países ocidentais apresentam uma perspectiva claramente favorável à vida. A Constituição Federal do Brasil, em seu artigo 1º, afirma que a República Federativa do Brasil tem como um de seus fundamentos a dignidade da pessoa humana. E, no seu artigo 5º, garante a inviolabilidade do direito à vida”, remarca a nota do bispo brasileiro.

Segundo Dom Petrini, para evitar o aborto não é necessária sua legalização, mas antes, “a implantação de políticas públicas que criem formas de amparo às mulheres grávidas nas mais variadas situações de vulnerabilidade e de alto risco, de tal modo que cada mulher, mesmo em situações de grande fragilidade, possa dar à luz seu bebê. Esta solução é a melhor tanto para a criança, que tem sua vida preservada, quanto para a mulher, que fica realizada quando consegue ter condições para levar a gravidez até o fim, evitando o drama e o trauma do aborto”.

“O Conselho Federal de Medicina ao se manifestar favorável ao aborto até 12 semanas parece não ter levado em consideração todos os fatores que entram em jogo nas situações que se pretendem enfrentar. Sua decisão, que não contou com a unanimidade dos Conselhos Regionais, deixa uma mensagem inequívoca: quando alguém atrapalha, pode ser eliminado”, prossegue a nota.

Como outra justificativa para apoiar a medida abortista, o bispo denuncia que “o CFM evoca a autonomia da mulher e do médico, ignorando completamente a criança em gestação”.

“Esta não é um amontoado de células sem maior significado, mas um ser humano com uma identidade biológica bem definida; com um código genético próprio, diferente do DNA da mãe. Amparado no ventre materno, o nascituro não constitui um pedaço do corpo de sua genitora, mas é um ser humano vivo com sua individualidade. A esse respeito convergem declarações de geneticistas e biomédicos”, afirmou ainda o presidente da Comissão da CNBB dedicada à defesa da vida.

“Que os legisladores sejam capazes de considerar melhor todos os aspectos da questão em pauta e que seja possível um diálogo efetivo, com abertura para alargar o uso da razão. O uso apropriado da mesma não descartaria nenhum fator, reconhecendo os direitos do nascituro, o primeiro deles, o direito inviolável à vida. Deste modo, será possível legislar em favor do verdadeiro bem das mulheres e dos nascituros, e se consolidará o Estado democrático, republicano e laico, que tanto desejamos”, conclui a nota com data de 22 de março do presente ano.
Neste dia em que o Senhor instituiu a EUCARISTIA, meditemos como está a nossa proximidade com o Senhor. Na profundidade deste gesto que é interpretado demais e é vivido de menos, convido a todos os meus amigos para, juntos, lermos - e meditarmos - o Evangelho de São João, capítulos 13 até o 17. Depois de meditar, vá participar da Santa Missa, onde o próprio Jesus lhe espera, para cear com você. A Missa na Matriz de Nossa Senhora da Ajuda, em Guapimirim, começa às 20h.

"Pai, quero que, onde eu estou, estejam comigo aqueles que me deste" (Jo 17,24)

Entre no Mistério e deixe-se converter por Jesus!

quarta-feira, 27 de março de 2013

Primeira Catequese de Papa Francisco!!

Catequese do Papa Francisco; Semana Santa- 27/03/2013 
CATEQUESE
Praça São Pedro – Vaticano
Quarta-feira, 27 de março de 2013


Irmãos e irmãs, bom dia!

Tenho o prazer de acolher-vos nesta minha primeira Audiência Geral. Com grande reconhecimento e veneração acolho o “testemunho” das mãos do meu amado predecessor Bento XVI. Depois da Páscoa retomaremos as catequeses do Ano da Fé. Hoje gostaria de concentrar-me um pouco sobre a Semana Santa. Com o Domingo de Ramos iniciamos esta Semana – centro de todo o Ano Litúrgico – na qual acompanhamos Jesus em sua Paixão, Morte e Ressurreição.

Mas o que pode querer dizer viver a Semana Santa para nós? O que significa seguir Jesus em seu caminho no Calvário para a Cruz e a ressurreição? Em sua missão terrena, Jesus percorreu os caminhos da Terra Santa; chamou 12 pessoas simples para que permanecessem com Ele, compartilhando o seu caminho e para que continuassem a sua missão; escolheu-as entre o povo cheio de fé nas promessas de Deus. Falou a todos, sem distinção, aos grandes e aos humildes, ao jovem rico e à pobre viúva, aos poderosos e aos indefesos; levou a misericórdia e o perdão de Deus; curou, consolou, compreendeu; doou esperança; levou a todos a presença de Deus que se interessa por cada homem e cada mulher, como faz um bom pai e uma boa mãe para cada um de seus filhos. Deus não esperou que fôssemos a Ele, mas foi Ele que se moveu para nós, sem cálculos, sem medidas. Deus é assim: Ele dá sempre o primeiro passo, Ele se move para nós. Jesus viveu a realidade cotidiana do povo mais comum: comoveu-se diante da multidão que parecia um rebanho sem pastor; chorou diante do sofrimento de Marta e Maria pela morte do irmão Lázaro; chamou um cobrador de impostos como seu discípulo; sofreu também a traição de um amigo. Nele Deus nos doou a certeza de que está conosco, em meio a nós. “As raposas – disse Ele, Jesus – as raposas têm suas tocas e as aves do céu os seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mt 8, 20). Jesus não tem casa porque a sua casa é o povo, somos nós, a sua missão é abrir a todos as portas de Deus, ser a presença do amor de Deus.

Na Semana Santa nós vivemos o ápice deste momento, deste plano de amor que percorre toda a história da relação entre Deus e a humanidade. Jesus entra em Jerusalém para cumprir o último passo, no qual reassume toda a sua existência: doa-se totalmente, não tem nada para si, nem mesmo a vida. Na Última Ceia, com os seus amigos, compartilha o pão e distribui o cálice “por nós”. O Filho de Deus se oferece a nós, entrega em nossas mãos o seu Corpo e o seu Sangue para estar sempre conosco, para morar em meio a nós. E no Monte das Oliveiras, como no processo diante de Pilatos, não oferece resistência, doa-se; é o Servo sofredor profetizado por Isaías que se despojou até a morte (cfr Is 53,12).

Jesus não vive este amor que conduz ao sacrifício de modo passivo ou como um destino fatal; certamente não esconde a sua profunda inquietação humana diante da morte violenta, mas se confia com plena confiança ao Pai. Jesus entregou-se voluntariamente à morte para corresponder ao amor de Deus Pai, em perfeita união com a sua vontade, para demonstrar o seu amor por nós. Na cruz Jesus “me amou e entregou a si mesmo” (Gal 2,20). Cada um de nós pode dizer: amou-me e entregou a si mesmo por mim. Cada um pode dizer este “por mim”.

O que significa tudo isto para nós? Significa que este é também o meu, o teu, o nosso caminho. Viver a Semana Santa seguindo Jesus não somente com a emoção do coração; viver a Semana Santa seguindo Jesus quer dizer aprender a sair de nós mesmos – como disse domingo passado – para ir ao encontro dos outros, para ir para as periferias da existência, mover-nos primeiro para os nossos irmãos e as nossas irmãs, sobretudo aqueles mais distantes, aqueles que são esquecidos, aqueles que tema mais necessidade de compreensão, de consolação, de ajuda. Há tanta necessidade de levar a presença viva de Jesus misericordioso e rico de amor!

Viver a Semana Santa é entrar sempre mais na lógica de Deus, na lógica da Cruz, que não é antes de tudo aquela da dor e da morte, mas aquela do amor e da doação de si que traz vida. É entrar na lógica do Evangelho. Seguir, acompanhar Cristo, permanecer com Ele exige um “sair”, sair. Sair de si mesmo, de um modo cansado e rotineiro de viver a fé, da tentação de fechar-se nos próprios padrões que terminam por fechar o horizonte da ação criativa de Deus. Deus saiu de si mesmo para vir em meio a nós, colocou a sua tenda entre nós para trazer-nos a sua misericórdia que salva e doa esperança. Também nós, se desejamos segui-Lo e permanecer com Ele, não devemos nos contentar em permanecer no recinto das 99 ovelhas, devemos “sair”, procurar com Ele a ovelha perdida, aquela mais distante. Lembrem-se bem: sair de nós mesmo, como Jesus, como Deus saiu de si mesmo em Jesus e Jesus saiu de si mesmo por todos nós.

Alguém poderia dizer-me: “Mas, padre, não tenho tempo”, “tenho tantas coisas a fazer”, “é difícil”, “o que posso fazer com as minhas poucas forças, também com o meu pecado, com tantas coisas?”. Sempre nos contentamos com alguma oração, com uma Missa dominical distraída e não constante, com qualquer gesto de caridade, mas não temos esta coragem de “sair” para levar Cristo. Somos um pouco como São Pedro. Assim que Jesus fala de paixão, morte e ressurreição, de doação de si, de amor para todos, o Apóstolo o leva para o lado e o repreende. Aquilo que diz Jesus perturba os seus planos, parece inaceitável, coloca em dificuldade as seguranças que se havia construído, a sua ideia de Messias. E Jesus olha para os discípulos e dirige a Pedro talvez uma das palavras mais duras dos Evangelhos: “Afasta-te de mim, Satanás, porque teus sentimentos não são os de Deus, mas os dos homens” (Mc 8, 33). Deus pensa sempre com misericórdia: não se esqueçam disso. Deus pensa sempre com misericórdia: é o Pai misericordioso! Deus pensa como o pai que espera o retorno do filho e vai ao seu encontro, vê-lo vir quando ainda é distante…O que isto significa? Que todos os dias ia ver se o filho retornava a casa: este é o nosso Pai misericordioso. É o sinal que o esperava de coração no terraço de sua casa. Deus pensa como o samaritano que não passa próximo à vítima olhando por outro lado, mas socorrendo-a sem pedir nada em troca; sem perguntar se era judeu, se era pagão, se era samaritano, se era rico, se era pobre: não pergunta nada. Não pergunta essas coisas, não pergunta nada. Vai em seu auxílio: assim é Deus. Deus pensa como o pastor que doa a sua vida para defender e salvar as ovelhas.

A Semana Santa é um tempo de graça que o Senhor nos doa para abrir as portas do nosso coração, da nossa vida, das nossas paróquias – que pena tantas paróquias fechadas! – dos movimentos, das associações, e “sair” de encontro aos outros, fazer-nos próximos para levar a luz e a alegria da nossa fé. Sair sempre! E isto com amor e com a ternura de Deus, no respeito e na paciência, sabendo que nós colocamos as nossas mãos, os nossos pés, o nosso coração, mas em seguida é Deus que os orienta e torna fecunda cada ação nossa.

Desejo a todos viver bem estes dias seguindo o Senhor com coragem, levando em nós mesmos um raio do seu amor a quantos encontrarmos.

Boletim da Santa Sé
Tradução: Jéssica Marçal - Canção Nova

Uso ilegal de Misoprostol

Organizações denunciam o uso ilegal do misoprostol para provocar abortos na América Latina

MEXICO D.F., 27 Mar. 13 / 10:43 am (ACI/EWTN Noticias).- Organizações de defesa da vida e da família no México, Uruguai, Equador, Chile e Estados Unidos, alertaram sobre o uso ilegal do misoprostol em diversas clínicas para provocar abortos e acelerar partos, embora este medicamento seja permitido somente para tratar úlceras gástricas.

Em um comunicado, a Fundação Família e Futuro (Equador), o Instituto de Formação em Valores (México), a Associação protege a Vida (Uruguai), a Rede pela Vida e a Família e a Organização Não Governamental Investigação, Formação e Estudos da Mulher (Chile), e Personhood (Estados Unidos), alertaram que este medicamente inclusive é vendido sem receita em alguns países, apesar de que pode provocar a morte da mãe e do nascituro.

O texto recordou que a Food and Drug Administration (FDA) autorizou o uso do misoprostol somente para a prevenção e tratamento das úlceras gástricas. Entretanto, aumentou seu uso na América Latina para induzir abortos no início da gravidez e devido ao seu baixo custo, algumas clínicas o utilizam para acelerar partos.
A doutora em ciências biomédicas pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), Alejandra Huerta, assinalou que entre 10 e 35 por cento dos casos o aborto com misoprostol não se completa, podendo provocar hemorragias e, por isso, a necessidade de tirar o que fica do feto por aspiração, agravando o problema de um aborto induzido.

Entretanto, indicou, em outras ocasiões a gravidez continua, mas provoca altos níveis de intoxicação no bebê que podem chegar a má formações graves ou a doenças congênitas.

Organização denuncia sequestro e aborto forçado de uma grávida de 7 meses na China

Estamos na quarta-feira 'Santa', por assim dizer, pois, na verdade, todos os dias são santificados por Deus, por serem obra de Sua Vontade Soberana.

A vida, no seu sentido mais literal, é Dom do Criador.

Essa notícia é, para dizer o mínimo, preocupante.

Mas é verdade, e pode, de uma forma ou outra, se tornar real em nosso país.

Nestes dias da Semana Santa, dediquemo-nos mais à oração e ao silêncio, meditando as dores de Jesus, Seus sofrimentos por nossos pecados, esses pecados que bradam aos céus e clamam a vingança divina!

Valei-nos, Ó Senhora Aparecida! Valei-nos São José!

Organização denuncia sequestro e aborto forçado de uma grávida de 7 meses na China

WASHINGTON DC, 27 Mar. 13 / 10:41 am (ACI/EWTN Noticias).- A organização China Aid denunciou um novo caso de aborto forçado realizado a uma mulher com sete meses de gravidez na cidade de Chuzhou, ao leste da China, no último dia 22 de março, em razão da política do filho único no país.

Conforme revelou a China Aid, a mulher foi sequestrada e levada a um hospital por autoridades governamentais de controle natal.

O aborto foi feito com uma injeção letal aplicada ao bebê de sete meses. A mãe continua hospitalizada em Chuzhou.

Em uma entrevista realizada ao marido da mulher que sofreu o aborto, este assinalou que estava protestando legalmente ante o governo local, e discutia com eles.

O homem também agradeceu a preocupação do "mundo exterior" com o caso de sua esposa.

"Sou seu marido, (a injeção letal) realizou-se na sexta-feira passada (22 de março)", denunciou, e assinalou que, fisicamente, sua esposa "está bem".

"O governo já ofereceu negociar este assunto e neste momento está em meio de discussões. Não contratamos ainda um advogado. Se o governo não se comprometer, o contratarei!", disse o homem a China Aid.

A organização defensora dos direitos humanos na China expressou sua condenação por este "caso sangrento".

"Acompanharemos de perto o desenvolvimento do caso, e faremos esforços para prover assistência às vítimas e defender a dignidade da vida humana criada por Deus", asseguraram.

A organização pediu às pessoas "de consciência" em todo mundo, que condenem em unidade e firmemente este atentado contra a vida, para que o governo chinês sancione a quem o realizou e acabe com a política familiar do filho único.

"Deixe-nos falar por estes bebês que não podem emitir som, e proteger o direito à vida dos mais débeis entre nós. O direito à vida é o primeiro direito humano", sublinharam.

Segundo um recente relatório que recolheu dados do Ministério de Sanidade da China, desde 1971 foram realizados 336 milhões de abortos e 196 milhões de esterilizações devido à política do filho único.

Em junho de 2012, a fotografia da Feng Jianmei inconsciente em uma cama de hospital junto a seu bebê abortado à força deu a volta ao mundo, despertando as críticas à política do filho único na China.

Feng foi obrigada a abortar o seu segundo bebê pelas autoridades chinesas, porque não pôde pagar a tempo os 40.000 yuanes (6.200 dólares) com os que o governo sanciona a quem ousa ter mais de um filho.

Em uma entrevista à Dragon TV, em fevereiro deste ano, Feng Jianmei assegurou que apesar da compensação econômica que o governo ofereceu depois da divulgação do seu caso, ela e seu marido "fomos os que mais perdemos. Perdemos um bebê".

Leia hoje: II Tes 3,1-2

E seja Feliz!

segunda-feira, 25 de março de 2013

Sou uma pessoa afetivamente madura?

Jesus Cristo deixou um programa para a nossa afetividade
 
Imagem de DestaqueTodos nós precisamos de cura. Para sermos curados em nossa sexualidade e em nossa afetividade precisamos nos abrir ao amor de Deus.

Comecei a trilhar esse caminho por meio de um grande amigo que nunca conheci pessoalmente, João Mohana, sacerdote, médico e psicólogo, um santo de Deus. Ao ficar viúva com vinte e três anos, deram-me de presente um de seus livros: “Sofrer e amar”, o qual me ajudou a dar os primeiros passos no conhecimento do meu grau de maturidade afetiva. Foi com ele que percebi a necessidade de crescer na minha maturidade afetiva a ponto de equipará-la à minha maturidade cronologia.

João Mohana explica: “Hoje, sabe-se que todo indivíduo, homem e mulher, possui uma idade afetiva e uma idade cronológica, e que ambas podem coincidir ou não. Quando a idade afetiva é inferior à idade cronológica, estamos diante de um caso de imaturidade afetiva. Quando iguala ou supera, estamos diante de um caso de maturidade”.

Algumas pessoas que parecem adultas por fora têm o coração imaturo. Não é sadia a imaturidade psicológica no adulto. É um fenômeno anormal. Normal é que o psiquismo vá se desenvolvendo, passo a passo, com o corpo, amadurecendo à proporção que o corpo amadurece.

Vídeo: Ore com Eliana Ribeiro sobre sua afetividade e sexualidade


Jesus Cristo deixou um programa para a nossa afetividade. O programa está expresso no novo mandamento: “Dou-vos um novo mandamento. Que vos ameis como eu vos tenho amado” (Jo 15,12). “Amai-vos” no estilo d'Ele, ou seja, no estilo maduro para o coração humano. Esse programa supõe que nossa afetividade alcance a maturidade.

Para nós cristãos a maturidade humana não é tudo, nela está incluída a santidade. Além da maturidade humana, somos chamados por Jesus Cristo a ser uma “nova criatura”, a fazer com que o Filho de Deus venha à tona em nós. É um processo que leva tempo, pois consiste em pegar a pessoa machucada, sofrida, marcada, amarrada, bloqueada e trazê-la para fora como Jesus fez com Lázaro: “Lázaro, vem para fora!” É preciso que a criatura nova em nós venha para fora. É preciso deixar a cura e a libertação acontecer.

Todos nós sabemos que a maneira como nos comportamos e nos expressamos na nossa afetividade está intimamente ligada à nossa infância. Especialmente o relacionamento com nosso pai, nossa mãe, nossos irmãos que foram modelo para nós. Gandhi dizia que a “a gente imita o que admira”, afirmando que o ser humano aprende por imitação.

Meu pai era muito afetuoso, não só nos seus gestos – em fazer um “cafuné”, dar um abraço, colocar no colo -, mas também com ternura, dizendo: “Eu te amo!”. Passei a minha vida inteira presenciando o afeto entre meus pais e o carinho que tinham com cada filho. Suas expressões de afeto entre um e outro e conosco, seus seis filhos, fizeram de nós uma família amorosa, unida e feliz.

Numa família pode haver segurança econômica, financeira, boa moradia, mas se não há a segurança afetiva entre os pais, expressões de afetos, o resultado será, na maioria das vezes, um adulto reprimido nos seus sentimentos de afetos, emoções de carinho, de ternura. Se ficar doente, terá tudo, menos afeto. João Mohana chama isso de “subnutrição da afetividade na infância”. Mas também ele diz: “O excesso de afeto pode levar à imaturidade, por vir a exigir um estilo de convívio com os outros semelhante ao que se habituou a ter na infância. Serão os insaciáveis nos grupos e nas famílias. Tanto excesso como carência de afeto na infância podem gerar as seguintes expressões de imaturidade na idade adulta: desconfiança, insegurança, agressividade, dependência, hermetismo, complexos, inibições, fugas, desajustamento e até perda de sentido da vida”.

É por isso que para o cristão é tão importante o sobrenatural integrado ao natural, à sua maturidade afetiva. É o que expressa São Paulo:

“Assim, ele capacitou os santos para obra do ministério, para edificação do Corpo de Cristo até chegarmos, todos juntos, à unidade na fé no conhecimento do Filho de Deus, ao estado de adultos, à estatura do Cristo em sua plenitude. Então, não seremos mais como crianças, entregues ao sabor das ondas. Ao contrário, vivendo segundo a verdade, no amor, cresceremos sob todos os aspectos em relação a Cristo, que é a cabeça” (Ef 4,12-14a.15).

Este é o trabalho da graça de Deus em nós, e todos nós devemos colaborar. Pelo Espírito Santo que nos santifica, vamos rumo à nossa maturidade humana e cristã.

Luzia Santiago - cofundadora da Com. Canção Nova

Acesse: http://luziasantiago.com/
(Trecho extraído do livro "A cura da nossa afetividade e sexualidade")

Leia hoje: São João 12,1-11

E seja Feliz!

sábado, 23 de março de 2013

Histórico: Papa Francisco encontra Bento XVI!


Igreja presencia encontro histórico entre dois Papas
O Papa Francisco encontrou-se neste sábado, 23, pela primeira vez com seu predecessor, o Papa Emérito, Bento XVI, em Castel Gandolfo, nas proximidades de Roma. Ao meio-dia, Francisco se dirigiu de helicóptero à pequena cidade para o encontro com o Papa Emérito onde almoçaram juntos num fato sem precedentes na história da Igreja.
Papa Francisco encontra-se com Bento XVI
Um encontro histórico entre dois Papas da Igreja Católica. (Foto: L’OSSERVATORE ROMANO )
Após um voo de 20 minutos o Papa Francisco aterrissou no heliporto das Vilas Pontifícias de Castel Gandolfo e foi acolhido pelo Papa Emérito Bento XVI. Presentes também o Bispo de Albano, Dom Marcello Semeraro e Saverio Petrillo, Diretor das Vilas Pontifícias e Dom Georg Gänswein. Papa Francisco e Bento XVI utilizaram o mesmo automóvel para chegar até a Residência Pontifícia.
Segundo o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, o helicóptero papal aterrissou às 12h15, hora de Roma. O Santo Padre estava acompanhado pelo Substituto da Secretaria de Estado, Dom Becciu, por Mons. Sapienza e por Mons. Alfred Xuereb.
papas em oração
Os dois Papas rezando em uma capela da Residência Pontifícia de Castel Gandolfo. (Foto: L’OSSERVATORE ROMANO )
Logo após a aterrissagem, Bento XVI se aproximou do Papa Francisco e o acolheu com um “belíssimo” abraço, disse Pe. Lombardi. Na Residência Apostólica os dois protagonistas deste histórico encontro foram até o apartamento e imediatamente à capela para um momento de oração.
Na capela, o Papa emérito ofereceu o lugar de honra a Papa Francisco, mas esse disse: “Somos irmãos”, e pediu que se ajoelhassem juntos no mesmo banco, contou Pe. Lombardi. Após um breve momento de oração, se dirigiram para a Biblioteca privada, e por volta das 12h30, teve início o encontro reservado que durou cerca de 45 minutos.
Padre Lombardi destacou ainda que o Papa Emérito estava vestindo uma simples batina branca, sem faixa e sem capa. Já o Papa Francisco vestia uma batina branca com faixa e capa papal.
Padre Lombardi disse também que Papa Francisco presenteou Bento XVI com um ícone de Nossa Senhora da Humildade. “Esta Nossa Senhora é a da Humildade, e eu pensei no senhor e quis dar-lhe um presente pelos muitos exemplos de humildade que nos deu durante o seu Pontificado”, explicou Papa Francisco a Bento XVI.
Desde o dia 28 de fevereiro, Bento XVI reside neste local, onde acompanhou a eleição do Cardeal Bergoglio como Sumo Pontífice, e aguarda o fim das reformas no mosteiro Mater Ecclesiae dentro do Vaticano.
Papa Francisco, nos seus discursos, tem manifestado palavras de afeto a Bento XVI, chamando-o, seguidamente de “meu Predecessor, o querido e venerado Papa Bento XVI”.
Já na sua primeira aparição no balcão central da Basílica de São Pedro disse “Rezemos pelo nosso Bispo Emérito Bento XVI. Rezemos todos juntos por ele, para que o Senhor o abençoe e a Virgem Maria o proteja”.
Após o almoço Papa Francisco retornou ao Vaticano.
Da redação, com Rádio Vaticano
Seja Feliz!

quinta-feira, 21 de março de 2013

Encontro reúne cristãos e Muçulmanos em Curitiba

O encontro inter-religioso lançado no ano passado em Foz do Iguaçu, e que reuniu mais de 4 mil pessoas na hidrelétrica de Itaipu para celebração a Maria, mãe de Jesus, terá nova edição em Curitiba, neste sábado, 23. Iniciativa da Pastoral da Criança, em conjunto com a arquidiocese de Curitiba e lideranças da Comunidade Islâmica de Curitiba, o evento com o tema “Maria, exemplo para todos nós” busca congregar as comunidades cristã e muçulmana em torno da personagem Maria, reverenciada nas duas religiões.

Maria é a mãe de Jesus Cristo, que para os cristãos é o Salvador do Mundo e para os islâmicos foi um profeta. Maria é bem-aventurada por ter sido escolhida por Deus para levar o Salvador em seu seio. “Maria é modelo de amor e doação, que se põe a caminho para servir a prima Isabel. É a mãe terna que ampara e protege seus filhos”, diz o gestor de relações institucionais da Pastoral da Criança, Clóvis Boufleur.

No Alcorão, livro sagrado dos muçulmanos, a Virgem Maria (Maryam) é mencionada como exemplo de mulher em 34 citações. Tem uma surata (capítulo) intitulada "Surata Maryam" inteiramente dedicada a Maria com o relato da anunciação, gravidez e nascimento de seu filho Jesus.

A ideia do encontro surgiu a partir de evento similar realizado no Líbano para comemorar a Anunciação do Anjo Gabriel a Maria (dia 25 de março). Com o apoio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o médico Nelson Arns Neumann, coordenador da Pastoral da Criança Internacional, trouxe a proposta para o Brasil. Com a participação da Sociedade Beneficente Islâmica de Foz do Iguaçu, o lançamento do evento na Usina de Itaipu, no ano passado, reuniu 14 autoridades da Igreja Católica, líderes religiosos de nove países, autoridades civis e outros convidados.

Programa do encontro em Curitiba

O encontro em Curitiba terá início às 9 horas na sede da coordenação nacional da Pastoral da Criança (rua Jacarezinho, 1.691, Mercês) com mostra das ações básicas de saúde, nutrição e educação realizadas pela rede de voluntários em todo o país e no exterior. Ainda na sede da Pastoral da Criança, representantes das duas religiões vão falar sobre a presença de Maria na Bíbilia e no Alcorão. E os Espaços Temáticos destacarão Maria como inspiração para cristãos e muçulmanos.

Conforme a programação, às 10h30, o público fará caminhada até o Canal da Música (rua Júlio Perneta, 695, Mercês) para acompanhar a atividade principal – a celebração a Maria - que acontecerá às 11h, com a participação do sheike Mohamad Sadek Ebrahimi, do bispo Dom Moacyr José Vitti e um grupo coral. O público poderá continuar sua visita à sede da Pastoral da Criança até as 14 horas.

“Homenagear a mãe de Jesus é uma oportunidade para as famílias conhecerem com mais profundidade temas inspiradores dos exemplos de Maria”, destaca Boufleur. “É, também, oportunidade para a convivência fraterna e de incentivo para a paz entre os povos e fiéis das duas maiores religiões mundiais”.
  
Da Redação, com Pastoral da Criança
 
Fonte: Canção Nova

O Islã e o Papa Francisco

Líder islâmico pede trabalho de Francisco pela paz e pelos pobres

O Presidente da União das Instituições Islâmicas do Líbano, Dr. Mohamed Ali Danawi, enviou uma mensagem ao Papa Francisco através o Núncio Apostólico no Líbano, Dom Gabriele Katcha.

Na mensagem, o líder islâmico felicita o novo Pontífice pela sua eleição, expressando desejo de que Deus os ajude para tratar e superar todos os obstáculos e a melhorar as relações islâmico-cristãs.

A nota destaca que desde o início do Pontificado, Francisco "anunciou um sincero desejo de retornar à autenticidade da Bíblia, o que deixou um impacto significativo nas nossa almas”, afirmou Danawi.

“Ao considerarmos Sua Santidade como o rosto do amor, da harmonia e de trabalho na construção de pontes de amor e de bom relacionamento entre todos os setores da comunidade internacional, especialmente os pobres, as famílias, as relações conjugais e sexuais sãs e adequadas, vos pedimos a solidariedade com os povos oprimidos contra a tirania e o racismo e o esforço em promover a paz no mundo e colocar fim aos massacres e às guerras sem sentido”, acrescentou o líder muçulmano.

Na conclusão, Dr. Danawi, apela ao Santo Padre para sua mediação em questões como a Palestina e Jerusalém e o seu apoio à luta dos povos submetidos por governantes injustos.

Fonte: Canção Nova

A Federação Luterana Mundial e o Papa Francisco


Presidente da Federação Luterana Mundial expressa desejo de trabalho conjunto com Papa Francisco
 
Da Redação CN, com Rádio Vaticano

O presidente da Federação Luterana Mundial, Bispo Munib Younan, comentou o que achou do encontro realizado nesta quarta-feira, 20, entre o Papa Francisco e as delegações de outras religiões. Ele manifestou o desejo da Federação em cooperar com o trabalho do Papa.

O bispo comentou que Bento XVI e João Paulo II falaram de Jerusalém e Oriente Médio. “A nossa expectativa é de que, vindo da América Latina, da opressão, ele possa falar de justiça para a Palestina e Israel, e possa falar também aos cristãos do Oriente Médio que se encontram em situações difíceis”, destacou.

Younan manifestou o desejo da Federação Luterana de cooperaçãom de um trabalho conjunto com o Papa por meio do Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos. “Penso que seja realmente importante continuar essa colaboração, este testemunho ecumênico para que o mundo diga: ‘Vejam como eles se amam e como luteranos e católicos testemunham juntos neste mundo’ “, disse.

Ele destacou ainda a humildade de Francisco e considerou um bom sinal que o Papa seja da América do Sul, pois traz consigo o chamado à atenção com os pobres.

“Hoje, precisamos de líderes humildes, locais e mundiais. Precisamos que eles sejam realmente humildes e atentos às necessidades do povo, que não falem somente de cima para baixo, mas de baixo para cima, a partir da base “.

O bispo contou que espera que luteranos e católicos possam celebrar juntos os 500 anos da Reforma, em 2017. “Quando conheci o Papa emérito, falamos sobre como celebrar juntos esse evento. A Comissão já começou a trabalhar no documento “From conflict to communion” (Do conflito à comunhão)”, sublinhou.

Fonte: Canção Nova

Leia hoje: São João 8, 51-59

E seja Feliz!