quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Um sonho a D. Bosco sobre a Igreja - Prof. Felipe Aquino


São João Bosco, muitas vezes, recebia as mensagens e inspirações de Deus através de sonhos. Ainda pequeno, recebeu de Nossa Senhora Auxiliadora, a indicação de sua vocação de trabalhar com os meninos que viviam no vício e na delinquência. Já sacerdote, conduzindo a sua Congregação, fundada sob o patrocínio de São Francisco de Sales, teve uma visão que marcou a sua vida e a da Igreja.
Em sonho viu uma grande embarcação que navegava em um oceano agitado. As ondas do mar estavam encarpeladas pelo vento e batiam furiosas contra a embarcação que se agitava de um lado para o outro, no meio de uma batalha que se travava. Aproximando o olhar, D. Bosco percebeu que quem estava no timão, no comando da nau, era o Papa, com as suas vestes características, pilotando diligentemente para que a Barca seguisse o seu rumo. Mas o vento tornava-se mais forte e as ondas do mar agitavam-na furiosamente, a ponto de quase fazê-la naufragar.
Quando o perigo aumentava, D. Bosco percebeu que de cada lado da nau surgiu uma coluna, as quais impediam o naufrágio. Aproximando o olhar, percebeu que em cima de uma das colunas estava a Hóstia num ostensório dourado, e na sua base estava escrito: “Salus Credentium” (Salvação dos que creem); e no alto da outra coluna, estava a imagem de Nossa Senhora. Na base da coluna estavam as palavras: “Auxilium Christianorum” (Auxiliadora dos Cristãos).
Ao acordar, D. Bosco percebeu que Deus lhe havia mostrado a realidade da Igreja Católica neste mundo. Ela é a nau de Cristo, dirigida por Pedro, o Papa, para conduzir-nos ao Céu. O mar agitado pelos ventos são todas as dificuldades, ataques, heresias, perseguições, das quais a Igreja nunca esteve livre, de uma forma ou de outra. E como auxílios celestes, para ela poder seguir a sua caminhada nesta terra, sem naufragar nas ondas impetuosas do pecado, foi-lhe dada a Eucaristia, Maria e o Papa. São suas salva-guardas.
Eis aí os sinais fortes da catolicidade: Jesus Eucarístico na Hóstia consagrada; Maria, “a Mãe do Meu Senhor”, como disse Isabel (Lc 1,43); e o Santo Padre, o Papa, Vigário do Senhor.
Foi o próprio Jesus quem deixou a Eucaristia, Maria e o Papa à Sua Igreja, a fim de cumprir a promessa feita a Pedro: “… e as portas do inferno jamais prevalecerão contra ela”(Mt 16,18). A primeira dádiva de Jesus para nós foi o Papa: “Tú és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja”.  “A minha Igreja…” A Igreja de Jesus é Única e Una, é a Igreja de Pedro, que hoje se chama João Paulo II. Só ele e seus sucessores ouviram essas palavras inefáveis:“Eu te darei as chaves do reino dos céus: Tudo o que ligares na Terra será ligado nos céus, e tudo o que desligares na Terra será desligado nos céus”(Mt 16,19).
Na pessoa  do Papa, Jesus guia a sua Igreja, com infalibidade, mantendo-a unida numa só fé, num só governo, numa só doutrina, numa só liturgia, num único Corpo.
Outra dádiva de salvação que Ele nos deixou foi a Eucaristia. Ele próprio presente nas espécies do pão e do vinho, para ser, “em Pessoa”, o remédio e o sustento da nossa vida. Nós ouvimos essas palavras: “Isto é o meu corpo”(Mc 14,22). “Este é o meu sangue”(Mc 14,24). Esta é a maior prova do amor de Jesus por nós; Ele próprio dado a nós.
Por fim, pregado na cruz, com lábios de sangue, Jesus entregou-nos a última dádiva de Salvação, a Sua própria Mãe. Cada um de nós ouviu no Calvário esta palavra memorável, doce, inesquecível: “Eis  aí a tua Mãe”(Jo 19,27). Nenhum filho é feliz sem a sua mãe. Ele nos deu a sua própria Mãe! Que amor  por nós!
Quem rejeita o Papa, a Eucaristia e Maria, rejeita o próprio Senhor, pois rejeita as suas dádivas mais preciosas para a garantia da nossa salvação.Percebemos que hoje, mais do que nunca, o mundo e o seu príncipe diabólico investem furiosamente contra essas três “colunas”, porque sabem que são a grande força e proteção da Igreja. Mas todo esse ataque é inútil, pois sabemos que são Três colunas invencíveis. Todos os que se atirarem contra elas se verão despedaçados…Os inimigos da Igreja combatem furiosos essas santas dádivas, sem perceber que atiram pedras no próprio Senhor. Essas são as colunas inexpugnáveis.
Prof. Felipe Aquino

Halloween - Prof. Felipe Aquino


Significado da festa de Halloween
O Halloween é uma festa muito comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro. A comemoração veio dos antigos Celtas (povo que habitava a Grã-Bretanha a mais de 2000 anos atrás). Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual, os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a noite, e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas.Com isso, os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos. Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o Dia de Todos os Santos. Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, eles celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “ All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.
Vemos assim que a tradição de comemorar as bruxas ou outros espíritos, não é cristã e deve ser evitada, ainda que tenha apenas uma conotação folclórica. Devemos, sim, celebrar  o dia de todos os Santos.  (*Revista Pergunte e Responderemos, n..464/2001, pág.47s)
O dia de Finados
É uma antiquíssima tradição da Igreja Católica rezar por todos os fiéis falecidos no dia 2 de novembro. A todos os que morreram “no sinal da fé” a Igreja reserva um lugar importante na Liturgia: há uma lembrança diária na Missa, com o Memento (= lembrança) dos mortos, e no Ofício divino. No dia de Finados a Igreja autoriza que cada sacerdote possa celebrar três Missas em sufrágio das almas dos falecidos. Essa foi uma concessão do Papa Bento XV em 1915, quando durante a Primeira Guerra Mundial, julgou oportuno estender a toda Igreja este privilégio de que gozavam a Espanha, Portugal e a América Latina desde o séc. XVIII.
Os primeiros vestígios de uma comemoração coletiva de todos os fiéis defuntos são encontrados em Sevilha (Espanha) no séc. VII, em Fulda (Alemanha) no séc. IX. A comemoração oficial dos falecidos é devida ao abade de Cluny, santo Odilon, em 998, mas, muito antes, em toda parte se celebrava a festa de todos os santos e o dia seguinte era dedicado a memória dos fiéis falecidos. Mas o fato de que milhares de mosteiros beneditinos dependessem de Cluny favoreceu a ampla difusão da comemoração. Depois em Roma, em 1311, foi sancionada oficialmente a memória dos falecidos.
A Tradição da Igreja está repleta de ensinamentos sobre a oração pelos mortos. S. João Crisóstomo (349-407), bispo e doutor da Igreja, já no século IV recomendava orar pelos falecidos:
“Levemos-lhe socorro e celebremos a sua memória… Porque duvidar que as nossas oferendas em favor dos mortos lhes leva alguma consolação? Não hesitemos em socorrer os que partiram e em oferecer as nossas orações por eles” (Hom. 1Cor 41,15). “Os Apóstolos instituíram a oração pelos mortos e  esta lhes presta grande auxílio e real utilidade” (In Philipp. III 4, PG 62, 204).
Tertuliano (†220) – Bispo de Cartago, diz: “A esposa roga pela alma de seu esposo e pede para ele refrigério, e que volte a reunir-se com ele na ressurreição; oferece sufrágio todos os dias aniversários de sua morte” (De monogamia, 10).
Tertuliano atesta o uso de sufrágios na liturgia oficial de Cartago, que era um dos principais centros do cristianismo no século III: “Durante a morte e o sepultamento de um fiel, este fora beneficiado com a oração do sacerdote da Igreja”. ( De anima 51; PR, ibidem)
São Cipriano (†258), bispo de Cartago, refere-se à oferta do sacrifício eucarístico em sufrágio dos defuntos como costume recebido da herança dos bispos seus antecessores (cf. epist. 1,2). Nas suas epístolas é comum encontrar a expressão: “oferecer o sacrifício por alguém ou por ocasião dos funerais de alguém”. (Revista PR, 264, 1982, pag. 50 e 51; PR ibidem)
Falando da vida de Cartago, no século III, afirma Vacandart:
“Podemos de certo modo conceber o que terá sido a vida religiosa de Cartago em meados do século III. Aí vemos o clero e os fiéis a cercar o altar… ouvimos os nomes dos defuntos lidos pelo diácono e o pedido de que o bispo ore por esses fiéis falecidos; vemos os cristãos… voltar para casa reconfortados pela mensagem de que o irmão falecido repousa na unidade da Igreja e na paz do Cristo.” (Revue de Clergé Français 1907 t. Lil 151; PR, ibidem)
São Cirilo, bispo de Jerusalém  (†386), disse: “Enfim, também rezamos pelos santos padres e bispos e defuntos e por todos em geral que entre nós viveram; crendo que este será o maior auxílio para aquelas almas, por quem se reza, enquanto jaz diante de nós a santa e tremenda vítima”(Catequeses. Mistagógicas. 5, 9, 10, Ed. Vozes, 1977, pg. 38).
Desde os primeiros séculos a Igreja reza pelos falecidos. No segundo livro de Macabeus, da Bíblia, encontramos esta recomendação: “É coisa santa e salutar lembrar-se de orar pelos defuntos, para que fiquem livres de seus pecados”. (2Mac 12,46)
Não só é coisa santa rezar pelos falecidos, mas o dia de finados é uma oportunidade para todos refletirem sobre a morte: “Bem-aventurado o homem que, quando o Senhor vier buscá-lo, estiver preparado”.
O Catecismo da Igreja lembra que: “Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos…”(CIC, § 958)
“A nossa oração por eles [no Purgatório] pode não somente ajudá-los, mas também torna eficaz a sua intercessão por nós”. (CIC, § 958)
Falando dos falecidos disse um dia o Papa João Paulo II: “Numa misteriosa troca de dons, eles [no Purgatório] intercedem por nós e nós oferecemos por eles a nossa oração de sufrágio. “ ( LR de 08/11/92, p. 11)
“A tradição da Igreja exortou sempre a rezar pelos mortos. O fundamento da oração de sufrágio encontra-se na comunhão do Corpo Místico… Por conseguinte, recomenda a visita aos cemitérios, o adorno dos sepulcros e o sufrágio, como testemunho de esperança confiante, apesar dos sofrimentos pela separação dos entes queridos” (LR, n. 45, de 10/11/91).
Portanto, o Papa João Paulo II deixou bem claro que as almas do Purgatório também rezam por nós. E mostrou também que é importante ir ao Cemitério e enfeitar os túmulos dos falecidos como sinal de nossa esperança na ressurreição.
Prof. Felipe Aquino

Câmara dos Deputados realiza palestra sobre valorização da família

Com o tema A Família no Centro da Política Desafios, perspectivas e ações

A Câmara dos Deputados, em Brasília, realizou na manhã de hoje (30) uma palestra, que teve como convidado principal o padre Paulo Ricardo de Azevedo, da Arquidiocese de Cuiabá (MT).
Com o tema “A Família no Centro da Política – Desafios, perspectivas e ações”, a palestra contou também com a presença do professor Felipe Nery, diretor do colégio São Bento, em São Paulo, e do deputado Marco Feliciano (PSC), da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Padre Paulo Ricardo abriu o encontro falando dos desafios que a família cristã enfrenta hoje no Brasil. Entre seus argumentos ele citou a ideologia de gênero, o feminismo e o marxismo cultural implantado hoje na sociedade. “O que eu estou fazendo aqui hoje é simplesmente prestando um serviço ao povo brasileiro. Não estou aqui como padre, não estou aqui como pregador, não estou aqui como católico, estou aqui como um brasileiro que estudou essas coisas para dizer a outros brasileiros que há pessoas que dedicam as suas vidas pela destruição da família. Nós cristãos precisamos sair da nossa zona de conforto, senão a família não será salva”, alegou o padre Paulo Ricardo.
O professor Felipe Nery enriqueceu o encontro com uma projeção de slides, apresentando dados sobre a educação e os educadores no Brasil. Ele falou das políticas públicas e inúmeros projetos que tramitam no Congresso Nacional, entre ela as leis referentes ao ensino integral para crianças no Brasil. “Se o pai e a mãe tem condições e querem estar com seus filhos, o governo não pode proibi-los. Não podemos ser ingênuos e achar que isso é um benefício para a sociedade, porque os resultados nos países que implantaram esse  tipo de educação, como a Suécia por exemplo, tem uma grande taxa de aborto entre jovens, de violência sexual,  pois é o estado quem educa e a família não tem o direito de intervir”, afirmou.
A palestra teve duração aproximada de duas horas e contou ainda rápidos depoimentos de deputados e de outros participantes, como jovens estudantes e integrantes de movimentos da Arquidiocese de Brasília.

HOLYween e não Halloween!

Que os cristãos celebrem a Festa dos Santos e não fiquem reclamando do Halloween

Entrevista ao Pe. Andrea, fundador dos Sentinelas do amanhã, um dos pioneiros, há seis anos, do HOLYween, festa que a cada ano faz mais sucesso

Holyween
Era o ano de 834, quando o papa Gregório IV decidiu mudar a festa do Dia de Todos os Santos do 13 de Maio para o  1 de Novembro. Foi uma escolha pensada. O objetivo era, de fato, o de tirar os restos do paganismo de alguns povos que culminavam justamente na noite do 31 de outubro, com o ano novo Celtico. A festa foi assim chamada de All Allows Even, ou seja, que tudo é permitido, até mesmo que os mortos retornassem à vida.
Hoje, séculos depois desse gesto de Gregório IV, parece ser que o paganismo está voltando com força. O mal gosto, o horripilante, o excesso triunfam com a festa de Halloween, que nada mais é do que uma reproposição em chave moderna e consumística das degenerações do ano novo celta.
Parece novamente necessário derrubar estes costumes macabros, consagrando a primeira noite de novembro aos Santos em vez de às bruxas, vampiros e zumbis. Durante anos, Pe. Andrea Brugnoli e a comunidade que ele fundou, os Sentinelas do amanhã, fazem desse desafio uma realidade concreta que adotou o nome de HOLYween. Uma iniciativa direcionada à trazer de volta o rosto dos Santos, expondo as imagens pelas janelas na noite do 31 de Outubro.
ZENIT: Pe. Andrea, qual é o balanço desses 6 anos de atividade da iniciativa HOLYween?
Pe. Andrea Brugnoli: O resultado é mais do que positivo. Parece-me que tenha sido muito difundido a ideia de que os cristãos devam celebrar a sua festa de todos os santos, mais do que ficar reclamando que Halloween está se espalhando entre os jovens e adultos. São muitas as paróquias que adotaram essa ideia e organizam todo tipo de iniciativa com este nome: HOLYween. Nosso site, onde a cada ano você pode baixar imagens de santos para pendurar nas janelas, foi literalmente invadido: nestes dias temos mais de 10 visitantes por segundo, um número extraordinário. Muitas escolas prepararam atividades educativas sobre os santos e eu acho que ninguém é contrário à beleza de mostrar esses rostos, em lugar dos monstros terríveis dos pagãos. Em suma, o sucesso de HOLYween superou todas as expectativas iniciais.
ZENIT: Qual é a mensagem que o rosto de um Santo transmite para um jovem de hoje?
Pe. Andrea Brugnoli: Os santos são a melhor parte da nossa terra. São pessoas comuns que se comprometeram em deixar o mundo um pouco "melhor e não se resignaram aos problemas das pessoas, que eram tão graves ontem como hoje. Os santos são “belos”, porque têm uma beleza que vem do coração. Colando os seus rostos nas janelas e nas portas de casa, um jovem se rodeia de pessoas belas e isso transmite a mensagem de que também ele pode conquistar esta beleza. Valem as palavras que pronunciou São Bernardo de Claraval: “Se este, se aquele... por que também não eu?”.
ZENIT: Este ano, a iniciativa foi ampliada ainda mais, é verdade?
Pe. Andrea Brugnoli : Sim, de fato , fizemos propostas para as escolas e para as crianças da catequese. Já no ano passado, muitas realidades tinham aderido enviando-nos o seu material fotográfico e as suas crônicas. A fantasia é realmente grande: por exemplo em Milão alguns jovens de uma paróquia decidiram levar comida aos sem teto vestidos de santos. Em outros lugares colaram fotografias imensas de santos com mais de 6 metros nas fachadas das Igreja. Esta redescoberta dos santos é realmente a resposta das pessoas à necessidade que temos hoje de redescobrir as nossas melhores raízes.
ZENIT: Em Roma, uma iniciativa semelhante à vossa, chamada “A Noite dos Santos”, teve um grandíssimo sucesso. Mas coisas assim nos chegam de toda a Itália. É encorajador. Como alimentar esses desejos positivos dos jovens?
Pe. Andrea Brugnoli: Eu acho que todos nós temos que ter muita confiança nos jovens. Não é verdade que são atraídos pelo mal, pelas cabaças vazias, pelo horror. O problema é que não têm outras alternativas. Mas, quando é apresentado para eles um ideal de vida de entrega aos outros, heroicamente dedicado ao bem, como foi no caso dos santos,  eles se sentem atraídos, porque no coração de cada jovem há uma irresistível paixão por deixar uma marca, por ser um “alguém”. Ainda hoje nós lembramos dos santos – embora bem jovenzinhos – por causa da sua alegria contagiosa. Temos que, portanto, pedir aos jovens muito e propor-lhes uma medida alta de vida cristã.
(Traduzido e adaptado por Thácio Siqueira)
(30 de Outubro de 2013) © Innovative Media Inc.

quarta-feira, 30 de outubro de 2013

Homens, sejam como São José!

Mensagem do missionário Alexandre Oliveira, no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, desta terça-feira, dia 29 de outubro de 2013.

A Palavra meditada, hoje, está em São Mateus 2,13-18.


Hoje a Palavra de Deus fala especialmente aos homens. Ela conta o que São José viveu com sua família.


Nós homens, quando vamos viajar, gostamos de nos programar, organizar toda a viagem, mas com José não foi assim. Ele foi acordado no meio da noite pelo anjo, que apareceu a ele em sonho, para lhe dizer que ele teria de se levantar e fugir para o Egito com sua família, pois Herodes queria matar todas as crianças daquela região.

São José não teve tempo de se preparar, ele levantou-se de noite e com sua esposa e seu filho e partiu para o Egito e lá permaneceu até a morte de Herodes. Entendam que esse homem [Herodes] é como se fosse o próprio demônio, cujo desejo é destruir nossas famílias.

E no versículo 18 está escrito: “Ouviu-se um grito em Ramá, choro e grande lamento: é Raquel que chora seus filhos, e não quer ser consolada, porque eles não existem mais.” 


Hoje, não é mais o choro de Raquel que nós ouvimos, mas o de Maria. Nossa Senhora derrama lágrimas de sangue por cada família que não existe mais.

Quero dizer a você que é pai de família e homem de Deus: nós vivemos o que José viveu na fuga para o Egito, uma luta contra a destruição da nossa família. E hoje, há uma carência muito grande de homens que sejam como o pai adotivo de Jesus, que se levantem para proteger suas famílias.

Nós homens temos o dom e o dever de cuidar do presente que Deus nos deu: a nossa família. Aquela mulher que, um dia, subiu ao altar com você é um dom para sua vida. Os filhos são dons de Deus, presentes d’Ele para você, e a Igreja também ensina que é nosso dever protegê-los.

Se José não tivesse a consciência de que era dever dele proteger a Virgem Maria e o Menino Jesus, ele não teria acatado o pedido do anjo. Ele sabia que precisava cuidar dos dois. 

A Igreja também ensina que nós homens devemos viver uma amizade com nossas esposas, cuidar delas como se estivéssemos cuidando do nosso próprio corpo. Tratá-las com ternura e gestos concretos de amor. 

Nós precisamos ser homens como São José. Que o Espírito Santo levante muitos homens no dia de hoje, para que saiam desse comodismo e desse orgulho que os têm levado à perdição. Que todos tenham coragem de chegar para suas esposas com um presente, ou de coração sincero, e lhes dizer que elas são importantes e especiais, e lhes pedir perdão. 


Homens, o diabo quer destruir nossas famílias! Acordem, peguem suas famílias e saiam das garras do demônio, do pecado! Deus lhes deu um dom, mas também o dever de cuidar dessa família. Cuidar não é só trabalhar, mas também ser de Deus, ser exemplo de amor para seus filhos. 

A maior alegria que você pode dar ao seu filho é tratar sua esposa com amor na frente dele. Beije a sua esposa na frente do seu filho, pegue na mão dela, ame-a do jeito que ela é. Isso é casamento. Pare de exigir uma mulher perfeita! Pegue sua família e leve-a para Deus.


Levantem-se, "Josés"! Suas famílias estão sendo perseguidas, correndo o risco de ser destruídas! Que o Espírito Santo possa levantar cada homem para que ele diga: “A minha família não vai ser destruída! Eu vou fugir do pecado, vou levar minha família para o céu, eu agora sou um José!” Contem com a intercessão de São José e comecem, hoje, a amar e a cuidar de suas famílias.

Vou terminar contando uma história. Havia uma carpintaria e lá tinha a assembleia das ferramentas. O martelo queria ser líder desta assembleia, mas disseram que ele não poderia, porque era muito duro, grosso, vivia golpeando e machucando os demais. Então, ele disse que já que não podia, também não queria que o parafuso fosse o líder, porque ele daria muitas voltas e não chegaria a lugar nenhum. O parafuso aceitou, mas disse que a lixa também não podia ser líder, porque ela era áspera e vivia causando atrito. A lixa concordou, mas falou que a trena também não seria, porque ela media todo mundo e achava que só ela era perfeita. E ficou aquela discussão. Aí, chegou o carpinteiro. Ele pegou o martelo, o parafuso, a lixa e a trena; e fez um lindo móvel. Depois que terminou, colocou os objetos de lado e saiu. Então, o serrote, que viu tudo de um canto, afirmou: “Vocês ficam aí, olhando só os defeitos uns dos outros, o carpinteiro veio aqui e pegou o que cada um tem de melhor, para fazer esse lindo móvel.”

O "Carpinteiro de Nazaré", que é Jesus Cristo, hoje apresenta o carpinteiro José, que pode ajudá-lo. Peça a intercessão dele, peça para ser ferramenta nas mãos de Deus, para que Ele use os seus talentos. 

Você é um homem bom, só está desorientado. Volta para casa e para sua família! Deixe esse pecado de lado, peça perdão, recomece, pare de brigar, dialogue com sua esposa, ame-a na frente dos filhos, cuide do que Deus lhe deu.

Que hoje se levante uma geração de homens como São José, homens de Deus, virtuosos, corajosos, que fogem do pecado e da tentação; e que vão para o "Egito" de hoje, isto é, para a Igreja, que é lugar de refúgio, e que levem suas famílias consigo.

Alexandre Oliveira
Membro da Comunidade Canção Nova

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

São Frei Galvão

Hoje, a Igreja no Brasil comemora a memória litúrgica do Primeiro Brasileiro elevado à honra dos altares: Frei Galvão! Apresento um pouco de sua história:

Frei Galvão

Frei Galvão nasceu em 1739, em Guaratinguetá, interior de São Paulo e iniciou sua vida religiosa aos 13 anos de idade quando foi estudar no Seminário dos Padres Jesuítas, em Belém, na Bahia, entre 1752 a 1756. Dedicou toda sua vida a caridade e a missão de disseminar a palavra de Deusjunto aos necessitados. Percorrendo dezenas, ás vezes centenas, de quilômetros a pé, Frei Galvão cumpria a sua missão de bondade, caridade e entrega ao próximo. Por isso Santo Frei Galvão era chamado de "O homem da paz e da caridade"

Fundou, em 1774, juntamente com Madre Helena Maria do Espírito, o Recolhimento de Nossa Senhora da Luz, hoje conhecido como Mosteiro da Luz. Frei Galvão acompanhou a construção, passo a passo, como seu diretor e arquiteto, muitas vezes juntando-se aos trabalhadores e os ajudando no pesado trabalho. Ao todo, Frei Galvão dedicou 48 anos de sua vida à construção do Mosteiro. Por esse exemplo de dedicação e amor a sua obra, Frei Galvão é considerado o padroeiro da Construção Civil no Brasil.


Faleceu em 23 de Dezembro de 1822 e foi enterrado na capela do Mosteiro da Luz onde se encontram até hoje os seus restos mortais. Em 1938, teve inicio o processo de beatificação de Frei Galvão que só foi concluido em 1998 com a beatificação, em Roma, por João Paulo II, que o chamou de "doçura de Deus". Frei Galvão foi oficialmente canonizado pelo Papa Bento XVI no dia 11 de Maio de 2007, durante sua visita ao Brasil.

  
Pílulas de Frei Galvão
As pílulas de Frei Galvão, consideradas milagrosas, são minúsculos pedaços de papel de arroz contendo um versículo do ofício da Santíssima Virgem. No passado, Frei Galvão escrevia as jaculatórias, ou seja, orações, para as pessoas que solicitavam sua ajuda, hoje as pílulas são feitas e distribuídas pelas irmãs do mosteiro da Luz. O mosteiro recebe, diariamente, cerca de trezentos fiéis em busca das pílulas de Frei Galvão. Nos finais de semana, esse número sobe para mais de mil pessoas que vem em busca de cura para problemas de saúde, gravidez ou outro pedido para si ou seus próximos.

Como surgiram as pílulas de Frei Galvão
Certo dia, Frei Galvão recebeu um pedido de oração para um moço que se debatia com fortes dores provocadas por cálculos vesicais. Compadecido, Frei Galvão lembra-se do infalível poder daVirgem Maria e, tomando um pequeno pedaço de papel, nele escreve estas palavras do Ofício de Nossa Senhora: "Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta. Mãe de Deus, intercede por nós". Em seguida, enrolou o papel na forma de um minúsculo canudo, em forma de pílulas, e mandou que dessem para o moço tomá-lo. Este, confiando em Nossa Senhora, apenas o ingeriu, expeliu os cálculos sem dificuldade e imediatamente ficou são.


Esta foi a origem das Pílulas de Frei Galvão, que desde então foram freqüentemente procuradas pelos seus devotos, e ainda hoje são distribuídas gratuitamente pela Igreja em vários locais do Brasil às pessoas que têm .

  
Milagres
Geralmente, a religiosidade e a curiosidade popular colocam em evidência os santos pelos seus "milagres", por isso, recorre-se a ele para buscar graças e favores celestes. A Igreja católica não considera isso errado, mas recorda que não é o milagre que faz alguém ficar santo. No processo de canonização, verifica-se rigorosamente se a pessoa levou vida santa. Isso é fundamental, pois a Igreja não "santifica" ninguém, mas apenas reconhece e atesta a santidade de alguém. O milagre entra somente na fase final do processo de canonização e é esperado como graça especial e confirmação divina sobre a santidade de alguma pessoa. De fato, os santos não fazem milagres mas Deus, somente. Dizemos, então, que o milagre é obtido pela intercessão dos santos, e não por um poder que eles próprios têm. Dom Odilo Scherer


Durante toda sua vida e até hoje, Frei Galvão foi protagonista de centenas de milagres e graças alcançadas.

  
Primeiro milagre:
DANIELA CRISTINA DA SILVA, filha de Valdecir da Silva e Jacyra Francisco da Silva, era uma criança de 4 anos, residente na Vila Brasilândia, na cidade de São Paulo. Daniela, desde o seu nascimento em 9 de março de 1986, havia sido sempre uma criança de saúde delicada. Em 1990, por causa de complicações bronco-pulmonares, foi internada no Hospital do SESI em São Paulo.Com alta hospitalar, retornou para casa, mas logo depois começou a apresentar sonolência e crises convulsivas, sendo encaminhada pelo pediatra para o Hospital Emílio Ribas com suspeita de meningite ou hepatite, na noite de 24 de maio de 1990. Foi imediatamente levada para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) com quadro clínico instável e convulsões.Com diagnóstico de "insuficiência hepática fulminante", sofreu ainda parada cardiorrespiratória que evoluiu com epistaxe, sangramento gengival, hematúria, ascite, progressivo aumento da circunferência abdominal, broncopneumonia, parotidite bilateral, faringite, além de dois episódios de infecção hospitalar. Daniela permaneceu na U.T.I. por 13 dias (25 de maio a 7 de junho de 1990) praticamente desenganada pelos médicos. No fim desse período, teve uma parada cardio-respiratória e quase morreu. Segundo sua mãe, os médicos haviam lhe dito "Você sabe rezar? Então reze, porque só um milagre pode salvá-la". E foi justamente isso que ela fez, apelando para Frei Galvão e, inclusive, levando para a UTI, escondidas das enfermeiras, as pílulas de Frei Galvão que ministrava a Daniela.

Aí a cura aconteceu, de forma rápida e sem nenhuma explicação científica, por intercessão de Frei Galvão. Em pouco tempo, foi transferida para a Pediatria e, finalmente, recebeu alta hospitalar no dia 21 de junho de 1990, "considerada curada".


Acompanhada ambulatorialmente nunca apresentou alguma recaída. Em 1995, o pediatra, que acompanha a menina desde o nascimento, atestou: "a Menor foi examinada por mim nesta data (4 de agosto de 1995), estando a mesma em perfeitas condições de saúde física e mental".



O mesmo Pediatra perante o Tribunal Eclesiástico afirmou a respeito da cura de Daniela "eu atribuo à intervenção divina, não só a cura da doença, mas a recuperação total dela". A intervenção de Deus foi pedida pelos pais, parentes, amigos, vizinhos, religiosas do Mosteiro da Luz, que unidos numa só prece invocaram com muita fé a intercessão de Frei Antônio de Sant'Anna Galvão dando à menina água e as pílulas de Frei Galvão. Seus pais estavam tão convictos da intercessão do Santo que, ao receber alta do Hospital Emílio Ribas levaram Daniela diretamente ao túmulo de Frei Galvão no Mosteiro da Luz para agradecer a graça alcançada.


Segundo Milagre
SANDRA GROSSI DE ALMEIDA e seu filho ENZO DE ALMEIDA GALLAFASSI, que atualmente moram em Brasília, corriam risco de vida. Sandra tinha dificuldade para engravidar por causa de um problema no útero, que lhe provocou três abortos espontâneos entre 1993 e 1994, de acordo com o relatório apresentado por irmã Célia aos examinadores da Congregação da Causa dos Santos, no Vaticano. "Ela tinha útero bicorne, com duas cavidades de dimensões muito pequenas e assimétricas, como se fosse uma parede. Com tal formação, não corrigida cirurgicamente, era impossível levar a termo qualquer gravidez, pois o feto não tinha espaço suficiente para crescer e se formar".

Nesta situação, Sandra voltou a ficar grávida em 1999. Em agosto, sua ginecologista, Dra. Vera Lucia Delascio Lopes, fez uma "cerclagem cervical" preventiva, para evitar o fim de outra gravidez.


A gravidez era julgada de altíssimo risco - o parto seria muito prematuro e, além disso, úteros malformados podem provocar sangramentos maiores. Apesar de o prognóstico médico ser de provável interrupção da gravidez, ou de que ela atingisse no máximo o 5° mês, a gestação evoluiu normalmente até a 32° semana.



Neste período, Sandra fez repouso absoluto de junho a novembro de 1999, internada na maternidade Pro Matre de São Paulo. O parto cesariano foi realizado no dia 11 de dezembro, depois da ruptura da bolsa e perda do líquido amniótico. Não houve, entretanto, complicações. A criança nasceu pesando quase dois quilos e medindo 42 cm. Apresentava problemas respiratórios, com doença das "membranas hialinas", classificada como sendo de 4° grau, isto é, o mais grave, o que colocava em risco sua vida.



"O quadro teve uma evolução muito rápida e a criança foi entubada no dia 12, recebendo alta no dia 19 de dezembro", diz o relatorio da postuladora que acompanhou o caso do frei Galvão. Especialistas médicos e teólogos consultados durante o processo de canonização de frei Galvão disseram que o sucesso do caso, considerado raro, deve ser atribuído à intervenção do santo brasileiro. "Desde o início e durante toda a gravidez, ele foi invocado pela família com muita oração e por Sandra que, além de fazer novenas, tomou as 'pílulas de frei Galvão'", afirma a irmã Célia Diadorin, postuladora do processo de canonização. A opinião de que o nascimento de Enzo aconteceu por milagre é compartilhada pela obstetra Vera Lúcia Delascio Lopes, que cuidou do parto de Enzo no Hospital Pro Mater em São Paulo. "Houve algo a mais que somente medicina", asseverou a médica.


Seja Feliz!

Dogmas, luzes no caminho da fé - Prof. Felipe Aquino

O Magistério da Igreja (Papa e Bispos) empenha plenamente a autoridade que recebeu de Cristo quando define dogmas, isto é, quando obriga o povo cristão a acreditar em verdades contidas na Revelação divina ou verdades que com estas têm uma conexão necessária.
Os dogmas não são grades que impedem o caminhar dos teólogos, ao contrário, são luzes no caminho de nossa fé que o iluminam e tornam seguro. Eles são para o povo de Deus como os trilhos são para um trem; são vínculos que dão ao veículo segurança e possibilidade de ir muito longe. O que seria do trem se saísse dos trilhos?
Não mais do que 14 vezes um Papa proclamou um dogma de fé; isto em 21 séculos de vida da Igreja. Mas há muitas outras verdades da fé, que não foram definidas explicitamente como dogmas por um Papa, mas que são também dogmáticas. Todos os doze Artigos do Credo são dogmas de fé; ele é o “Símbolo dos Apóstolos” e resume as verdades básicas da fé cristã que há 2000 anos a Igreja ensina.
O Dogma é uma verdade Revelada por Deus, e proposta pela Igreja à nossa fé e à nossa conduta. E como algo revelado por Deus, e compreendido pela Igreja, é imutável. Podemos aperfeiçoar o entendimento da verdade revelada, mas nunca destrui-la ou negá-la. O Dogma pode estar contido na Bíblia ou na Tradição apostólica que não foi escrita, mas que tem para a Igreja o mesmo valor de Revelação da Bíblia; por exemplo, o Credo como é rezado não está na Bíblia, mas veio da Tradição.
Jesus deixou a Igreja com a incumbência infalível de fazer este discernimento, a fim de nos mostrar e conduzir, sem erro, ao caminho da salvação. Pouco adiantaria Jesus deixar na terra o “depósito da fé”, ou, como chamava São Paulo, “a sã doutrina”, se não deixasse também uma guardiã infalível da mesma.
A Revelação de Deus ensina que “Deus quer que todos se salvem e cheguem ao conhecimento da verdade” (1Tm 2,4); mas, onde está esta “Verdade” que salva? O mesmo São Paulo responde: “ A Igreja é a coluna da verdade” (1Tm 3, 15). É por isso que a Igreja afirma sem dúvida, várias vezes, no Catecismo, a sua infalibilidade naquilo que é essencial em termos de fé e moral.
Para manter a Igreja na pureza da fé transmitida pelos Apóstolos, Cristo quis conferir à sua Igreja uma participação na sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade. “Goza desta infalibilidade o Papa quando, na qualidade de pastor supremo de todos os fiéis, e encarregado de confirmar seus irmãos na fé proclama, por um ato definitivo, um ponto de doutrina apenas sobre à fé e aos costumes… A infalibilidade prometida à Igreja reside também no corpo episcopal quando este exerce seu magistério supremo em união com o sucessor de Pedro”, sobretudo em um Concílio Ecumênico (LG 25).
Os dogmas sobre Deus garantem que Ele existe, que é único, mas são Três Pessoas divinas formando um só Deus (Pai e Filho e Espírito Santo), com igual poder e majestade; que
Ele é eterno, onipotente, onipresente, onisciente, amor e misericórdia, Criador de todas as coisas visíveis e invisíveis; tudo o que existe foi criado por Deus.
Os dogmas sobre Jesus Cristo afirmam que Ele é o Filho Único de Deus; verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus (possui duas naturezas: humana e divina); cada uma das duas naturezas em Cristo possui uma vontade e uma operação própria. Cristo se ofereceu em sacrifício na Cruz para resgatar a humanidade separada de Deus pelo pecado. Ao terceiro dia depois de sua morte, ressuscitou glorioso dentre os mortos e subiu em corpo e alma aos céus e está “sentado” à direita de Deus Pai.
Sobre o mundo, os dogmas dizem que tudo do que existe foi criado por Deus a partir do nada. O mundo é temporal, um dia vai terminar. Deus o conserva pelo Seu poder e bondade.
Sobre a pessoa humana, os dogmas garantem que ela é formado de corpo material e alma espiritual e imortal criada por Deus no momento da concepção, à sua imagem e semelhança. O pecado de Adão (original) se propaga a todos os seus descendentes por geração e não por imitação. O homem caído não pode redimir-se a si mesmo; precisa de um Salvador, Jesus Cristo.
Sobre a Virgem Maria os dogmas dizem que Ela é Imaculada, isto é, foi concebida sem o pecado original, e nunca teve qualquer pecado pessoal; é Mãe de Deus feito homem; foi para o Céu em sua Assunção, de corpo e de alma, após o término de sua vida na terra. É Virgem perpétua: antes do parto, durante o parto de depois do parto de Jesus Cristo.
Sobre o Papa e a Igreja os dogmas ensinam que a Igreja foi fundada por Jesus Cristo, que constituiu São Pedro como o primeiro Papa e cabeça visível da Igreja, conferindo-lhe pessoalmente o primado de jurisdição. O Papa possui o pleno e supremo poder sobre a Igreja, não somente nas coisas da fé e da moral, mas também na disciplina e no governo da Igreja. Ele é infalível sempre que define uma verdade de fé ou de moral. A Igreja é infalível quando define com o Papa alguma matéria de fé e de costumes.
Os dogmas sobre os Sacramentos, afirmam que Cristo instituiu sete Sacramentos: Batismo, Crisma, Confissão, Eucaristia, Ordem, Matrimônio e Unção dos Enfermos. A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo pelo Sacramento da Confissão. Cristo está presente na Eucaristia pela transubstanciação de toda a substância do pão e do vinho.
Os dogmas sobre os últimos acontecimentos afirmam que existe a vida eterna, o Céu, o Inferno e o Purgatório, o fim deste mundo e a segunda vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos no último dia e o juízo universal.
Prof. Felipe Aquino

quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Aborto: Política do filho único na China é "verdadeira guerra contra as mulheres"

O maior dom de Deus à humanidade está na maternidade. Gerar um filho é obra de graça, em co-participação na geração da Vida. O demônio, sabendo disso, ataca frontalmente a mulher, aquela que gera a vida. Como escrito: "porei inimizade entre ti e a mulher". Mas não devemos temer nada disso, ainda que terrível seja, pois Nossa Senhora já vaticinou: "No fim, o Meu Imaculado Coração triunfará!". Oremos por todas as mulheres que sofrem violência, de todo tipo, e oremos também para que elas aprendam a respeitar, amar e querer o imenso dom que é ser mãe.

WASHINGTON DC, 10 Set. 13 / 01:44 pm (ACI/EWTN Noticias).- A Presidente de Direitos da Mulher Sem Fronteiras, Reggie Littlejohn, denunciou que o total de abortos realizados na China pela política do filho único "é maior que toda a população dos Estados Unidos", e muitos deles "são forçados, inclusive estando no nono mês de gravidez" assim como o são as esterilizações e o controle restritivo da natalidade. "Esta é uma verdadeira guerra contra as mulheres", afirmou.

Littlejohn, em diálogo com o grupo ACI, assinalou que os efeitos negativos desta política estão generalizados na sociedade e prejudicam principalmente às mulheres e têm um impacto severo na sua saúde, assim como na saúde mental do país.

"Alguns abortos forçados são tão violentos que as próprias mulheres morrem (…) junto com seus bebês", e as esterilizações forçadas "causam complicações de saúde para toda a vida".

Explicou que o aborto seletivo por sexo dá lugar a "aproximadamente 37 milhões de homens chineses que nunca se casarão porque suas futuras esposas foram eliminadas de forma seletiva, e este desequilíbrio na demografia promove de maneira poderosa o tráfico de mulheres e a escravidão sexual" em todo o sudeste da Ásia.

Inclusive o Departamento de Estado dos Estados Unidos reconhece que "a tradicional preferência pelos filhos homens, (e) as políticas de redução de natalidade" são alguns dos principais fatores para que a China tenha "a taxa mais alta de suicídio feminino de qualquer país do mundo, aproximadamente 590 mulheres ao dia", indicou.

"O aborto forçado destroça as mulheres psicologicamente", expressou Littlejohn e pediu que "aqueles que se opõem à política ajudem as mulheres no país a resistir às pessoas que as obrigam a abortar ou abandonar suas filhas".

Na China há "119 meninos nascidos por cada 100 meninas", além disso, as baixas taxas de fertilidade, entre "1.5 a 1.7 filhos por mulher - muito abaixo do nível de sbstituição de 2,1", são a criação de uma sociedade que "está envelhecendo antes de fazer-se rica".

A organização que Littlejohn preside, traduziu um artigo de uma mulher da província de Guangdong no sul da China, Lili Zeng, que foi publicado recentemente no site de notícias chinês Tianya, onde relata que "dois dias antes de nascer o meu bebê, sete funcionários de planejamento familiar me seguraram e me forçaram a abortá-lo por meio de uma injeção, porque não tinha uma permissão de nascimento".

Zeng assinalou que mesmo eles tendo tentado abortar o seu bebê, seu filho nasceu com vida, mas morreu logo depois. Narrou que um oficial de planejamento da família lhe disse: "Eu sou apenas um executor da política. Se eu não estivesse aqui, haveria outra pessoa que teria feito a mesma coisa que eu e seu destino teria sido o mesmo".

Posteriormente o funcionário expressou que "se você quer culpar alguém, culpe a política (do filho único)".

Relatos como estes, onde as mulheres chinesas podem contar seu drama ao mundo, nos últimos meses são cada vez mais numerosos nas redes sociais.

No ano passado, o ativista cego pró-vida Chen Guangcheng foi notícia internacional por escapar da prisão domiciliar na China e pedir para ser levado aos Estados Unidos.

Guangcheng trabalhou para documentar os "horríveis" casos de violações dos direitos humanos em relação à política do filho único na China, falando contra esterilizações e abortos forçados, assim como outros "sofrimentos dos que não se fala" que a política ocasiona nas mulheres, explicou Littlejohn naquela oportunidade.

Um Pouco de New Age

Estou compilando, em um único artigo, matéria esclarecendo sobre a chamada Nova Era, publicada no Zenit.


Um pouco de New Age (Parte I)

A Nova Era como neo-gnosticismo: auto-salvação de baixo para cima

A Nova Era, ou New Age, é um fenômeno contemporâneo, de invenção "laica", que copiou a ideia de São Pedro: foi ele o primeiro a dizer que os cristãos esperam "novos céus e nova terra", aludindo à palingênese do cosmo na segunda vinda de Jesus Cristo. Mas, sendo laica, a New Age deturpou-lhe tanto o propósito, que para nós é a vida eterna na glória de Deus e para ela é um progresso indefinido na terra, quanto a causa, que para nós é Deus e para ela são as estrelas: o motor do seu mecanismo seria a astrologia, a passagem da constelação de Peixes para a de Aquário.
Esta ideologia, que remonta à revolução estudantil de 1968, diferentemente da seita que acredita numa mensagem de salvação que vem de cima, confia a "redenção" dos indivíduos ao agir pessoal e a ideias particulares. É um neo-gnosticismo: a gnose, presente desde os tempos apostólicos, confia à mente, ao seja, ao próprio homem, o caminho da salvação, uma salvação que é concebida como iluminação, emancipação, desenvolvimento de potencialidades interiores, autodivinização ("nós somos Deus", declarou a atriz Shirley MacLaine, adepta e divulgadora).
A New Age (que, após o fracasso das suas promessas sociais, evoluiu para uma “Next Age”, apontando para o “Yes, we can”) não é uma doutrina, uma ideologia, não tem uma estrutura organizada com ativistas, centros específicos, etc... Ela é uma “atmosfera”, um “clima”, uma tensão emocional, alimentada por várias redes que desembocam nela como em um lago. Alguns dos "afluentes" estão presentes desde sempre como um problema pastoral para a Igreja. Astrologia, magia, espiritismo (reciclado como channeling) formam a sua espinha dorsal, mas a "salada" (sim, esta é uma das definições!) é formada ainda por terapias alternativas, medicina holística, a chamada nova música, uma nova política, a crença em "energias sutis" que devemos aprender a canalizar ou evitar, a crença na reencarnação, a existência de chacras que canalizam as energias do cosmo, a pranoteapia, o reiki, a energia terapêutica e formativa das pedras, os florais de Bach e uma longa lista de outros elementos... Em resumo, o sincretismo é o padrão da Nova Era.

Um pouco de New Age (Parte II)

A Nova Era como neo-gnosticismo: auto-salvação de baixo para cima

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) apontou a Nova Era, juntamente com o movimento das Testemunhas de Jeová (salvação alternativa vinda de cima), como um símbolo do neo-gnosticismo (auto-salvação vinda de baixo):
"A New Age:
41. Mais do que grupos individuais e movimentos religiosos definidos, com estruturas e doutrinas próprias, devemos levar em consideração a propagação de uma nova maneira de compreender o mundo, que atende pelo nome de New Age: nela, confluem e se confundem pensamento oriental, elementos de derivação cristã, doutrinas esotéricas, novas cosmologias e interpretações astrológicas, numa composição sincretista que tende a responder às mais diversas e até opostas exigências da sociedade contemporânea.
A New Age desvaloriza e torna irrelevante o critério de verdade, e quem evoca a sua necessidade é considerado perigoso para a concórdia entre os homens, perturbador do caminho rumo à nova era, a qual estaria destinada a pôr fim às disputas e divisões das idades anteriores do mundo.
No limiar do milênio, é prometida uma "nova era" do mundo, a "Era de Aquário", que será de unidade e paz universal, caracterizada pelo advento de uma religião planetária, herdeira do que houve de positivo em todas as religiões anteriores, levando-as, assim, ao seu cumprimento. Embora faça referências também ao pensamento de autores cristãos, esse movimento esvazia o evento salvífico de Cristo eliminando a sua verdade, singularidade e plenitude.
Além do sincretismo, a New Age é dominada por um vago naturalismo e imanentismo. O homem, de acordo com essa linha de pensamento, pode se tornar capaz, através de algumas técnicas, de fazer a experiência do divino sem a ajuda da graça divina, realizando com as próprias forças a sua salvação, da qual depende a harmonia universal.
42. O pensamento da New Age se espalha de modo sutil e quase imperceptível, por muitos canais e formas, e é apresentado com metodologias adequadas inclusive para as crianças, sublinhando as suas características de amor universal e de proteção da natureza.
Esta proposta pode ser enganosa, porque apresenta determinados objetivos com os quais é fácil concordar: harmonia entre homem e natureza, consciência e compromisso para tornar o mundo melhor, mobilização de todas as forças do bem para um novo projeto unitário de vida.
Algumas técnicas propostas podem ser consideradas naturalmente boas e psicologicamente úteis, mas outras são altamente questionáveis, porque usam formas que violam a ética natural e o respeito pelo ser humano.
Exige-se, portanto, um aprofundamento e um esclarecimento sobre esta nova forma de sincretismo religioso, que é difícil de definir. Só é bom o que é verdadeiro: este é o critério que deve nos guiar. Temos uma obrigação de consciência para com a verdade e um dever de obediência à Palavra revelada, advertidos que fomos por São Paulo de que existe sempre o risco de trocarmos a verdade de Deus pela mentira e de adorarmos "a criatura no lugar do Criador" (Rm 1, 25).
43. A resposta cristã para a Nova Era está no mistério da Encarnação: o Filho de Deus nasceu da Virgem Maria "para nos salvar". Não há salvação em nenhum outro nome (cf. At 4 , 12). Ninguém pode salvar a si mesmo, com técnicas humanas.
Apesar da companhia de todas as constelações e com todas as práticas psicológicas possíveis, o homem permanece irremediavelmente sozinho. Veio Outro para nos salvar, aquele que "por nós, homens, e pela nossa salvação, desceu dos céus" e está vivo e operante mediante o seu Espírito na Igreja.
O cristão não adere a um salvador humanamente inventado, mas ao Jesus Cristo do Evangelho, que nos salva através da cruz e da ressurreição, propondo o caminho das bem-aventuranças e nos fazendo transcender o horizonte terreno, ainda que o ilumine e o promova".

Vietnã: mais de 60 líderes religiosos em campos de prisioneiros

Denúncia é da organização International Christian Concern (ICC)

Entre pastores e outros líderes religiosos cristãos, são 63 os detidos em condições deploráveis ​​em quatro campos de prisioneiros do Vietnã. Suas penas variam de 5 a 18 anos. Eles estão sujeitos a trabalhos forçados de até 14 horas por dia e seu acesso a cuidados médicos é muito limitado. A denúncia foi enviada à agência Fides pela organização International Christian Concern (ICC), com sede em Washington, que monitora a liberdade religiosa e a situação dos cristãos no mundo.
"Quase todos os prisioneiros são membros de minorias étnicas dos altiplanos centrais do Vietnã. Os fiéis cristãos enfrentam um nível de discriminação e de opressão mais intenso em comparação com a maioria dos outros vietnamitas", diz a denúncia.
O pe. Ambrose Nguyen Van Si, OFM, teólogo vietnamita e reitor do Colégio Internacional Santo Antônio, em Roma, entrevistado pela agência Fides, diz acreditar que os números e os conteúdos do relatório do ICC "são perfeitamente verossímeis":
"A situação é esta: ainda existem claras limitações e restrições da liberdade de expressão e de consciência: quem tem opiniões diferentes das do governo é penalizado e às vezes severamente punido. Isso é lamentável, especialmente porque acontecem prisões arbitrárias de jovens que defendem os direitos humanos. Quem paga são os membros das minorias étnicas, conhecidos coletivamente como ‘o povo das montanhas’, que são considerados uma ameaça à estabilidade nacional. Na maioria, eles são cristãos protestantes. Eu espero mais atenção a esses irmãos e irmãs que sofrem e rezam", diz o padre.
De acordo com o relatório do ICC, a vigilância do governo sobre as instituições religiosas é particularmente ferrenha nos altiplanos. Alguns dos 63 prisioneiros provavelmente estão encarcerados desde 2004, quando as autoridades vietnamitas iniciaram uma dura repressão aos protestos motivados pelo confisco ilegal de terras e pela opressão religiosa. Na província de Binh Phuoc, as autoridades locais ainda tentam desmantelar 116 capelas construídas pelos fiéis do grupo étnico Stieng. As estruturas pertencem à Igreja Evangélica do Vietnã do Sul, oficialmente registrada no país. As autoridades vietnamitas temem o surgimento, entre as minorias, de um movimento separatista.
Nos últimos anos, entre as pessoas presas por "ameaças à segurança nacional" ou por "atividades ilegais", centenas são cristãos protestantes, mas também há seguidores do pouco conhecido grupo católico Ha Mon, que venera a Virgem Maria, embora não esteja regularmente incluído na Igreja Católica local.
(Fonte:Fides)