quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Dia de Todos os Santos

Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação

“Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: ‘Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito’ “(Mt 5,48) (CIC 2013).
Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: “Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles”.
Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos “heróis” da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma “constelação”, já que São João viu: “Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas” (Ap 7,9).
Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois “não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus” (Ef 2,19).
Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: “O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos.” “A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada” (CIC 2028).
Todos os santos de Deus, rogai por nós!

terça-feira, 31 de outubro de 2017

O que é a Festa de Halloween? (PROF. FELIPE AQUINO)

O Halloween é uma festa comum nos EUA e Europa e é celebrada no dia 31 de Outubro, de origem pagã.

A comemoração veio dos antigos Celtas, um povo que habitava a Grã-Bretanha (Inglaterra, Escócia, Irlanda) a mais de 2000 anos atrás, vindos da Ásia. Os Celtas realizavam a colheita nessa época do ano, e, segundo um antigo ritual de sua religião druida, os espíritos das pessoas mortas voltariam à Terra durante a noite, no último dia do ano, que para eles era o dia 31 de outubro e queriam, entre outras coisas, se alimentar e assustar as pessoas. Acreditavam também no aparecimento das bruxas, mulheres que tinham vida sexual com demônios e que faziam muito mal às pessoas, ao gado, às plantações, etc.

Com isso, os Celtas costumavam se vestir com máscaras assustadoras para afastar estes espíritos e as bruxas. Esse episódio era conhecido como o “Samhaim”. Com o passar do tempo, os cristãos chegaram à Grã-Bretanha, converteram os Celtas especialmente com o trabalho de São Patrício no século IV e São Columbano no século VI. Com isso, a Igreja Católica transformou este ritual pagão, em uma festa religiosa. Ela passou a ser celebrada nesta mesma época e, ao invés de honrar espíritos e forças ocultas, o povo recém catequizado, deveria honrar os santos, daí veio o “All Hallows Day”: o “Dia de Todos os Santos”. Mas, a tradição entre estes povos continuou, e além de celebrarem o Dia de Todos os Santos, eles celebravam também a noite da véspera do Dia de Todos os Santos com as máscaras assustadoras e com comida. A noite era chamada de “All Hallows Evening”, abreviando-se, veio o Halloween.

Retirado do livro: “Falsas Doutrinas – Seitas e Religiões”. Prof. Felipe Aquino (Org.). Ed. Cléofas.

Sobre Prof. Felipe Aquino
Prof. Felipe AquinoO Prof. Felipe Aquino é doutor em Engenharia Mecânica pela UNESP e mestre na mesma área pela UNIFEI. Foi diretor geral da FAENQUIL (atual EEL-USP) durante 20 anos e atualmente é Professor de História da Igreja do “Instituto de Teologia Bento XVI” da Diocese de Lorena e da Canção Nova. Cavaleiro da Ordem de São Gregório Magno, título concedido pelo Papa Bento XVI, em 06/02/2012. Foi casado durante 40 anos e é pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova.

O "pecado oculto" de Santa Catarina de Sena (Pe. Paulo Ricardo)

Se Santa Catarina de Sena conseguiu, com a graça de Deus, parar de cometer este pecado, também nós somos capazes de combatê-lo.

Jesus manda-nos imitar o coração misericordioso de Deus: “Sede misericordiosos, como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36). As Escrituras descrevem nosso Deus como sendo “bom e misericordioso, lento para a ira e cheio de clemência” (Sl 103, 8). Mas será que nós refletimos essa paciência e misericórdia?

Sem de forma alguma aprovar condutas pecaminosas, Jesus desafia-nos a examinar se há compaixão em nossos corações por aqueles cujas vidas não são ainda perfeitas. Será que temos em nós um desejo contínuo de demonstrar misericórdia? Ou somos, ao contrário, rápidos em criticar e em condenar?

Quando notamos as faltas de uma pessoa, devemos dizer a nós mesmos: “Hoje é a vez dela, amanhã será a minha, a menos que me sustente a graça divina.”
Santa Catarina de Sena foi certa vez confrontada por Deus a respeito de um “pecado oculto” que ela tinha: o pecado de julgar as pessoas. Ela costumava pensar que tinha um dom para ler a natureza humana e notar as falhas alheias, especialmente as dos sacerdotes. Mas, um dia, Deus lhe mostrou que as intuições que ela estava a receber sobre as fraquezas dos outros não vinham de Deus, mas do diabo. Ela passou a ver aquela conduta, então, como “a armadilha do demônio”.

O diabo nos permite ver as faltas uns dos outros a fim de que, ao invés de ajudar, nós comecemos a julgar as almas alheias e condená-las. Catarina admitiu isso ao Senhor, dizendo-lhe:

Vós me destes remédio contra uma doença escondida que eu não havia reconhecido, ensinando-me que não posso jamais sair em julgamento de qualquer pessoa. Pois eu, cega e debilitada como me encontrava por essa doença, frequentemente julgava os outros sob o pretexto de estar trabalhando para vossa glória e a salvação alheia.
Se nós enfrentamos a verdade sobre nós mesmos e prestamos atenção a nossas próprias lutas diárias contra o pecado, ficamos menos propensos a sair julgando as outras pessoas. Se verdadeiramente reconhecemos o quanto necessitamos da misericórdia de Deus — se experimentamos seu perdão e seu poder de cura em nossas vidas —, então nossos corações se tornam muito mais compassivos ao se depararem com as faltas dos outros.

Se já experimentamos como Deus é paciente e brando com as nossas fraquezas, então nós seremos mais misericordiosos para com os outros.

É por isso que Santa Catarina aprendeu que, quando notamos as faltas de uma pessoa, devemos dizer a nós mesmos: “Hoje é a vez dela, amanhã será a minha, a menos que me sustente a graça divina.”

Mas, se tendemos a responder às faltas alheias com condenação, ao invés de compaixão, deve ser porque nós mesmos padecemos de um sério problema moral. Pode ser que isso aconteça porque ainda não aceitamos nossas próprias fraquezas e pecados, e ainda não experimentamos a misericórdia de Deus.

Enquanto muitos cristãos podem dizer facilmente que precisam da misericórdia divina, o verdadeiro discípulo de Jesus tem essa verdade gravada no mais profundo do seu ser: ele tem consciência do quão absolutamente dependente é da graça de Deus.

Um homem assim não está em condição alguma de ficar impaciente com as faltas alheias, pois ele conhece bem a si mesmo e sabe o quão paciente Deus tem sido com suas próprias fraquezas.

O hábito de julgar os outros, no entanto, pode ser um sinal de que não conhecemos realmente a nós mesmos ou ao Deus que nos ama. Como ensinou São Bernardo de Claraval,

Se tens olhos para as deficiências de teu próximo e não para as tuas próprias, nenhum sentimento de misericórdia surgirá dentro de ti, mas antes indignação. Estarás mais pronto a julgar do que a ajudar, mais pronto a esmagar com espírito de raiva do que a instruir com espírito de ternura.
O mesmo doutor da Igreja explica ainda como só um homem realmente humilde pode ter compaixão pelas fraquezas de seus irmãos:

A pessoa sadia não sente as dores de quem está doente, tampouco o bem alimentado a angústia de quem está faminto. São os companheiros no sofrimento que prontamente sentem compaixão pelos doentes e pelos famintos. Tu nunca terás misericórdia de verdade pelos defeitos do outro, até que descubras e percebas que tens os mesmos defeitos em tua alma.
Assim, “quanto mais conscientes estivermos de nossa miséria e de nossos pecados”, disse certa vez o Papa Francisco, “mais experimentaremos o amor e a misericórdia infinita de Deus por nós, e mais seremos capazes de olhar para os muitos ‘feridos’ que encontramos ao longo do caminho com aceitação e misericórdia”.
Edward Sri,  National Catholic Register
Tradução:  Equipe Christo Nihil Praeponere 
28 de Outubro de 2017

Seja Feliz!

quinta-feira, 25 de maio de 2017

Comunidade

Nem tudo o que você faz, todos precisam saber.
Nem todos com quem você lida, precisam estar em concordância com você.
Mas para que haja harmonia, é necessário que você partilhe seus conhecimentos, suas informações e também sua habilidade.
Lembre-se: você não está sozinho em seu trabalho. Ou em sua casa. Ou em sua igreja. Ou em seu clube.
E a razão de você estar nesses lugares significa dizer que você precisa deles, e não o contrário.
Não sou o umbigo do mundo.
Talvez seja um pequeno parafuso numa grande engrenagem.
Mas não posso me esquecer que, mesmo pequeno e escondido, a engrenagem se sustenta também por eu existir ali. Mas não só.
Nós somos únicos como pessoas. Por isso todos somos importantes. Por que todos somos únicos. Ninguém é igual a ninguém. Todos temos um valor que só pode ser realçado pelo brilho do outro.
Por isso fazemos juntos as coisas. Por isso vivemos em sociedade.
Seja Feliz!