terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Não perca a Esperança!

Motivos para não perder a esperança

10 passos para construir o Céu na Terra
Imagem de DestaqueSempre desejamos que nossa vida seja um oásis de paz e harmonia. Porém, quando buscamos em nós mesmos estes sentimentos, ficamos confusos e, por vezes, acabamos nos desanimando. Descobrimos em nossa fragilidade que estamos longe do ideal que sonhamos. Contudo, é necessário nunca perdemos a esperança. O céu que buscamos começa a ser construído dentro de cada um de nós, no hoje da história.

Em nossa caminhada rumo ao céu que sonhamos, alguns passos são fundamentais:

1 – Respeitar o diferente
Nem sempre é fácil conviver com quem pensa diferente de nós. O respeito para com o outro nasce a partir do momento em que o reconhecemos não como um inimigo, mas como um ser humano limitado, necessitado de nossa ajuda e compreensão. Assim como ele, ainda estamos em processo de construção. Deus ainda não nos terminou.

2 – Evitar o julgamento
Todo o julgamento sempre nos conduz a graves desentendimentos. Jesus nunca julgou o outro, pelo contrário, sempre olhava para cada pessoa a partir das possibilidades que o ser humano carregava no seu coração. Quando julgamos o próximo, experimentamos, em nós mesmos, a consciência de que também não somos perfeitos.


3 – Reconciliar-se com o tempo
Queremos tudo para hoje e não damos ao tempo o período necessário para o amadurecimento interior de nossos sentimentos. Muitas pessoas têm se sufocado e sufocado outros com sua pressa e ansiedade. Quem colhe frutos verdes experimenta em si mesmo o amargo das antecipações.

4 – Reflexão interior
Cada gesto, atitude, palavra, olhar e decisão trazem em si as suas próprias consequências. Nossas escolhas sempre terão alguma consequência em nossa vida. Diante da vida e de seus desdobramentos, uma pergunta é sempre essencial: Qual lição eu aprendi com este acontecimento na minha vida? A cada lição aprendida, o tesouro da nossa sabedoria irá se enriquecendo com as pérolas do aprendizado.

Assista: "O cristão precisa sonhar com o céu", com padre Roger Luís
5 – Viver em comunidade
Em tempos de comunidades virtuais, a vida real clama pela nossa presença. Nada pode substituir um abraço, um sorriso, um olhar carinhoso e terno. A vida em comunidade nos torna irmãos e irmãs. Quem se isola foge de si mesmo e dos outros.

6 – Ser solidário
A solidariedade é o amor ao próximo manifestado em gestos concretos. Nossos gestos solidários ganham inspiração cristã quando reconhecemos, em quem precisa de nossa ajuda, o próprio Cristo.

7 – Cultivar uma vida espiritual
A alma se alimenta daquilo que a ela oferecemos. Só iremos crescer interiormente quando alimentarmos nosso coração de uma espiritualidade madura e cristã, que reconheça a Cristo Ressuscitado como base de nossa fé.

8 – Alimentar-se da Palavra de Deus
Se o alimento é necessário à saúde biológica do nosso corpo, a Palavra de Deus é alimento seguro para a saúde de nossa vida interior. Quem busca, na Palavra de Deus, a luz para guiar seus passos terá seu caminho iluminado pelo amor do Pai.

9 – Ser amigo do silêncio
Tão importante quanto a fala é o silêncio. Se com ela ocorre a comunicação verbal, com o silêncio do nosso coração ocorre a comunicação espiritual. Coração silencioso é abrigo para as respostas de Deus à nossa vida.

10 – Vida de Oração
Quando descobrimos a Deus como um amigo, jamais podemos ficar um dia sem falar com Ele. Na oração fazemos a descoberta de uma amizade em que o filho se abandona totalmente nas mãos do Pai que o ama infinitamente. Se a oração é dialogo, a conversa que nasce desta relação entre nós e Deus se chama amor.
Foto Padre Flávio Sobreiro

Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG. Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
www.facebook.com/peflaviosobreiro e http://www.flaviosobreiro.com

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Onde estava Deus?

ondeestavadeusUma tragédia sempre nos desinstala e nos provoca diversas reações, vamos de juízes a promotores, vamos de compaixão a indignação. Mas realmente algo que muitos pensam e poucos verbalizam é: “Onde estava Deus”?
Neste fim de semana o Brasil e senão o mundo foi abalado pela tragédia de Santa Maria. E eu me pergunto “Onde estava Deus, porque o silencio, como pôde tolerar tal destruição?” Só de pensar que foram as mesmas perguntas que o Papa Bento XVI fez em 2006 quando visitou AUSCHWITZ fico mais tranqüilo e não me julgo um ateu. Perguntas que nos tiram o fôlego e nos lançam em dois sentimentos: indignação ou abertura ao mistério.

Nesta hora escolho a abertura ao mistério de Deus, pois não podemos penetrar no segredo de Deus, só tateamos os fragmentos de uma tentativa de compreensão e nesta hora prefiro escolher o lugar de Santa Maria que diante da tragédia olhou com confiança para um Deus que tem o controle de todas as coisas, um olhar que se lança para uma eternidade feliz em Deus.

Não quero assumir o juiz da situação que diz: “ o que eles faziam ali, o que queriam ali, o que e o que…” Não… Não quero ser um dedo que aponta. Quero ser o braço que acolhe. O braço que diz que há esperança mesmo que tudo seja ruína. Prefiro o mistério a ser um acusador, ou alguém metido a 007 tentando achar culpado.

O Deus, no qual nós cremos, é um Deus da razão, mas de uma razão que certamente não é uma matemática neutra do universo, por teoremas do tipo A+B=AB, mas que é uma coisa só com o amor, com o bem.

Não tenho dúvida que aquelas centenas de Jovens tinham o desejo profundo por Deus, queriam ser felizes de verdade, ali existiam sonhos e esperanças. A fumaça não sufocou o desejo por felicidade apenas, mas sufocou vidas que tinham tudo pra dar certo.

Diante da pergunta inicial “Onde estava Deus” fico com a resposta que também é uma pergunta: Onde eu estou neste mundo? O que estou fazendo para que o maior número de jovens entenda que só Deus sacia o desejo pela felicidade?

Hoje preciso fazer a diferença muito mais que ontem. Onde Deus precisa estar é lá que Ele conta comigo para estar. Preciso fazer a diferença!

Santa Maria aos pés da Cruz não estava indignada com Deus por Ele ter permitido o filho ali morrer, mas o coração dela estava tomado pela certeza de saber que ali começava uma nova história, uma história de eternidade. Que seja a Santa Mãe de Deus a consolar tantas famílias que agora choram e que ela mesma possa nos fazer olhar para um Deus que só sabe amar.

Santa Maria rogai por nós!

Adriano Goncalves

Como você olha o mundo?


Tudo é a forma que você olha

Esta vida é bonita, é boa, tem alegria
Imagem de DestaqueNós falamos, várias vezes, sobre o olhar de Deus, pois Ele tem o olhar que nos cura. Muitas vezes, olhamos para a Hóstia Consagrada, mas é importante nos darmos conta de que a cura vem do olhar que o Senhor tem para nós.

Nesse texto, quero falar sobre o nosso olhar. Existe o olhar de Deus sobre nós, mas se somos curados pelo olhar do Senhor, essa cura proporciona a nós um olhar curado, uma forma nova de olhar o mundo.

Ninguém traz uma lâmpada para colocá-la num lugar escondido ou debaixo de uma vasilha; coloca-a no suporte, a fim de que os que entram vejam a claridade. A lâmpada que ilumina o corpo é o olho (cf. Lc 11,33-34a). São Lucas era médico, mas também era pintor, fez diversos ícones da Virgem Maria, como nos ensina a Sagrada Tradição. Jesus diz que a lâmpada que ilumina o corpo é o olho, todos sabemos que este não tem luz própria. Mas aqui Ele não fala sobre a biologia do nosso corpo, mas revela o segredo da alma, existe uma forma de enxergar o mundo que nos ilumina e uma forma que nos leva às trevas. Jesus nos fala da visão espiritual.

"Se teu olho for simples, ficarás todo cheio de luz; mas se teu olho for ruim, ficarás todo em trevas! Examina, pois, se a luz em ti não são trevas! Se então teu corpo estiver todo cheio de luz, sem traço algum de escuridão, ficarás totalmente iluminado, como acontece quando a lâmpada te ilumina com seu clarão" (Lc 11,34b-36). Ele fala de uma iluminação interior. O olho seria a janela da alma, essa abertura pela qual a luz entra no nosso interior, na nossa alma. Nós precisamos ter um olhar diferente sobre o mundo, isso faz a diferença.

Nenhum acontecimento na sua vida o traumatiza, o que traumatiza é a reação que você teve diante do acontecimento. Nós somos livres para reagir diante da vida. O que muda é nossa reação, não é o que você viveu, mas como você reagiu no que viveu. A diferença está no olhar de como você olha diante das realidades, diante do mundo. Sofrimento todo mundo tem, mas como você reage diante da cruz da vida?

A maturidade humana se mede diante da capacidade que a pessoa tem de experimentar o sofrimento e transformá-lo numa coisa positiva. Existem dois tipos de adulto, aquele que sofre e se torna algo destruidor, transformando em coisas que fazem mal a ele (depressão), e aquele que sofre e é capaz de transformar aquilo em cruz que o leva à ressurreição. Ou você abraça sua cruz e corre para ressurreição ou você foge dela e morre esmagado por ela.

O olho é a lâmpada do corpo. “Se teu olho for simples, ficarás todo cheio de luz”. Simples é ser sem dobras. Uma coisa complicada é algo que foi dobrado, que não consegue se ver facilmente. Simples é uma coisa aberta. As coisas de Deus são simples, nós é que somos complicados; o Altíssimo quer que tenhamos um olhar simples sobre as coisas. Eu quero ajudá-lo a ter um olhar simples sobre as coisas.

O que nos faz ter um olhar complicado diante das coisas é ficarmos olhando para nós mesmos; atitude do egoísmo. Vamos olhar o mundo com a simplicidade de Deus. Ele nos colocou neste mundo para preparar o céu, mas nos esquecemos disso e complicamos tudo. Esquecemo-nos dessa realidade e ficamos perdidos em nossa vida. Esta vida é muito simples. Jesus disse para Marta: “Marta, tu te inquietas e te agitas por muitas coisas, uma só coisa é necessária”, ou seja, prepararmos a nossa vida para Deus.

Eu sou padre para preparar o meu céu e ajudá-los a chegarem ao céu. Olhe para sua vida de uma maneira muito simples, de quem está preparando o seu céu. Minha vida seria muito complicada se eu, como sacerdote, estivesse preocupado com minha carreira, em ser bispo, ser famoso. Não adiantaria nada conseguir tudo isso e perder o meu céu. A simplicidade é preparar o meu céu.

Da mesma forma, para você que vai se casar: a felicidade existe, mas não será seu (a) esposo (a) que lhe dará a felicidade. Sua felicidade está em preparar o céu. Seu (a) companheiro (a) é alguém que o ajuda a ir para o céu. Jesus nunca prometeu felicidade a ninguém nesta terra. Mas no céu você terá a felicidade. Quem promete felicidade aqui é o diabo e ele sempre dá o inferno.

Esta vida é bonita, é boa, tem alegria, sim, para nos dar, mas a felicidade é sempre marcada por uma tristeza, o prazer é sempre empanado por uma dor, a vida é assim. Não há nada errado com sua vida, aqui existem coisas boas e bonitas, mas aqui é só um "tira-gosto", o "banquete" será no céu. Aqui nunca haverá felicidade completa; eu sou profundamente feliz por saber que isso aqui não é tudo. A vida é bonita, mas se ela for tudo ela se torna uma má notícia. O "tira-gosto" é bom, mas ele pesa no estômago. A vida é bela, mas queremos muito mais.

Jesus olhava para esta vida, dando a vida, nós precisamos dar a vida, amar. O que complica nesta vida é não enxergarmos o amor de Deus. Se você ama os outros, Deus o amou primeiro. O olhar complicado é da pessoa que não abre o olho para ver o amor de Deus em primeiro lugar. Muitos acham que amam primeiro e, então, se cansam de amar e querem somente ser amados. Isso é um olhar complicado. Abra o olho e enxergue que Deus o amou primeiro! Você responde ao amor de Deus amando as outras pessoas. Você já é amado. Se seu olhar for simples, você enxergará que já foi amado. Uma pessoa que não se sente amada é como um homem que possui trilhões em dinheiro no banco e fica na rua mendigado.

Se seu olhar é complicado a sua vida se tornará trevas e, dessa forma, viverá sem a luz que vem de Deus. Nós como cristãos podemos pedir a Deus um novo olhar, um olhar simples, para enxergarmos as coisas sem que elas nos destruam, sem que elas afetem o amor do Senhor em nossa vida. Jesus também sofreu, chorou, viveu a cruz. Não estou aqui propondo a "mágica da Poliana", que é uma menina da literatura que descobriu que sofreria menos se visse o lado positivo de todas as coisas; não é isso que estou propondo. O pecado continua sendo terrível, satanás continuará nos tentando para perdemos a vida eterna, mas faz parte do nosso arsenal de guerra ter um olhar simples.

Estou aqui para preparar o meu céu e a única forma de conseguir isso é amando os outros. Dizer que crer no céu atrapalha o amor é não entender nada de céu. Nós queremos a Páscoa do céu, mas não existe ressurreição se nós não abraçarmos a cruz. Examine como você está olhando a vida, se está olhando o "tira-gosto" como se fosse um "banquete", querendo da vida aquilo que ela não pode lhe dar. Se você mantém o foco no amor de Deus tudo muda.

Eu não sei o que será de mim amanhã, a vida muda tanto. Quando fui ordenado sacerdote nunca pensei que faria programa na TV, que teria um site na internet, eu pensava no meu sacerdócio de uma forma totalmente diferente. Pense se eu ficasse apegado aos sonhos de 19 anos atrás. Deus lhe dá circunstâncias diferentes.

As pombas são simples, pois elas voam reto, e sabem aonde vão chegar. Precisamos ter a simplicidade da pomba, mas a prudência da serpente, ela caminha de forma sinuosa e dribla os obstáculos. Tenha jogo de cintura, saiba refazer os seus planos em cima das cinzas de seus planos antigos. Deus preparou um lugar para mim no céu e lá há felicidade. Enquanto isso a felicidade daqui é sempre manchada por um pouco de tristeza, por isso precisamos viver a simplicidade da pomba e a prudência da serpente.
Padre Paulo Ricardo

(fonte - canção nova)

Seja Feliz!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

No casamento, ame!

Casar é parte da vocação humana: "crescei e pultiplicai-vos"(Gn 1,28), mas não é fácil. Ou melhor, é fácil com a Graça de Deus! Por isso Deus elevou a união de homem e mulher À condição de Sacramento!

No casamento, ame!

Casamento sobrevive de doçura, de ternura, de toque
Imagem de Destaque
Quando um homem e uma mulher se unem diante de Deus para formar uma família, seu relacionamento se transforma num instrumento de cura um para o outro. Eu tenho muita pena quando o verdadeiro sacramento do matrimônio é abandonado. Quando o marido e a esposa decidem viver um longe do outro por causa das feridas que um causou no outro ao longo de suas vidas. Eu tenho muita pena, porque este relacionamento longe de Deus se transformou numa arma, porque conviveram juntos e sabem dos limites um do outro.

Qual a maneira concreta para o sacramento se tornar instrumento de cura um para o outro? “Faze o que fazes com doçura” (cf. Eclesiástico 3-19).  Se você faz todas as coisas com doçura, ganha o afeto da pessoa que está com você. Quando somos doces, mais do que ser estimado e reconhecido nós ganhamos o afeto da pessoa, porque afeta a pessoa que é querida e é amada. O que é dar afeto? É você afetar a pessoa; e nós afetamos uns aos outros quando, no decorrer do dia, fazemos tudo com doçura.

Eu não estou falando de coisas que fogem do seu dia a dia, mas das coisas que você faz no ordinário da vida. Quando prepara a mesa do café, fazendo do jeito que o seu marido gosta, do jeito que seus filhos gostam de se sentar à mesa, preparando as coisas com carinho, porque você já os conhece, você já sabe o que cada um vai pegar na mesa. Estou falando da maneira que você chega no seu trabalho, da forma que você dirige; eu estou dizendo do momento do almoço ou do jantar, quando vocês se encontram para compartilhar a refeição. Falo de uma palavra que você dirige à sua esposa. Já que você tem de fazer estas coisas, faça com ternura, faça de forma doce; não é fazer mais coisas, é fazer o que você já faz com bondade e ternura. Há pessoas que dizem: “eu já faço tudo o que ele gosta”; mas, às vezes, falta doçura no fazer. Não fez de maneira terna. Não importa só o fato de darmos algo, mas sim a forma como o fazemos.

A Palavra nos diz que, quando agimos assim, ganhamos mais do que uma estima, ganhamos afeto. Estima é levar uma joia ao joalheiro e lhe perguntar: “Quanto o senhor estima o valor desta joia?”, ou seja, é aquilo que tem valor por si só, é aquilo que admiramos. Admirar é reconhecer o valor do outro e, na admiração, pode haver uma certa distância. Nós podemos admirar até um inimigo, reconhecer que ele tem qualidades. Mas afeto é diferente, há admiração.

Assista: "Famílias novas para um mundo novo"


Casamento sobrevive de doçura, de ternura, de toque, ou seja, a pessoa foi atingida por outra que está na mesma condição que ela. Às vezes, nós amamos uma pessoa que não nos ama, mas a força do amor é tão grande que, quando passamos a amá-la, ela, que não nos amava antes, passa a nos amar. É tão grande a força do amor que você acaba fazendo a outra pessoa amar você também. É algo simples? Sim é simples. Mas é fácil amar? Fácil não é, mas é o único caminho para a transformação da outra pessoa.

Quando queremos que uma pessoa mude, há três coisas simples e poderosas que podemos fazer:

1º) Usar, no relacionamento, a máxima exigência com você mesmo;
2º) Ter o máximo de compreensão com a outra pessoa;
3º) Ter sempre um sorriso para ela.

No casamento, nós exigimos o máximo de compreensão do outro, mas o que transforma não são as exigências com ele, mas com nós mesmos. Exigência para nós e compreensão para os outros.

Muitas vezes, erramos, porque colocamos o foco no lugar errado. Quando eu cobro do outro o que eu não dou, as coisas não mudam. Como é diferente um casal que troca palavras de carinho, de apoio e elogios! Como é bom encontrar um casal que se promove, que se ama. Como é bom encontrar uma mulher apaixonada pelo marido, que, quando tem algo a dizer dele, é sempre uma coisa boa!

Como é bom encontrar um marido que ama, tem uma verdadeira devoção à sua mulher! É claro que há brigas para colocar as coisas nos eixos, mas não daquela que destrói. Como é ruim encontrar casais que só tem uma palavra más, críticas mordazes, daquelas que são como uma uma punhalada no coração. Quantos casais destroem os casamentos por causa de críticas! Não só críticas para o cônjunge, mas também para os filhos, quando começam a ser cruéis com os filhos.

A Palavra de Deus se preocupa tanto com isso que São Paulo, em uma de suas cartas, diz que um dia nós vamos prestar contas de cada palavra inconsiderada que dissemos, porque a maioria das feridas existentes dentro de um casamento acontecem por causa das palavras. A flecha atirada e a palavra proferida não tem volta, diz um provérbio. A palavra fere como a flecha. Quantos casamentos se esvaziaram por palavra malditas! Quantos casais entraram nos casamentos felizes e encantados, mas, no momento de um apoiar o outro, começaram as palavras de destruição? Irmãos, nós vamos prestar contas a Deus por causa dessas palavras de destruição.

Se o marido soubesse o quanto as palavras ditas, na hora do nervoso e da raiva, destroem as mulheres, eles não as diriam. A raiva e as brigas passam, mas as palavras ficam lá dentro, cozinhando no coração da pessoa que você ofendeu. Se as mulheres soubessem a força que suas palavras têm, quando são proferidas contra o marido, elas não as diriam. É que homem tem a mania de fazer de conta que não está ouvindo, mas aquilo fica armazenado dentro do coração. No entanto, quando explode, leva junto o casamento.

Há coisas que não são amor. Somos, a todo momento, enganados pelas novelas, pelos filmes com os homens perfeitos com as mulheres perfeitas, com o beijo perfeito. Isso é mentira, isso é ilusão, isso não existe. Você quer saber o que é amor? É quando um homem olha para sua esposa, sabe que ela teve um dia difícil e, por isso, ela está sendo áspera nas palavras. Para não brigar com ela, ele se cala.

Amor é quando, depois de ter brigado, de ter discutido, ainda preparar uma cama gostosa para os dois dormirem, pois não conseguem dormir sem dizer uma palavra boa um para o outro. Isso é amor!
Foto Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missioná¡rio da Comunidade Canção Nova, formado em teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".

Seja Feliz!

sábado, 12 de janeiro de 2013

A autoridade dentro do lar


Quantos pais se lamentam dizendo: "Eu não sei mais o que fazer com meu filho!" e acabam entregando os pontos. O inimigo, aos poucos, foi retirando das mãos deles o comando da casa, a ponto de muitos pais e mães não saberem mais como agir. Percebem que não têm mais o domínio, a direção e o comando do lar... nem do próprio casamento.

Pai e mãe são a autoridade do lar. Não se trata de autoritarismo, dominação, rudeza... A palavra “autoridade” vem de autor: aquele que faz e detém a autoria; tem, portanto, a autoridade. Quando alguém compõe uma música tem a autoridade sobre essa canção, porque foi ele quem a fez. O pai é co-autor, pois participou com Deus na criação de seus filhos: ele detém a autoridade legítima e estabelecida pelo próprio Deus sobre sua casa. Quem quer a perda de autoridade é o inimigo, pois ele é o rebelde e o desobediente desde o princípio.

Você precisa investir “pesado” na oração e resgatar para Deus a sua família. Principalmente, vocês, pais e mães, que sentem que acabaram perdendo as rédeas e não sabem mais como educar seus filhos. Não sabem quando dizer “sim” e quando dizer “não”.

Em Jesus Eucarístico você vai encontrar a força e a sabedoria para retomar a direção da sua casa, da sua família.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Seja Feliz!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O laicismo e a perseguição à religiosidade do Brasil

Continuo postando matérias sobre a perseguição aos Cristãos, porque satanás, sorrateiramente, está querendo minar a Fé do nosso povo Católico e Cristão. Estamos no ANO DA FÉ. Temos de enfrentar esta realidade com as nossas armas: O conhecimento pleno de nossa Fé, vivida na espiritualidade, na oração, na participação na Eucaristia, na Confissão, no jejum, na penitência, com o Rosário em mãos!

Desperta para a tua Fé, Cristão!

O laicismo ideológico tem mostrado sua cara no Brasil e perseguido a religiosidade que faz parte da cultura deste país. Será o início de uma perseguição religiosa na Terra de Santa Cruz?
Nos últimos anos, o Brasil vem assistindo a uma série de atos que visam excluir a religião e o discurso religioso das esferas públicas. Logo que aparece uma discussão na sociedade como o aborto, a política, o casamento homossexual, um pequeno – mas barulhento – grupo de ideólogos, dizem: “o Brasil é laico, a religião deve ser algo privado e não pode interferir nestes assuntos”.

Dr Aleksandro Clemente "Estado laico não quer dizer laicista"
Sim, o Brasil é um Estado laico, mas isso significa que a religião está excluída de debater e interferir no que acha essencial para a sociedade?
“Nós não podemos confundir Estado laico com laicista. Estado laico significa que ele não confessa uma religião e não é regido por normas religiosas. O contrário disso é o laicismo, uma espécie de ideologia que prega o racionalismo, ou seja, tudo o que não é racional ou possui um pouco de expressão religiosa é desprezado”, diz o advogado Aleksandro Clemente, membro da Comissão de Defesa da República e da Democracia da OAB/SP, professor de Bioética e Biodireito.


O laicismo tem emergido em muitos lugares do mundo como uma afronta ao Cristianismo e, muitas vezes, assumindo formas hostis de perseguição. No Brasil, ele tem avançado e estendido seus tentáculos por meio de pequenos grupos ideológico-políticos, como por exemplo a Liga Brasileira de Lésbicas que, em março de 2012, pediu à justiça do Rio Grande do Sul (RS) a retirada de crucifixos dos prédio públicos – decisão acatada pelo mesmo órgão – com o argumento de que o Estado brasileiro é laico.


“Quando se fala de Estado laico não significa negar a cultura religiosa de seu povo. O Brasil tem uma cultura impregnada de religiosidade. Basta vermos o nome de nossas cidades e Estados como São Paulo, Santa Catarina, São João da Boa Vista e tantos outros. Será que teríamos que demolir o Cristo Redentor, símbolo cristão?”, diz Aleksandro.
Para o advogado, a decisão de retirada de símbolos religiosos de repartições públicas é uma grave ofensa à democracia do nosso país, uma clara ação do laicismo que quer implantar sua doutrina em terras brasileiras. “Num Estado democrático, o poder emana do povo; e numa sociedade, na qual a maioria se diz religiosa, este sentimento deve ser respeitado, portanto, ter um crucifixo num órgão público não é um desrespeito a quem não acredita, mas expressa o sentimento religioso da maioria. Tirar o crucifixo como o fez a Justiça gaúcha é uma ofensa gratuita ao sentimento religioso desta maioria da população”, conclui Aleksandro.
Veja mais sobre os cristãos perseguidos:
O desafio de ser um jovem cristão na modernidade

fonte: destrave.cancaonova.com

Leia hoje: I Tessalonicenses, 5

E seja Feliz!

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Primeira Santa Carioca!!

Recebi esta matéria, por e-mail, e partilho com vocês. 

Nos Santos, Deus nos demonstra que viver por Ele vale à pena.

 

A DEVOÇÃO POR UMA CRIANÇA.

A Arquidiocese do Rio de Janeiro se prepara para dar início ao processo de beatificação e canonização de Odette Vidal de Oliveira a Odetinha, uma menina criada em Botafogo que teve vida de rica, doava seus pertences a órfãos e mendigos, morreu em 1939 e hoje é cultuada por uma legião de fiéis

Foto de 26 de Dezembro de 2012

Giovanna Antonelli com uma foto de Odetinha: a atriz atribui o papel de Jade na novela O Clone, em 2001, às orações que fez para ela


Em momentos de aflição, os católicos mais fervorosos do Rio costumam pedir ajuda a uma galeria de santos. Alguns são verdadeiros campeões de súplicas, como São Jorge e São Sebastião, mas o panteão da fé carioca é democrático o suficiente para abrigar também uma garotinha nascida em Madureira e criada em Botafogo, que morreu em 1939, aos 9 anos de idade. É Odette Vidal de Oliveira, a Odetinha, cujo túmulo, no Cemitério São João Batista, atrai uma multidão de devotos. Basta olhar para as placas de bronze e mármore em reconhecimento pelas graças alcançadas para perceber a devoção de seus seguidores. O local raramente está deserto, e é a segunda sepultura que mais recebe visitantes, atrás apenas do mausoléu da cantora Carmen Miranda. Tamanha popularidade levou a cúpula da Igreja Católica a escolher a menina como candidata ao posto de primeira santa carioca.

O início do processo de beatificação, seguido pelo de canonização,
já tem data oficial de lançamento, 18 de janeiro de 2013.

"Em sua curta vida, ela foi um exemplo de dedicação a Cristo", diz dom Roberto Lopes, vigário episcopal da Vida Consagrada, coordenador da Congregação para a Causa dos Santos e articulador da proposta ao Vaticano.


Celebração na capela do Cemitério São João Batista em homenagem a Odetinha: O túmulo tornou-se local de peregrinação de devotos.


Entre os devotos da "santinha do São João Batista", como Odette também é carinhosamente chamada, o que não falta são relatos de cura, intercessão em situações críticas e realização de pedidos, ainda que prosaicos. No início dos anos 1980, a recepcionista Terezinha Ferreira e Souza ouviu de um oftalmologista que uma miopia evolutiva fatalmente a levaria à cegueira. Procurou uma segunda opinião, uma terceira e ainda uma quarta. O diagnóstico era sempre o mesmo. Foi quando ela recebeu um conselho de uma vizinha para que pedisse ajuda a Odetinha. A miopia estancou, e o par de óculos que Terezinha usa é mais do que suficiente para que ela leve uma vida normal. Em 2003, o advogado Augusto Pereira sofreu um baque terrível quando aguardava sua mulher, Clara, dar à luz a filha do casal, Maria Clara. No hospital, em meio ao parto, ele foi informado pelos médicos de que a esposa havia sofrido uma grave hemorragia e não sobreviveria ao nascimento do bebê. Desesperado, ele repetiu incessantemente a oração de Odetinha, impressa em um santinho dado por sua mãe. Hoje, Pereira, de 38 anos, vive feliz com a mulher e a filha em Botafogo. A atriz Giovanna Antonelli conhecia a história da garota pela avó, devota havia muitos anos. Em 2001, quando tentava conseguir seu primeiro papel como protagonista, na novela O Clone, decidiu pedir ajuda à menina. Ela não só obteve a indicação para viver a personagem Jade como fez um sucesso estrondoso em sua encarnação da mocinha muçulmana apaixonada por um cristão clonado. "No fim da novela, fui ao túmulo e me emocionei enquanto agradecia a ajuda", conta. "Hoje, sempre carrego a foto dela na bolsa."




O processo que reivindica a santificação de Odetinha, iniciado às vésperas do Natal do ano passado (2011), já enche de papéis todo um armário na Arquidiocese do Rio de Janeiro. No último dia 31 de outubro, a causa recebeu um impulso poderoso com a chegada de um documento chamado de Nihil obstat (nenhuma objeção, em latim) procedente do Vaticano. O certificado, que marca o início dos procedimentos formais para a beatificação e a canonização, transformou a garota em Serva de Deus, a primeira designação dada aos candidatos à santificação (veja as etapas do processo no quadro da pág. 26). A partir de agora, seis historiadores e especialistas em direito canônico devem investigar todos os detalhes de sua curta existência, pontuada por um comportamento singular e devoção irrestrita à figura de Jesus Cristo. Vão pesquisar ainda os milagres atribuídos a ela. Todo o procedimento corre em sigilo, e os responsáveis não comentam os casos analisados pelos especialistas da Congregação para a Causa dos Santos. De qualquer forma, está prevista uma grande cerimônia para marcar o início da beatificação. Os restos mortais de Odetinha serão exumados e transferidos em procissão para a Igreja da Imaculada Conceição, na Praia de Botafogo. Ali, ficarão em uma urna e poderão ser venerados pelos fiéis. "O reconhecimento da santidade dessa jovenzinha é bastante condizente com o momento que vivemos no Rio, quando nos preparamos para receber a Jornada Mundial da Juventude e a visita do papa Bento XVI", diz dom Roberto, da Congregação da Causa dos Santos.


Dom Roberto Lopes, responsável pelo processo de beatificação: o reconhecimento poderá ganhar impulso com a vinda do papa


Nascida em 1930, filha do casal Augusto Ferreira Cardoso e Alice Vidal, imigrantes portugueses vindos da região do Porto, Odetinha não conheceu o pai (ele morreu de tuberculose quando sua mãe ainda estava grávida). Viúva, a mãe casou-se com o empresário Francisco Oliveira, também português, que se tornou pai adotivo da menina. Dono de um frigorífico e de terrenos espalhados por toda a cidade, Oliveira proporcionava um padrão de vida alto à família. Odetinha cresceu rodeada de muito conforto em uma mansão de Botafogo com vista para o Pão de Açúcar. Ali, um batalhão de empregados estava a postos para satisfazer suas vontades, entre eles um motorista designado a levá-la ao Colégio Sion, em Laranjeiras. Como toda criança, ela adorava o Carnaval, fazia suas travessuras e furava a fila do bebedouro na escola. No entanto, tinha alguns traços que a distanciavam de suas colegas. Segundo pessoas que a conheceram, possuía uma humildade, um senso de compaixão pelo próximo e uma adoração a Jesus Cristo fora do comum. Fazia questão de comer na mesma mesa das cozinheiras e do motorista, algo impensável no Rio de Janeiro da década de 30. Chamava as filhas dos serviçais para dormir em sua cama, e eventualmente se vestia como elas. Também costumava pedir ao motorista que estacionasse o carro da família longe da escola e percorria o resto do caminho a pé. "Ela tinha uma vida comum, mas um coração extraordinário", afirma Maria Christina de Castelo Branco Pires de Sá, 82 anos, a melhor amiga de Odetinha e umas das fiéis mais empenhadas na causa da beatificação.


Fiéis pedem a canonização do papa João Paulo II, que foi beatificado em 2011: os processos no Vaticano estão mais ágeis


A Constituição Apostólica Divinus perfectionis magisterestabelece que, para se tornarem santos e santas, homens e mulheres devem sobressair "pelo fulgor da caridade e de outras virtudes evangélicas". Normalmente, são pessoas que levaram uma vida dedicada à religião e à filantropia. Odette, por exemplo, tinha especial compaixão pelos órfãos e mendigos. Numa biografia escrita por seu confessor, padre Afonso Maria Germe, há inúmeros relatos de como doava seus pertences a pedintes que lhe batiam à porta, a ponto de brigar com as empregadas que ameaçassem expulsar os mais insistentes. Precoce na iniciação religiosa, ela fez a primeira comunhão aos 7 anos de idade, embora pedisse para receber o sacramento desde os 4. Dizia-se esposa de Jesus e foi descrita por Germe como "catequizadora compulsiva". A morte precoce acabou dando um tom extra de abnegação à fé da menina. Seu melancólico calvário, que durou 49 dias, atraiu dezenas de pessoas ao casarão de Botafogo, entre amigos e desconhecidos que desfrutavam a caridade da família. No dia 25 de novembro de 1939, exaurida pela febre paratifoide agravada por uma meningite, Odette pediu para receber a eucaristia e recitou a oração com a qual rezava o terço: "Meu Jesus, meu amor, minha vida, meu tudo". Meia hora depois, morreu. No cortejo até o cemitério, o pequeno caixão foi carregado pelas Irmãs da Caridade de Imaculada Conceição, que comandavam um orfanato próximo à casa, precedidas por três sacerdotes. Desde então, sua sepultura passou a ser local de peregrinação.


Depois da morte da filha, os pais se tornaram ainda mais apegados à religião. Francisco doou os terrenos e o dinheiro para a construção de escolas e igrejas, como o Colégio São Marcelo, na Gávea, a Igreja Nossa Senhora da Paz, em Ipanema, e a Catedral de Nova Iguaçu. Forneceu ainda toda a prataria usada no Mosteiro de São Bento e bancou a primeira Feira da Providência. Tempos depois, já na década de 60, foi a mãe, Alice, quem ajudou a salvar o Banco da Providência da falência. Diante de um pedido de dinheiro feito por seu criador, dom Helder Câmara, ela lhe deu um broche de brilhantes que usava na ocasião. "É imensa a quantidade de pessoas que se beneficiam das obras inspiradas por Odetinha", diz a irmã Janine Fonseca, administradora do Lar São José, em Laranjeiras, um orfanato também mantido com recursos da família.

Desde os primórdios da Igreja, os santos têm papel de destaque na doutrina católica. Acredita-se que, por estarem no céu, e bastante perto de Deus, eles tenham condições de levar até Ele os pedidos dos fiéis. Assim, fariam uma espécie de intermediação das súplicas e também das ações de graça. "Os santos são um modelo de vida cristã e, com sua santidade, tornam-se mais próximos de Deus. Por isso podemos pedir-lhes que intercedam por nós", explica o padre Jesus Hortal, reitor da PUC-Rio. O processo de canonização, antes franqueado a todos os mártires da fé e benfeitores em geral, começou a ser regulamentado a partir do século XIII. Em 1200, o papa Inocêncio III determinou que apenas o sumo pontífice tinha o poder de decidir quem era santo ou não. Desde então se instalou no Vaticano uma complexa estrutura para investigar documentos e supostos milagres, bem como uma sucessão de ritos para esse fim. Há quatro anos, o papa Bento XVI publicou novas regras para a canonização, tornando o sistema mais ágil. Um dos beneficiários do rito mais acelerado e simplificado foi seu antecessor, João Paulo II, morto em 2005 e beatificado em maio do ano passado, em Roma. Mesmo com as mudanças, é praticamente impossível prever quanto tempo pode durar todo o procedimento. "Há um grande rigor nesse processo, que é muito mais ligado à razão do que à fé", afirma o padre João Cláudio Nascimento, que lidera a Comissão Histórica da Causa dos Santos. Há a expectativa, é claro, de que a visita de Bento XVI em junho ajude no processo, pois foi em uma vinda a São Paulo, há cinco anos, que o papa celebrou a canonização de Frei Galvão, religioso paulista, de Guaratinguetá.

Apesar de contar com o maior rebanho católico do mundo, com 173 milhões de fiéis, o Brasil ainda é um país com pouca tradição de santos. Até agora, apenas um brasileiro nato foi incorporado à galeria católica. Atualmente, 39 pessoas têm sua vida e feitos milagrosos analisados (veja o quadro ao lado), entre servos de Deus e beatos. "Eles são importantes para a religião porque a aproximam dos fiéis e servem de exemplo por sua conduta e fé mesmo diante dos piores sofrimentos", diz o antropólogo Eduardo Refkalefsky, pesquisador de religiões da UFRJ. A expectativa é que, com seu ar angelical e fervor religioso, a pequena Odette se torne a primeira santa legitimamente carioca.


E seja Feliz!

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Padre Léo - 6 anos

Apesar de não ter conhecido pessoalmente o Padre Léo, tenho aprendido muito através de suas palestras e livros. Você também pode assistir suas pregações, todas as segundas-feiras, pela TV Canção Nova, ou pela internet. Seja Feliz! Seja bem-aventurado! 

CN faz memória aos 6 anos de falecimento do padre Léo

“Buscai as coisas do alto”

Nesta sexta-feira, 4, a Comunidade Canção Nova recorda com carinho e saudade o saudoso padre Léo, falecido em 2007, após uma intensa luta contra o câncer.

O sacerdote, desde muito jovem, destacava-se por sua liderança dentro da Igreja e seu jeito alegre e cativante de falar de Deus. Durante sua vida religiosa, foi assessor diocesano da Renovação Carismática Católica, em Pindamonhangaba (SP), assessorou a juventude da RCC na região Sul do Brasil e foi orientador da Renovação na arquidiocese de Florianópolis (SC).
Sempre buscando ajudar o próximo e fazer algo bom pela Igreja, em outubro de 1995 padre Léo fundou a Comunidade Bethânia com a missão de acolher e restaurar jovens dependentes químicos, portadores de HIV e marginalizados em geral. Até hoje muitas pessoas são beneficiadas e curadas com a ajuda da comunidade, a qual conta, hoje, com cinco casas espalhadas pelo Brasil.

Padre Léo foi pregador de muitos retiros, encontros e concentrações em todo o país. Na Canção Nova, o sacerdote pregou em muitos acampamentos atraindo inúmeras pessoas que gostavam de participar de suas palestras. Além das pregações, muitos peregrinos o acompanhavam pela TV e Rádio Canção Nova.

O sacerdote tinha uma forma cativante de chamar a atenção das pessoas para a Palavra de Deus, pois, fazendo-as rir com sua histórias, ele proclamava com autoridade os ensinamentos deixados por Jesus.

Padre Léo deixou um acervo espiritual muito grande em livros e palestras, falando, sobretudo, da restauração da pessoa humana pela cura interior e pela restauração da família.

Veja também:

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

A Perseguição do Século XX e o Terceiro Segredo de Fátima

O tema que continuo apresentando é atualíssimo e sério. Precisamos, neste ANO DA FÉ, buscar a conscientização e a conversão, buscar viver uma fé autêntica, pois a perseguição À Igreja de Cristo é real e a Igreja somos nós. Então, somos nós que estamos sendo perseguidos! Acorda Cristão! Lute pela sua Fé, lute pelo Seu Deus! Lute pelo Céu!

O século XX pode ser considerado o século com o maior número de mártires de toda a história do cristianismo. Em Fátima, Nossa Senhora já alertava a Igreja sobre a perseguição que se espalharia pelo mundo

Tal como aconteceu no início do Cristianismo, o século XX também pode ser considerado o século dos mártires. Foram milhares de igrejas e conventos destruídos por regimes totalitários e o número de cristãos presos, torturados e mortos por confessarem a fé em Cristo superou os de toda a história.

“No Jubileu do ano 2000, o Papa João Paulo II fez uma celebração para lembrar os mártires do século XX. O Pontífice disse que só este século produziu mais mártires do que toda a história da Igreja”, contou o professor Felipe Aquino, professor de Teologia.

Veja a reportagem sobre a Igreja do século XX


Estes dados estão de acordo com um relatório de 2011 do Centro de Estudos das Novas Religiões (CESNUR) e apresentado em um seminário organizado pela Universidade Pontifícia Lateranense de Roma. Segundo o diretor do estudo, um sociólogo italiano chamado Massimo Introvigne, o número de martírios cristãos, no mundo, chega a 70 milhões, 45 milhões dos quais aconteceram no século XX.
Os regimes totalitários foram os que mais perseguiram o Cristianismo neste tempo. A Revolução Russa (1917), por exemplo, levou à morte cerca de 17 mil sacerdotes e 34 mil religiosos. O Comunismo declarou a religião como subversiva e inimiga do Estado. Igrejas, conventos e seminários foram fechados e destruídos. São incontáveis os números de mártires em países como União Soviética, Lituânia, Romênia, China, Vietnã, Camboja e Cuba.

A Santa Sé, por exemplo, entendeu que as mensagens de Nossa Senhora de Fátima estão profundamente ligadas a esta era dos mártires do século XX. O terceiro segredo – que muito se fantasiava sobre seu conteúdo – faz menção à opressão da Rússia sobre o mundo e sobre o martírio de milhares de padres, bispos e religiosos. (leia a interpretação do segredo feito pela Congregação para a Doutrina da Fé)


A imagem do Terceiro Segredo de Fátima mostra claramente os mártires do século 20, sobretudo os cristãos mortos durante o regime comunista

Assim irmã Lucia descreve o terceiro segredo:
“Vimos ao lado esquerdo de Nossa Senhora, um pouco mais alto, um anjo com uma espada de fogo na mão esquerda; ao centilar, despedia chamas que pareciam incendiar o mundo; mas apagavam-se com o contato do brilho que, da mão direita, expedia Nossa Senhora ao seu encontro. O anjo, apontando com a mão direita para a terra, com voz forte disse: ‘Penitência, Penitência, Penitência!’ E vimos, numa luz imensa que é Deus, ‘algo semelhante a como se veem as pessoas num espelho quando lhe passam por diante”. Um bispo vestido de branco; ‘tivemos o pressentimento de que era o Santo Padre’. Vários outros bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas subiram uma escabrosa montanha, no cimo da qual estava uma grande cruz de troncos toscos, como se fora de sobreiro com a casca. O Santo Padre, antes de chegar aí, atravessou uma grande cidade meia em ruínas e, meio trêmulo, com andar vacilante, acabrunhado de dor e pena, ia orando pelas almas dos cadáveres que encontrava pelo caminho. Chegado ao cimo do monte, prostrado de joelhos aos pés da grande cruz, foi morto por um grupo de soldados que lhe dispararam varios tiros e setas, e, assim mesmo, foram morrendo um atrás outros os bispos, sacerdotes, religiosos e religiosas, e várias pessoas seculares, cavalheiros e senhoras de várias classes e posições. Sob os dois braços da cruz estavam dois anjos, cada um com um regador de cristal na mão; neles recolhiam o sangue dos mártires e com ele regavam as almas que se aproximavam de Deus.”

Irmã Lúcia, durante um encontro com o Cardeal Tarcísio Bertrone, então secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, antes da divulgação do segredo, disse que os segredos contidos na mensagem de Fátima se referem à luta do Comunismo ateu contra a Igreja, os cristãos e os mártires produzidos nesse século.

Fonte: Destrave - Canção Nova

Seja Feliz!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Catequese de Bento XVI - A Origem de Jesus




CATEQUESE

Sala Paulo VI - Vaticano
Quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Queridos irmãos e irmãs,

O Natal do Senhor ilumina mais uma vez com a sua luz as trevas que muitas vezes cercam o nosso mundo e o nosso coração e traz esperança e alegria. De onde vem esta luz? Da gruta de Belém, onde os pastores encontraram “Maria e José e o menino, deitado na manjedoura” (Lc 2,16). Diante desta Sagrada Família surge uma outra e mais profunda pergunta: como pode aquele pequeno e indefeso Menino ter levado uma novidade tão radical no mundo a ponto de mudar o curso da história? Não tem talvez algo de misterioso na sua origem vai além daquela gruta?

Sempre de novo emerge assim a pergunta sobre a origem de Jesus, a mesma que coloca o Procurador Pôncio Pilatos durante o processo: “De onde és tu?” (Gv 19,29). No entanto, trata-se de uma origem bem clara. No Evangelho de João, quando o Senhor afirma: “Eu sou o pão descido do céu”, os judeus reagem murmurando: “Não é este Jesus, o filho de José? Dele não conhecemos o pai e a mãe? Como então pode dizer: “Sou descido do céu? (Jo 6,42). E, um pouco mais tarde, os cidadãos de Jerusalém se opõem com força diante da messianidade de Jesus, afirmando que se sabe bem “de onde é; o Cristo, em vez disso, quando vier, ninguém saberá de onde é” (Jo 7,27). O próprio Jesus faz notar quanto seja inadequado a pretensão deles de conhecer a sua origem, e com isso oferece já uma orientação para saber de onde vem: “Não sou vindo de mim mesmo, mas quem me mandou é verdadeiro, e vós não o conheceis” (Jo 7, 28). Certamente, Jesus é originário de Nazaré, é nascido em Belém, mas o que se sabe da sua verdadeira origem?

Nos quatro Evangelhos emerge com clareza a resposta à pergunta “de onde” vem Jesus: a sua verdadeira origem é o Pai; Ele vem totalmente Dele, mas de modo diferente de qualquer profeta enviado por Deus que o precederam. Esta origem do mistério de Deus, “que ninguém conhece”, está contida já nas histórias sobre a infância dos Evangelhos de Mateus e de Lucas, que estamos lendo neste tempo natalício. O anjo Gabriel anuncia: “O Espírito Santo descerá sobre ti, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra. Por isso aquele que nascerá será santo e chamado Filho de Deus” (Lc 1, 35). Repetimos estas palavras cada vez que recitamos o Credo, a Profissão de fé: “et incarnatus est de Spiritu Sancto, ex Maria Virgine”, “por obra do Espírito Santo encarnou-se no seio da Virgem Maria”. Nesta frase ajoelhamos porque o véu que escondia Deus, vem, por assim dizer, aberto e o seu mistério insondável e inacessível nos toca: Deus se torna o Emanuel, “Deus conosco”. Quando escutamos as missas compostas por grandes mestres da música sacra, penso no exemplo da Missa de Coroação de Mozart, notamos imediatamente como se afirmam, se baseiam especialmente sobre esta frase, como para tentar expressar com a linguagem universal da música isso que as palavras não podem manifestar: o grande mistério de Deus que se encarna, se fez homem.

Se considerarmos atentamente a expressão “por obra do Espírito Santo encarnou-se no seio da Virgem Maria”, encontramos que essa inclui quatro sujeitos que atuam. De modo explícito são mencionados o Espírito Santo e Maria, mas é subentendido “Ele”, isso é o Filho, que se fez carne no seio da Virgem. Na Profissão de fé, o Credo, Jesus aparece definido com nomes diversos: “Senhor, ... Cristo, Filho unigênito de Deus ...Deus de Deus, Luz da Luz, Deus verdadeiro de Deus verdadeiro...consubstancial ao Pai” (Credo niceno-constantinopolitano). Vemos então que “Ele” refere-se a uma outra pessoa, aquela do Pai. O primeiro sujeito desta frase é então o Pai, que, com o Filho e o Espírito Santo, é o único Deus.

Esta afirmação do Credo não é sobre o ser eterno de Deus, mas nos fala de uma ação à qual tomam parte as três Pessoas divinas e que se realiza “ex Maria Virgem”. Sem ela a entrada de Deus na história da humanidade não chegaria ao seu fim e não teria tido lugar aquilo que é central na nossa Profissão de fé: Deus é um Deus conosco. Assim Maria pertence de modo irrenunciável à nossa fé no Deus que age, que entra na história. Ela coloca à disposição toda a sua pessoa, “aceita” transformar-se lugar da morada de Deus.

Às vezes, também no caminho e na vida de fé podemos sentir a nossa pobreza, a nossa insuficiência frente ao testemunho para oferecer ao mundo. Mas Deus escolheu justamente uma mulher humilde, em uma vila desconhecida, em uma das províncias mais distantes do império romano. Sempre, também em meio às dificuldades mais difíceis de enfrentar, devemos ter confiança em Deus, renovando a fé na sua presença e ação na nossa história, como naquela de Maria. Nada é impossível para Deus! Com Ele a nossa existência caminha sempre em terras seguras e está aberta a um futuro de firme esperança.

Professando no Credo: “por obra do Espírito Santo encarnou-se no seio da Virgem Maria”, afirmamos que o Espírito Santo, como força de Deus Altíssimo, operou de modo misterioso na Virgem Maria a concepção do Filho de Deus. O Evangelista Lucas reporta as palavras do arcanjo Gabriel: “O Espírito descerá sobre ti e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra” (1, 35). Duas referências são evidentes: a primeira é no momento da criação. No início do livro do Gênesis lemos que “o espírito de Deus pairava sobre as águas” (1, 2);  é o Espírito criador que deu vida a todas as coisas e ao ser humano. Isso que acontece em Maria, através da ação do mesmo Espírito divino, é uma nova criação: Deus, que chamou o ser do nada, com a Encarnação dá vida a um novo início da humanidade. Os Padres da Igreja muitas vezes falam de Cristo como do novo Adão, para marcar o início da nova criação do nascimento do Filho de Deus no seio da Virgem Maria. Isto nos faz refletir sobre como a fé traz também em nós uma novidade tão forte a ponto de produzir um segundo nascimento. De fato, no início do ser cristão tem o Batismo que nos faz renascer como filhos de Deus, nos faz participar da relação filial que Jesus tem com o Pai. E gostaria de salientar que como o Batismo se recebe, nós “somos batizados” – é um passivo – porque ninguém é capaz de tornar-se filho de Deus por si mesmo: é um dom que é conferido gratuitamente. São Paulo refere-se a esta filiação adotiva dos cristãos em uma passagem central da sua Carta aos Romanos, onde escreve: “Todos aqueles que são guiados pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus. E vós não recebestes um espírito da escravidão para cair novamente no medo, mas recebestes o Espírito que torna filhos adotivos, por meio do qual clamamos: “Abá! Pai”. O próprio Espírito, junto ao nosso espírito, atesta que somos filhos de Deus”, não servos (8,14-16). Somente se nos abrimos à ação de Deus, como Maria, somente se confiamos a nossa vida ao Senhor como a um amigo no qual nós confiamos totalmente, tudo muda, a nossa vida adquire um novo sentido e uma nova face: aquela dos filhos de um Pai que nos ama e nunca nos abandona.  

Falamos de dois elementos: o elemento primeiro o Espírito sobre as águas, o Espírito Criador; tem um outro elemento nas palavras da Anunciação.

O anjo diz a Maria: “O poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra”. É um lembrete da nuvem santa que, durante o caminho do êxodo, parava na tenda do encontro, na arca da aliança, que o povo de Israel levava consigo, e que indicava a presença de Deus (cfr Es 40,40,34-38). Maria, então, é a nova tenda santa, a nova arca da aliança: com o seu “sim” às palavras do arcanjo, Deus recebe uma morada neste mundo, Aquele que o universo não pode conter para habitar no ventre de uma virgem.

Retornamos então à questão com a qual começamos, aquela sobre a origem de Jesus, sintetizada pela pergunta de Pilatos: “De onde és tu?”.  Das nossas reflexões aparece claro, desde o início dos Evangelhos, qual é a verdadeira origem de Jesus: Ele é o Filho Unigênito do Pai, vem de Deus. Estamos diante do grande e perturbador mistério que celebramos neste tempo do Natal: o Filho de Deus, por obra do Espírito Santo, encarnou-se no seio da Virgem Maria. Este é um anúncio que soa sempre novo e que traz em si esperança e alegria ao nosso coração, porque nos doa toda vez a certeza de que, mesmo se muitas vezes nos sentimos fracos, pobres, incapazes diante da dificuldade e do mal do mundo, o poder de Deus age sempre e opera maravilhas propriamente na fraqueza. A sua graça é a nossa força. (cfr 2 Cor 12,9-10). Obrigado.





(Tradução: Jéssica Marçal, equipe CN Notícias)