quinta-feira, 26 de julho de 2012

Perdoem!

Perdoem minha ausência! 

Algumas situações, às vezes, nos impedem de caminhar, e temos de remover as pedras para continuar o curso.

Assim como um rio, ao se deparar com uma barreira que não pode transpor desvia seu curso, estou buscando o curso melhor para poder retomar minhas tarefas.

Perdoem!

Volto breve, breve!

Leiam hoje: Salmo 131

E sejam pacientes!

quinta-feira, 12 de julho de 2012

As Três Peneiras


Um rapaz procurou Sócrates e disse-lhe que precisava contar-lhe algo sobre alguém.
Sócrates ergueu os olhos do livro que estava lendo e perguntou:
 - O que você vai me contar já passou pelas três peneiras?
- Três peneiras?  - indagou o rapaz.
- Sim ! A primeira peneira é a VERDADE. O que você quer me contar dos outros é um fato? Caso tenha ouvido falar, a coisa deve morrer aqui mesmo. Suponhamos que seja verdade. Deve, então, passar pela segunda peneira: a BONDADE. O que você vai contar é uma coisa boa? Ajuda a construir ou destruir o caminho, a fama do próximo? Se o que você quer contar é verdade e coisa boa, deverá passar ainda pela terceira peneira: a UTILIDADE. Convém contar?  Resolve alguma coisa? Ajuda a comunidade? Pode melhorar o planeta?
 Arremata Sócrates:
 - Se passou pelas três peneiras, conte!!! Tanto eu, como você e seu irmão iremos nos beneficiar. Caso contrário, esqueça e enterre tudo. Será uma fofoca a menos para envenenar o ambiente e fomentar a discórdia entre irmãos.

Leia hoje: São Mateus 10,7-15

E seja Feliz!

terça-feira, 10 de julho de 2012

O Coração e a Fé do Pastor!

Terça-feira, 10 de julho de 2012, 09h06
Exmo Revmo Dom Orani João Tempesta

Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro
Recebi a triste notícia do falecimento do Venerado Cardeal Eugênio de Araujo Sales, depois de uma longa vida de dedicação à Igreja no Brasil, venho exprimir meus pêsames a si e aos bispos auxiliares, ao clero e comunidades religiosas, aos fiéis da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, que por três décadas teve nele um intrépido pastor, revelando-se autêntica testemunha do Evangelho no meio do seu povo.
Dou graças ao Senhor por ter dado à Igreja tão generoso pastor que, nos seus setenta anos de sacerdócio e cinquenta e oito de episcopado, procurou apontar a todos a senda da verdade na caridade e do serviço à comunidade, em permanente atenção pelos mais desfavorecidos, na fidelidade ao seu lema episcopal: “Impendam et superimpendar” (gastarei e gastar-me-ei por inteiro por vós).
Enquanto elevo fervorosas preces para que Deus acolha na sua felicidade eterna este seu servo bom e fiel, envio a essa comunidade arquidiocesana, que lamenta perda dessa admirada figura, à Igreja no Brasil, que nele sempre teve um seguro ponto de referência e de fidelidade à Sé Apostólica e a quantos tomam parte nos sufrágios animados pela esperança da ressurreição, uma confortadora bênção apostólica.



Com estas palavras o Papa Bento XVI manifesta a sua solidariedade pela partida de Dom Eugênio de Araújo Sales, Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro, ontem à noite.

Foram longos anos dedicados à Igreja Católica. Na verdade toda a sua vida foi dedicada ao chamado de Nosso Senhor: "Vem e segue-me!" (Mt 19,21)

Uma realidade que tenho percebido, nestes últimos meses, é a de que devo ser muito grato a Deus por ter colocado em minha vida, homens como o meu pai, Raphael Sampaio e Dom Eugênio Sales, a quem tive a honra de conhecer e que foi de fundamental importância em minha formação cristã.

A vastíssima cultura, a sagacidade, a perspicácia, a inteligência, a sobriedade, mas sobretudo a fé deste homem, eram impressionantes. Sua vitalidade se mostrava ao lado de sua serenidade e sua severidade servia-se ao lado de sua mansidão. Características do Pastor.

Terá tido seus defeitos, e seus detratores - que sei não foram poucos - não lhe poupavam críticas. Principalmente durante os penosos anos em que a famigerada e hipócrita "teologia da libertação" perpetrou suas unhas encardidas sobre a Igreja Católica, no Brasil. Ele se manteve firme, apesar dos ataques que alguns sacerdotes, 'adoçados' por essa heresia lhe impunham, por manter a Igreja no Rio de Janeiro, na ortodoxia e unidade com a Igreja de Roma, apoiando, firmemente, a decisão da Sagrada Congregação Para a Doutrina da Fé, quando esta condenou aquela ideologia.

Homem de coração sincero e fé inquebrantável. Seguro, não por contar consigo, mas por ter colocado toda a sua confiança em Deus. E o Senhor o recompensou muito, em vida. E agora, com a verdadeira vida. A vida eterna.

Descanse em paz, Cardeal Dom Eugênio, e intercedei por nós!



sexta-feira, 6 de julho de 2012

Jesus, um carpinteiro

O texto abaixo, muito reflexivo, foi transcrito do Portal da Comunidade Canção Nova, e é de Dom Alberto Taveira:

Imagem de DestaqueAssim Ele era conhecido pelo povo de Nazaré
As cidades ou as regiões adquirem fama pelas suas manifestações religiosas, seu folclore, culinária ou modo de falar. Algumas ficam conhecidas pelo jeito de ser de seu povo, gente expansiva ou reservada, com cartas "guardadas na manga" para serem jogadas em tempo oportuno. Há lugares, como Nazaré, onde viveu Jesus com Maria e José, que ficaram conhecidos como terra de gente brava e até revoltada.

Qualquer provocação servia para um levante, tanto que Jesus, conhecido como Nazareno, suscitava desconfiança em muitas pessoas, também porque as tradições não esperavam que pudesse vir, da Galileia, algum profeta. Pode acontecer também entre nós, pela avalanche de violência aliada à impunidade corrente, que se reforce a falha de sermos, hoje, uma das áreas perigosas do país. Não é difícil perceber como contribuímos para isso, pela facilidade com que classificamos áreas de nossa região metropolitana como “vermelhas” ou perigosas, vendo em cada desconhecido uma ameaça.

A Igreja quer enfrentar, com as armas do Evangelho, todas as situações desafiadoras, vencendo por amor e com amor, penetrando em todos os ambientes e superando preconceitos. Nosso projeto de Evangelização quer alcançar os que estão afastados da Igreja ou se sentem distantes, constituindo novas comunidades de fé nos lugares mais difíceis. Mais do que as eventuais estatísticas, interessa-nos dizer que todos são amados por Deus e candidatos à vida plena e à salvação, não nos sendo lícito arrefecer diante dos obstáculos. Vale a pena abrir os olhos e verificar como o espírito missionário já envolve muitos sacerdotes, diáconos, religiosos e religiosas, pessoas dedicadas a Deus e, mais ainda, uma enorme quantidade de cristãos leigos e leigas. Vamos chegar lá, contagiando muita gente com a unção missionária.

Os bispos da Região Amazônica, reunidos nesta semana em Santarém, renovaram suas disposições missionárias para que a Boa Nova alcance a todos em todos os rincões de nossa Terra. Saíram de lá com renovado entusiasmo a ser comunicado a todo o povo de Deus.

Assista também: "Por que caminhar com Jesus?", com o saudoso padre Léo



Voltando a Nazaré, ali Jesus ficou conhecido como carpinteiro, pois havia apreendido de São José este ofício tão digno quanto importante (Mc 6,1-6). Parece até que carpinteiro era mais do que o oficial das mesas ou cadeiras, mas um daqueles homens que sabiam fazer de tudo na construção de uma casa. Ainda se encontram pessoas assim por aí, com admirável conhecimento prático, de olhar profundo e prudência, calma no trabalho, poucas palavras e muita ação. Dá para pensar no Pai do Céu, contemplando a beleza e a bondade da criação, como descreve o livro do Gênesis.

Sendo Jesus Homem verdadeiro e Deus verdadeiro, tudo o que realizava envolvia a totalidade da vida humana, sem excluir qualquer área dos sentimentos e das aspirações das pessoas, tanto que ninguém passava em vão ao Seu lado. Ele que fazia bem todas as coisas e era o Carpinteiro de Nazaré! Aproximar-se d'Ele é descobrir o Seu segredo, pois o Carpinteiro é Profeta, é Messias, é Salvador.

Ter contato com Jesus Cristo é contemplá-Lo na fé, apurando nosso sentido sobrenatural, a fim de que a salvação seja acolhida e nossa vida transformada. N'Ele aprendemos a olhar também em torno a nós para valorizar os pequenos gestos e as pessoas que conosco convivem. Há um grito surdo pela valorização das pessoas, na superação de desconfianças e medos. É urgente dar nome de dignidade às pessoas que transbordam simplicidade e, com ela, a sabedoria. Elas estão aí, bem perto de nós. Muitas constroem frases quase ingênuas, que alguns pensam ser sabedoria de para-choque de caminhão! Outras sabem dar respostas precisas, ou sabem ouvir e prestar atenção como ninguém para tudo guardar num coração bom e puro.

Sabemos que quem segue Jesus,
independente de sua condição social, idade ou cultura, passa a fazer parte do Evangelho, da história de Deus. Se o próprio Senhor teve dificuldades com alguns grupos, como os habitantes de Nazaré, onde Ele se tinha criado (cf. Mc 6,1-6), sabemos que Ele inicia uma nova família, destinada a edificar um novo mundo (cf. Mc 3,13-6,13) na superação das distâncias entre as pessoas, formada por quem quer realizar a vontade do Pai (cf. Mc 3,35). Os discípulos de ontem e de hoje têm a missão de estar com Jesus e ser enviados por Ele como companheiros de missão na luta contra o mal.

Ao tornar-se simples e competente carpinteiro em Nazaré, o Salvador entrou nas estruturas humanas para transformá-las. A liturgia nos faz reconhecer que pela humilhação do Filho amado, o Pai reergueu o mundo decaído (cf. Oração do XIV Domingo Comum). Ele ocupou todos os espaços humanos com Sua presença redentora. Tal constatação de fé nos permite acolher o dom da alegria nesta terra e almejar as alegrias eternas.
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Foto Dom Alberto Taveira foi Reitor do Seminário Provincial Coração Eucarístico de Jesus em Belo Horizonte. Na Arquidiocese de Belo Horizonte foi ainda vigário Episcopal para a Pastoral e Professor de Liturgia na PUC-MG. Em Brasília, assumiu a coordenação do Vicariato Sul da Arquidiocese, além das diversas atividades de Bispo Auxiliar, entre outras. No dia 30 de dezembro de 2009, foi nomeado Arcebispo da Arquidiocese de Belém - PA.

Leia hoje: Amós 8,4-6.9-12

E seja Feliz!

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A gente devia pensar mais nisso...


Sobre o Pecado: Ultimas recomendações de Jacinta Marto, a pastorinha de Fátima

Artigo N.º9528 -
Sobre o Pecado: Ultimas recomendações de Jacinta Marto, a pastorinha de Fátima


Sobre o pecado que mais levam almas ao Inferno

– "Os pecados que levam mais almas para o Inferno são os pecados da carne. Hão de vir umas modas que ofenderão muito a Nosso Senhor. As pessoas que servem a Deus não devem andar com a moda. A Igreja não tem modas. Nosso Senhor é sempre o mesmo. Os pecados do mundo são muito grandes. Se os homens soubessem o que é a eternidade, faziam tudo para mudar de vida. Os homens perdem-se porque não pensam na morte de Nosso Senhor e não fazem penitência. Muitos matrimônios não são bons, não agradam a Nosso Senhor e não são de Deus".

Sobre as virtudes cristãs

– "Minha madrinha, não ande no meio do luxo; fuja das riquezas. Seja muito amiga da santa pobreza e do silêncio. Tenha muita caridade, mesmo com quem é mau. Não fale mal de ninguém e fuja de quem diz mal. Tenha muita paciência, porque a paciência leva-nos para o Céu. A mortificação e os sacrifícios agradam muito a Nosso Senhor. A confissão é um sacramento de misericórdia. Por isso é preciso aproximarem-se do confessionário com confiança e alegria. Sem confissão não há salvação. A Mãe de Deus quer mais almas virgens, que se liguem a ela pelo voto de castidade. Para ser religiosa é preciso ser muito pura na alma e no corpo".

– "E sabes tu o que quer dizer ser pura?" – pergunta a madre Godinho. -

"Sei, sei. Ser pura no corpo é guardar a castidade; e ser pura na alma é não fazer pecados; não olhar para o que não se deve ver, não roubar, não mentir nunca, dizer sempre a verdade ainda que nos custe... Quem não cumpre as promessas que faz a Nossa Senhora nunca terá felicidade nas suas coisas. Os médicos não têm luz para curar bem os doentes, porque não têm amor a Deus".

Fonte: http://catolicostradicionais.blogspot.com.br

É...a gente devia pensar mais nisso...

Leia hoje: São Mateus 9,1-8

E seja Feliz!

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Uma Grande Mulher!

Hoje eu vou falar de uma mulher. 

Até hoje, ainda não tinha encontrado uma oportunidade para isso, dada a importância que esta mulher tem em minha vida.

Vou lhes apresentar, hoje, a minha mãe.

Desde que me entendo por gente, essa mulher tem uma presença em minha vida de forma tão característica que é difícil explicar.

Não é uma presença dominadora, ou extravagante, mas vigilante, cuidadosa, amorosa.

Nunca pude olhar a minha mãe sem deixar transparecer por ela o amor, o respeito que sua presença impõe.

Apesar de ser assim tão imponente, essa presença materna nunca 'fez sombra' sobre mim.

Minha mãe sempre foi austera, sem ser rígida.

Firme, sem ser rude.

Nunca vi ninguém respeitar tanto a minha liberdade, e sei o quanto ela sempre rezou por mim, especialmente naqueles tempos em que eu andei 'desgarrado'. Se alguém já leu o livro de Santo Agostinho, "Confissões", saberá do que estou falando, pois aquele santo livro descreve não apenas a vida daquele grande Santo e Doutor da Igreja, mas reflete, em muitas situações, a minha vida e os meus dramas também! Impressionante, não? Então devo acrescentar aqui que foi por meio de sua leitura, que eu encontrei o Caminho de volta. E assim como Santa Monica derramou lágrimas por seu filho, sei que minha mãe as derramou por mim, também.

Mas não importava a dor que lhe inflingisse com meus pecados de filho desobediente e desgarrado da fé. Ela sempre me teve amor e seu sorriso jamais me faltou. Nem sua ajuda, em qualquer situação de minha vida. Eu realmente não me lembro de não ter sido atendido em algo que pedi à minha mãe, nessa vida...

Com meu pai, foi uma relação igual à de tantas outras vidas matrimoniais. Não houve nada de diferente. Um casal que se amava profundamente. Entendiam-se e se conheciam tanto que num olhar se comunicavam. Esta beleza eu guardo em meu coração, e procuro levar para meu casamento. E como isso é difícil! Então vejo, neste estado, a Graça de Deus, que concede aos seus filhos amados e amantes, o beneplácito de Seu Amor, que faz completo o amor humano. 

Minha mãe, assim - e mais, creio eu - como meu pai, vive uma fé profunda, enraizada na Oração, na meditação da Palavra de Deus, na Eucaristia e no amor filial a Maria Santíssima. Não consigo perscrutar ou penetrar esse 'mistério' de amor (sim, eu tento!).

É incrível o que minha mãe consegue com a força de sua oração. Praticamente tudo. Mas, o que ela pede? Nunca nada para si, sempre para nós, filhos e noras e genros e netos. Acho que aí reside um segredo, o de ser sempre atendida por Deus, e estar sempre na Sua Graça, e nada, nunca, ter-lhe faltado, e a nós...

Lembro-me dela durante a doença que vitimou o meu pai, e lembro-me dela no sepultamento...aqueles dias dolorosos que me afetarão até o dia de minha morte...lembro-me dela: parecia tão pequena, então...mas o seu olhar, mesmo vendo-lhe a alma em frangalhos, despedaçada, vazia, o seu olhar negro estava em riste! Atenta a tudo: a nós, filhos, a nossas necessidades, e consolava a  todos, e pude vê-la, diante das lágrimas alheias, permitir-se um sorriso cândido que consolava...ela permaneceu de pé, naquela dor que me derrubou...

Após a partida de meu pai, vi-a tratar dos assuntos do espólio como grande administradora: concentrada e decidida, para não nos fazer sofrer seu sofrimento. E eu, profissional, curvei-me diante de sua autoridade...

Não a vi chorar em momento algum. Insensível? Não! Por alguns meses após o falecimento de meu pai, ela, ao se retirar para seu quarto, trancava a porta (meus pais nunca dormiam com a porta fechada). Sei que ali, no leito nupcial, o grande altar do matrimônio, sei que ali ela chorou. Sei que, ali, ela permitiu desfalecer-se. Mas somente pelo tempo necessário, pois ela sempre nos ensinou que a cada dia vem uma nova esperança.

Como meu pai, minha mãe me ensinou os caminhos da fé. Tive a grande felicidade de tê-la como minha Catequista. Por ela aprendi o significado do Amor a Deus, à Sua Santa Palavra, à Eucaristia, à Sua Santa Mãe, à Sua Igreja.

"Em todas as circunstâncias, dai graças", diz São Paulo. Eis a lição que minha mãe aprendeu cedo, e nos ensinou logo. Nunca a vi lamentar a nossa vida difícil. Quando perdeu a sua mãe, numa batalha contra o câncer, nenhuma reclamação. Depois, durante oito anos com seu pai em uma cama, dando-lhe banho e alimento, nenhum lamento. Durante a doença de meu pai, só nos pedia orações para que ele melhorasse. Em seu sepultamento, silêncio e serenidade. Após, pediu que orássemos por ele e permanecêssemos unidos. Nunca um murmúrio.

Algum leitor desavisado poderá achar que estou floreando e exaltando esta mulher, pois afinal é minha mãe. Na verdade, estou exaltando a Deus que criou esta mulher e a deu a meu pai por esposa, para que ela pudesse vir a ser a minha mãe!

E hoje, no seu aniversário, deixo aqui minha singela homenagem a esta mulher, Euthalia Sampaio!

E não deixo de perceber, em todas as situações que narrei acima, como ela configurou sua vida com a de outra Mulher maravilhosa a quem eu também chamo de Mãe: Mãe Castíssima, Mãe Santíssima, desde que o Seu próprio Filho, do alto de um madeiro a nominou como minha também, dizendo-me: "Filho, eis Tua Mãe!" (Jo 19,27)

Sou feliz hoje, mãe, porque posso olhar para a senhora e ver o Amor de Deus pelos seu olhos, e no seu abraço, sentir o abraço materno de Maria, e na sua voz, a voz cândida do Espírito Santo, e no seu exemplo seguir os passos de Jesus.

"Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus." (Mt 5,16)

Feliz! Feliz! Feliz aniversário, minha mãe!

A Oração de um Santo

Tenho escrito muito, nesses dias, sobre a oração. Eis algo que é fundamental em nossa vida e que pouco praticamos, talvez por não entender o valor sobrenatural das preces, das súplicas, da adoração e do louvor, não para Deus, mas para nossa alma. Ela é quem depende de Deus, como nosso corpo depende do ar. Então, fico muito feliz em poder publicar  aqui este belo texto, sobre esse homem que tive a graça de conhecer e amar, e para quem, hoje, posso também rezar, pedindo sua intercessão a Deus por mim e por vocês.

Aprenda com as virtudes de um Papa santo

Beato João Paulo II vivia mergulhado na oração
Imagem de DestaqueO instinto do povo não se enganava quando, desde o início do pontificado de João Paulo II, via no Papa Wojtyla um homem de Deus. A fé notava-se-lhe no calor sereno e viril da voz, no olhar profundo, afetuoso e calmo, na paz com que abraçava o seu serviço sacrificado e incansável e com que aceitava as adversidades, doenças e dores como vindas da mão de Deus.

A fé, uma fé segura, sólida e feliz, pode-se dizer que lhe saía por todos os poros do corpo e da alma. Acreditava mesmo em Deus, acreditava mesmo em Jesus Cristo, único Salvador do mundo; acreditava plenamente no chamado de todos à salvação que está em Cristo Jesus; acreditava, com confiança de filho, na intercessão da santíssima Virgem Maria, em cujos braços maternos se abandonara muito cedo, declarando-se Totus tuus! - Todo teu!

Diz-se, com toda a razão, que a oração é o espelho da fé. É pela oração que a alma se une a Deus, em plena intimidade; é pela oração amorosamente contemplativa que os traços de Cristo se imprimem na alma; é pela oração que os olhos vêem o mundo, a história, os homens - cada homem - com a própria visão de Deus; e é pela oração que se pode chegar a dizer, como São Paulo: Eu vivo, mas já não sou eu; é Cristo que vive em mim. A minha vida presente, na carne, eu a vivo na fé no Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim (Gál 2, 20).

Pois bem, João Paulo II vivia literalmente mergulhado na oração. E isso, mesmo para os que o ignoravam, se notava de uma forma indisfarçável. Desde o início do seu pontificado - continuando, aliás, com seus antigos hábitos de padre e de bispo - , levantava-se às 5:30 horas e, depois de se arrumar, ia imediatamente à capela para fazer mais de uma hora de oração íntima, ajoelhado diante do sacrário, perante um crucifixo e uma imagem da Virgem Negra de Czestokowa.


Assista também: "O que mais Jesus devia ter feito por você?, com monsenhor Jonas Abib

No seu penúltimo livro, Levantai-vos! Vamos!, o próprio Papa fala da alegria de ter a capela tão perto das dependências onde trabalhava: “A capela fica tão próxima para que na vida do bispo tudo - a pregação, as decisões, a pastoral - tenha início aos pés de Cristo, escondido no Santíssimo Sacramento [...]. Estou convencido de que a capela é um lugar de onde provém uma inspiração particular. É um privilégio enorme poder habitar e trabalhar no espaço dessa Presença, uma Presença que atrai, como um potente ímã”. “Todas as grandes decisões - comentava um dos seus ajudantes - tomava-as de joelhos em frente ao santíssimo Sacramento”.

A capela era, realmente, o ímã constante, irresistível, do dia-a-dia de João Paulo II. Nela, além da oração matutina e da celebração da Santa Missa, rezava todos os dias a Liturgia das Horas. Na capela, muitas vezes, das 9:30 às 11:00 horas, dedicava-se a escrever, anotando sempre no cabeçalho de cada folha uma oração abreviada, uma jaculatória. 
Na capela, guardava o que ele chamava a “geografia da sua oração”, pois, no interior da parte de cima do genuflexório, as freiras que cuidavam da casa pontifícia deixavam centenas de folhas datilografadas, com pedidos de oração pessoal enviados por carta ao Papa por fiéis de todo o mundo, intenções pelas quais fazia questão de rezar. Conta-se que um dos seus secretários, o Pe. John Magee, procurou certa data o Papa nos seus aposentos e não o encontrou. Foi-lhe indicado que o procurasse na capela, mas não o viu. Sugeriram-lhe, então, que olhasse melhor, e lá descobriu efetivamente o Papa, prostrado no chão, em adoração, diante do Sacrário.

Esse clima de oração estendia-se, como uma onda cálida, a todas as atividades do dia. João Paulo II rezava constantemente: entre as diversas reuniões, a caminho das audiências, no carro, num helicóptero… Num terraço do Palácio Apostólico, onde mandara colocar as catorze estações da Via Sacra, praticava essa devoção todas as sextas-feiras do ano e, na Quaresma, todos os dias. Rezava o terço em diversos momentos da jornada, até completar o Rosário.

Um detalhe simpático: só dedicava ao descanso, após o almoço, uns dez minutos; depois dos quais, enquanto outros repousavam, passeava pelos jardins do Vaticano rezando o terço.
Padre Francisco Faus
http://www.padrefaus.org/
(fonte: Cannção Nova)


E seja Feliz!

terça-feira, 3 de julho de 2012

Dê a Nossa Senhora a chave de sua casa

No sonho de Dom Bosco, o Papa fazia com que a barca da Igreja chegasse entre as duas colunas: Maria e a Eucaristia. É preciso consagrar a nossa família e a nossa casa àqueles que são os seus verdadeiros donos. Se você ainda não deu a eles o direito de serem os donos do seu lar, está na hora de fazê-lo! Se as coisas andam erradas, certamente é porque você ainda insiste em ser o dono da sua casa. Quem somos nós para solucionar alguma coisa!

É preciso dar a Nossa Senhora a chave da nossa casa, e fazer com que ela seja a dona. Precisamos consagrar a nossa casa a ela. Não precisa ficar com medo! A primeira coisa que a Virgem Maria vai fazer quando você a constituir dona da sua casa é entronizar Jesus nela. "Entronizar" quer dizer "colocar no trono". Ela vai sentar-se no trono da sua casa e ficará ao lado de Jesus, humilde, olhando para Ele, para nós, para a nossa casa, apontando para Jesus, apresentando-Lhe nossos problemas e as dificuldades.

Há quem diga que estamos idolatrando Nossa Senhora. Não se trata de idolatria. Ela é dona e rainha mesmo, mas sabe qual é o lugar dela. Ela não vai tirar o lugar de Cristo. Ao contrário, irá devolver a Jesus o lugar que Ele não está tendo em nossa casa. Está na hora de consagrar a nossa casa a Virgem Maria. Tenha certeza de que, consagrando-a a ela, a nossa casa será consagrada a Jesus, o Senhor.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" de monsenhor Jonas Abib)

Leia hoje: Salmo 116

E seja Feliz!

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Conversando Com Um Amigo

"Senhor,

Há momentos em minha vida que eu não consigo compreender porque sinto o que sinto agora...não vou me colocar diante de Ti para reclamar, murmurar. Não. Apenas venho aqui para buscar um amigo. E conversar, sabe? Abrir o coração. Tu és bom nisso: olhar o nosso coração por dentro, e reconhecer as mazelas humanas, sem que falemos delas para Ti.

Sei de muitas pessoas que vêm falar comigo, felizes e realizadas, porque Tu as consolaste e deste-lhes vida nova. Caramba! Isso é muito legal! Elas me dizem que estavam 'numa pior': arruinadas, desgostosas da vida, deprimidas, pensando em suicídio e tudo, e Tu as curaste a alma, e de tal maneira que elas não conseguem mais enxergar seus dramas. Foi como se eles nunca tivessem existido!

Não sinto inveja delas, não. Fico feliz. Mas não deixo de pensar que se somos indignos para nos aproximar de Ti, como faríamos se Tu mesmo não Te fizeste mais indigno ainda, Tu, Deus Imortal e Eterno, Todo-Poderoso, rebaixando-se à nossa miséria para simplesmente ficar perto de nós?

Eis-me aqui, então. Tu Te colocas aqui, neste Tabernáculo, neste sacrário, e sei que me esperavas, hoje, vir falar contigo. Tu sabes tudo, não é verdade? Então eu sei que Tu me esperavas, e isso é muito reconfortante.

Sim, é muito reconfortante quando estamos tristes ou abatidos, saber que alguém está atento em nós, e nos espera para poder ouvir o que temos a dizer.

Apesar de eu nada estar dizendo de mim mesmo, sei que Tu me sondas, agora. Pois nada Te é oculto. Tu sabes tudo, antes mesmo que aconteça Tu já conheces. 

Então, meu Senhor e meu Deus, eu venho hoje aqui derramar meu coração cansado a Teus pés; para conversar conTigo e deixar-me abandonar no silêncio desta Igreja, só Tu e eu...

Queria ficar aqui o tempo que fosse necessário para me sentir curado e limpo de minhas mazelas e pesares, mas mesmo que não possa, peço-Te, meu Jesus, que continues caminhando comigo, nas ruas barulhentas e no meio de pessoas com quem nem sempre desejaria estar, pois mesmo sabendo que são meus irmãos, sinto que eles não se preocupam conTigo, e se não Te têm como Pai, como poderei me considerar irmão deles? Mas Tu assim o desejas; Tu desejas que todos sejamos um conTigo, e eu me esforço, mas Tu sabes que isso me custa sofrer um pouco, e às vezes muito. Mas tudo bem. Sei que Te devo isto, quando olho para Ti na cruz, e vejo o que sofreste para me mostrar o quanto me amas e o quanto desejas ficar perto de mim.

Obrigado, meu Grande Amigo! Obrigado por estar sempre aqui; por estar sempre me aguardando, e por me receber sempre com tanto carinho! Tu és o meu Melhor Amigo! E é legal que mais que meu Amigo, és também o meu Deus!

Não és um Deus distante, como algumas pessoas dizem, tão maldosamente. Nem és injusto. És Amigo. E sei que sofres por não seres compreendido pelos Teus outros filhos que tanto amas como a mim.

Quando alguém me despreza, é um sentimento muito ruim que me invade. Então, sendo Tu Deus e Eterno, o que não deves sofrer!

De minha parte, tento fazer o possível para que eles entendam que Tu és maravilhoso, mas alguns têm o coração tão fechado...

Se eles soubessem como Tu és perito em corações...

Bem, meu Amigo...preciso ir. Mas não Te deixo. Antes, peço-Te que me acompanhes em espírito, e assim possamos continuar esta conversa tão agradável. Obrigado, Senhor, por estar sempre por aqui!"