quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Cada Novo Dia

A cada novo dia precisamos reavaliar nossas metas, ainda que elas permaneçam as mesmas de sempre, pois a cada novo dia, temos uma nova perspectiva!

Já reparou como sempre estamos mudando de opinião sobre os mesmos assuntos? Não digo que sejamos todos volúveis, mas que, ao estarmos abertos para a realidade vivida por nós, ela nos mostrará sempre uma nova idealidade, um novo rumo, uma nova face.

É algo de muito bom, mas também é perigoso, pois uma escolha insensata nos levará para longe de nossos ideais.

Por isso, a cada novo dia devemos estar, sim, abertos às realidades que nos serão trazidas com o sol que se levanta, mas sempre atentos à busca do que melhor nos fará chegar à nossa meta.

Nunca deixe de levantar e agradecer a Deus pelo novo dia; pela nova oportunidade que ele lhe concede para retificar seus erros, e aprimorar suas virtudes. Isso eu aprendi com meu pai, que, a cada manhã, saía para o quintal, levantava seus braços aos céus e cantava o Salmo 85:

"De todo o coração eu vos louvarei, ó Senhor, meu Deus, e glorificarei o vosso nome eternamente."

Então,  ele era feliz, e feliz espero esteja na Eternidade, junto Àquele que sempre lhe foi a força de viver!

Leia hoje: Salmo 85

E seja feliz!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Compromisso é Decisão

Há alguns dias estive em uma situação de decisão.

O complicado em nossa vida, às vezes, é que não podemos sempre fazer tudo o que queremos, mas costumamos (e devemos) aceitar isso bem.

Agora, quando é para servir a Deus, em geral, nunca vai ser como pretendemos! O Senhor sempre nos pedirá algo que fará com que nos defrontemos com nossa própria personalidade, e isso sempre nos choca.

É por isso que, em geral, muitas pessoas evitam o compromisso com o Senhor. Para não saírem do comodismo em que vivem. Isso é pecado, senão da preguiça, da omissão!

Deus tem primazia sobre nosso ser, sempre que O deixarmos agir em nós e por nós. E aí entra a dificuldade: para Deus agir em nós, precisamos aceitá-lO, sem reservas!

E qual é o ser humano, nesta terra, que pode fazer isso? Só conheço dois: Jesus, o Filho de Deus feito homem, que cumpriu com perfeição a Vontade do Pai, e Sua Mãe, a Virgem Maria, perfeita criatura, que com Seu 'sim' mergulhou inteiramente no Mistério Trinitário: Filha de Deus (Pai), Mãe de Deus (Filho), Esposa de Deus (Espírito Santo).

Não considerar-se digno para assumir um determinado compromisso, pode ser até normal, mas ter medo de compromisso e não querer assumir nada na vida é imaturidade.

Por exemplo: ter medo de casar. Se amamos nosso(a) companheiro(a), queremos assumir o compromisso, e não adiá-lo. Contrário a isso, é porque não ama o suficiente. É preciso esperar o tempo certo, ou decidir-se por não casar.

Assumir compromisso com Deus é diferente: Se acreditamos, se realmente confiamos, o Senhor nos compensará, com a Sua Graça, onde nosso lado humano falhar. Ele nos chamou, Ele nos amou primeiro. Dele é a missão. Ele nos dará as graças, tantas quantas forem necessárias para que cumpramos aquilo a que Ele nos vocacionou. Nós somos o 'lado fraco da corda'. Mas Deus é sempre fiel.

Se não confiamos, é porque não amamos o suficiente. E podemos estar nos enganando.

Corremos o risco, então, de ser uma 'casca' de cristão, com um 'nada' no interior. "Santos de pau oco", como dizia a minha avó.

Precisamos assumir nossa fé, e fé sem obras é morta. Pois as obras indicam compromisso assumido convictamente, experienciado, no amor de Deus!

Leia hoje: Lucas 10, 21-24

E seja feliz!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A Medalha Milagrosa

No dia 27 de Novembro celebramos a memória da Mãe de Deus, Maria Santíssima, sob o título de Nossa Senhora das Graças. São Luis Maria Grignon de Monfort afirma, em sua obra "Tratado da Verdadeira Devoção à Maria Santíssima" que Deus somente derrama Suas graças no mundo e aos homens através de Maria. Ela é a "Medianeira de Todas as Graças".

O Artigo abaixo foi colhido do site da Canção Nova e nos fala um pouco sobre os significados dos símbolos embutidos na Medalha.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Imagem de DestaqueA teologia da medalha milagrosa
O amor imenso do Salvador e de sua Mãe por todos os remidos

Em 1830, no dia 27 de novembro, deu-se a aparição de Maria a Santa Catarina Labouré, da Congregação das Filhas da Caridade, à Rue du Bac 140 em Paris. Nessa ocasião a Mãe de Jesus mostrou o modelo da medalha que ela desejava fosse cunhada como sinal de grandes graças que ela obteria junto de seu divino Filho.
Esta Medalha traz inúmeras mensagens e a primeira delas é atinente a Imaculada Conceição de Maria, dogma que seria proclamado dia 8 de dezembro de 1854, por Pio IX, na Bula Ineffabilis Deus. As mãos abertas da Medianeira de todas as graças é outra grande lição. É o resumo do papel da Virgem Maria na história da salvação, no Evangelho. Adite-se a cruz de Cristo nela, sacrificado pelos homens e Maria exemplo de fé ao pé da cruz, representada pelo M de seu nome.

O coração de Jesus e de Maria a atestar o amor imenso do Salvador e de Sua Mãe por todos os remidos. As doze estrelas lembrando a mulher do Apocalipse (cf. Ap 12,1). Ela é aquela que deu nascimento ao corpo humano de Cristo e à Igreja, que dá nascimento aos batizados que formam o Corpo Místico de Jesus. Como as 12 estrelas lembram também as 12 tribos de Israel e os doze apóstolos, a medalha milagrosa tem um aspecto também profundamente missionário. Adite-se que no século XIX imperava por toda parte a negação de Deus com o endeusamento da Ciência, que pretendia responder a todas as questões religiosas e filosóficas.

A literatura da época estava impregnada de ateísmo, levando as mentes ao irracional e ao fantástico. Além disso, quando, em 1830, ia se instalar um regime político antirreligioso, desenvolvendo uma forma de capitalismo liberal particularmente materialista, a Virgem então propõe não um objeto científico, mas um objeto simples, uma medalha a falar das realidades celestes. A difusão dessa peça se dá no momento também de uma renovação do Catolicismo social com Frederico Ozanam e as Conferências de São Vicente de Paulo.

Ocorria uma vitalidade da reflexão universitária e literária católica. Tudo isso era reforçado com a medalha que mostrava a intervenção de Deus na história não só da França, mas de todo o mundo.

O Arcebispo de Paris, a quem Catarina Labouré levou o pedido de Nossa Senhora para que se cunhassem as medalhas, percebeu a riqueza doutrinária que ela continha. Em 1832 houve a primeira distribuição dessas peças por ocasião da epidemia da cólera que dizimava a capital francesa. As primeiras 20 mil medalhas foram confeccionadas em 1830, ano em que esta epidemia, vinda da Rússia através da Polônia, irrompeu em Paris a 26 de março, ceifando vidas, num imenso cântico fúnebre. Num só dia houve 861 mortes.

No total foram registradas oficialmente 18.400 mortes, porém, na realidade, houve mais de 20 mil. As descrições da época são aterradoras: em quatro ou cinco horas, o corpo de um homem em perfeita saúde reduzia-se ao estado de um esqueleto.

Como se fora num abrir e fechar de olhos, jovens cheios de vida tomavam o aspecto de velhos carcomidos, e logo depois não eram senão cadáveres. Nos derradeiros dias de maio, a epidemia parecia recuar. Na segunda quinzena de junho, no entanto, um novo surto da doença redobra o pânico do povo. Mas, finalmente, no dia 30 de junho, a Casa Vachette entrega as primeiras 1.500 medalhas, que são distribuídas pelas Filhas da Caridade e abrem o cortejo sem fim das graças e dos milagres: Curas maravilhosas se deram e a epidemia foi debelada.

Houve depois a conversão de Alfonso Ratisbona do Judaísmo para o Cristianismo e ele se pôs a trabalhar para a aproximação dos judeu-cristãos.

A Igreja falava na santa medalha, mas o povo logo a chamou de medalha milagrosa. Quando Santa Catarina Labouré faleceu dia 31 de dezembro de 1876 já um bilhão de medalhas tinham sido distribuídas. Cumpre se lembre sempre que a Santa Igreja chama de “sacramental” alguns objetos abençoados pelo sacerdote, tais como: as medalhas milagrosas e de São Bento, o escapulário de Nossa Senhora do Carmo e o terço. Não transmitem por si mesmos a graça como os sacramentos, mas penhoram as bênçãos divinas e ajudam os cristãos a progredir na fé, na esperança, na prática das outras virtudes e na vida de oração.
Cônego José Geraldo Vidigal de Carvalho

Leia hoje: Lc 21, 29-33

E seja feliz!

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Meditações sobre a Cruz (II)

Do alto da Tua cruz, Tu me olhas...
E Teus olhos estão marejados de sangue e lágrimas...
Teus olhos me parecem dizer "sofro por ti”
"para não te ver sofrer
pois fui eu que te dei a vida
e desde toda a Eternidade te ameI
agora estou aqui, preso nesta cruz
para que sejas livre.
Estou angustiado,
para que sejas feliz...
Morro, enfim, em meio às dores
para que vivas e tenhas a minha Paz!”

Leia hoje: Sl 50

E seja feliz!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ORAÇÃO DO MÚSICO

Hoje é dia do Músico, então levanto a Deus uma prece, em ação de graças por este belíssimo dom que Deus me deu, e a tantos talentos maiores do que eu:

"Deus Todo-Poderoso, que nos destes a vida, os sons da natureza, o dom do ritmo, do compasso e da afinação das notas musicais, dai-me graça de conseguir técnica aprimorada em meu instrumento, a fim de que eu possa exteriorizar meus sentimentos através dos sons. permiti, Senhor, que os sons por mim emitidos sejam capazes de acalmar nossos irmãos perturbados, de curar os doentes e de animar os deprimidos; que sejam brilhantes como as estrelas e suaves como o veludo. Permiti, Senhor, que todo o ser que ouvir o som do meu instrumento sinta-se bem e pressinta a vossa Presença. amém." (Ayrton Vilaça)

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Princesa Isabel - Santa?

Artigo de Dom Antônio Augusto Dias Duarte, Bispo Auxiliar da Arquidiocese do Rio de Janeiro, é elucidativo, para que conheçamos nossa primeira regente, nos idos do Império, e cujo testemunho de vida e de fé, podem levá-la aos altares.

"Comecei a escrever esse artigo no dia 14 de novembro de 2011, sabendo que há 90 anos falecia, em Paris, a primeira mulher que governou o Brasil, a princesa Isabel Cristina Leopoldina Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança. Era também uma segunda-feira, e no Castelo d’Eu, na Província da Normandia, em consequência de uma insuficiência cardíaca agravada por congestão pulmonar, a três vezes regente do Império brasileiro pronunciava o seu definitivo “sim” a Deus, aceitando a morte bem longe de sua amada pátria, o Brasil.

No seu testamento feito em Paris, no dia 10 de janeiro de 1920, encontram-se os seus três grandes amores. Assim se lê nesse documento revelador: “Quero morrer na religião Católica Apostólica Romana, no amor de Deus e no dos meus e de minha pátria”.
Inseparáveis no coração de mulher, de mãe e de regente, esses amores, vividos com fidelidade e heroísmo, constituíram o núcleo mais profundo de seu caráter feminino, sempre presente na presença régia dessa mulher – esposa, mãe, filha, irmã, cidadã – e, sobretudo, na sua função de uma governante incansável na consecução de uma causa que se arrastava lentamente no Império desde 1810: a libertação dos escravos pela via institucional, sem derramamento de sangue.
Conhecendo com mais detalhes a vida dessa regente do Império brasileiro e conversando com várias pessoas sobre a sua possível beatificação e canonização num futuro próximo, fico admirado com suas qualidades humanas e sua atuação política, sempre inspirada pelos princípios do catolicismo, e, paralelamente, chama-me atenção o desconhecimento que há no nosso meio cultural e universitário sobre a personalidade dessa princesa brasileira.

Sabemos que sua atuação política, inspirada pelos ensinamentos evangélicos, não foi bem acolhida na corte e na sociedade da sua época, quando a economia brasileira dependia desse sistema escravagista tão indigno do ser humano. Sabemos que sua vida católica profunda e ao mesmo tempo muito prática incomodava, a tal ponto que comentários pejorativos – tal como acontece ainda hoje quando se é autenticamente católico – sobre sua “beatice” eram muito frequentes entre os políticos da sua época. Sabemos que as suas ações beneméritas e de caridade cristã não só a levaram a abraçar essa causa abolicionista, mas também a varrer a Capela Imperial de Glória (a Igreja do Outeiro) com as mulheres escravas e a viver com constância duas das inúmeras preocupações cristãs: rezar pelo Brasil e pela conversão dos ateus.


O que sobressai nesse saber histórico e nos permite falar e agir no sentido de abrir um processo canônico de beatificação dessa primeira mulher governante do Brasil é a sua fé firme, a sua fervorosa caridade e a sua inabalável esperança cristã, que a conduziram por um caminho muito característico das pessoas que respondem à chamada, presente no sacramento do Batismo, santidade. O caminho da defesa da dignidade e dos autênticos direitos humanos, tão necessário para a construção de um país onde a justiça social e a paz entre os homens fortalecem as relações entre todas as classes sociais, não é apenas uma atitude política, mas é uma ação própria dos santos de todos os tempos e, principalmente, da nossa época moderna e pós-moderna.


A princesa Isabel, como católica, esposa, mãe e governante do Brasil, sabia muito bem que a fé, a esperança e a caridade cristãs não conduzem a um refúgio no interior das consciências ou não são para serem vividas somente entre as quatro paredes de uma igreja, mas comprometem os católicos na busca incansável de soluções para os grandes problemas sociais da época da história na qual vivem.


Foi por isso que a princesa Isabel mereceu a mais suma distinção da Igreja Católica, a Rosa de Ouro, conferida pelo Papa Leão XIII, em 28 de setembro de 1888, um prêmio que é análogo ao atual Prêmio Nobel da Paz, e até hoje foi a única personalidade brasileira a receber essa comenda, guardada no Museu de Arte Sacra do Rio de Janeiro.


Os passos que começaram a ser dados para a abertura do processo de beatificação da princesa Isabel na Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro estão perfeitamente sincronizados com as reais necessidades do nosso país, governado hoje pela segunda mulher brasileira. Ontem, como hoje, a promoção da vida dos mais marginalizados no Brasil, a defesa do “ventre livre”, onde as crianças podem desenvolver-se sem a entrada de máquinas aspiradoras e assassinas das suas vidas, a atenção social e econômica mais urgente com os “escravos do álcool, do crack, dos antivalores” que acabam com boa parte da juventude brasileira, a tolerância e o respeito pela pluralidade religiosa e a abertura ao diálogo sincero entre as diversas camadas sociais são prioridades que devem ser atendidas num esforço comum entre católicos, evangélicos, muçulmanos, judeus, seguidores das religiões africanas, enfim, por todos que têm amor pelos seus entes queridos e pelo Brasil à semelhança da princesa Isabel.


Para que no Brasil se respire a verdadeira liberdade e haja realmente unidades pacificadoras no meio das cidades espalhadas, e não em comunidades cariocas dominadas pelo tráfico de drogas, urge ter homens e mulheres, como a princesa Isabel, o frei Galvão, a irmã Dulce etc., que com suas vidas exemplares na fé, na esperança e na caridade, sejam testemunhas vivas da santidade, que não passou de moda, pois os santos continuam sendo os grandes conquistadores e construtores do mundo onde a humanidade pode habitar.


Vale a pena considerar com pausa e reflexão essa chamada feita no início do Terceiro Milênio pelo saudoso Papa João Paulo II para a hora em que estamos vivendo na Igreja.


“É hora de propor de novo a todos, com convicção, essa medida alta da vida cristã ordinária: toda a vida da comunidade eclesial e das famílias cristãs deve apontar nessa direção (...). Os caminhos da santidade são variados e apropriados à vocação de cada um” (cf. Carta Apostólica no início do Novo Milênio, beato João Paulo II, n. 31, 6.1.2001)." - fonte: Arquidiocese do Rio de Janeiro
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Leia hoje: Is 55

E seja feliz!