segunda-feira, 13 de julho de 2015

Como será a grande provação da Igreja? (Prof. Felipe Aquino)

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O Catecismo da Igreja afirma com todas as letras que antes do Cristo voltar – e que ninguém sabe quando será – a Igreja passará por uma terrível provação. Jesus chegou a dizer que nem Ele e nem os anjos sabem quando será a Sua volta. Diz o Catecismo:

“Antes do advento de Cristo, a Igreja deve passar por uma provação final que abalará a fé de muitos crentes (Mt 24,12). A perseguição que acompanha a peregrinação dela na terra (Lc 21,12; Jo 15,19-20) desvendará o “mistério de iniquidade” sob a forma de uma impostura religiosa que há de trazer aos homens uma solução aparente a seus problemas, à custa da apostasia da verdade. A impostura religiosa suprema é a do Anticristo, isto é, a de um pseudomessianismo em que o homem glorifica a si mesmo em lugar de Deus e de seu Messias que veio na carne” (2Ts 4-12; 1 Ts 5,2-3; 2Jo 7; 1Jo 2,18.22). (n. 675)
A provação final será do tipo que “abalará a fé de muitos crentes”. Jesus perguntou: “Mas quando vier o Filho do homem, acaso achará fé sobre a terra?” (Lc 18,8). E disse que: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas que seduzirão a muitos. E, ante o progresso crescente da iniquidade, o amor de muitos esfriará. Aquele, porém, que perseverar até o fim será salvo. E este Evangelho do Reino será proclamado no mundo inteiro, como testemunho para todas as nações. E então será o Fim” (Mt 24,11-14).
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O que abalará a fé de muitos crentes será uma “impostura religiosa” de falsos profetas, isto é, uma falsa religião, uma falsa doutrina, que trará uma “solução aparente dos seus problemas” e, sobretudo a “apostasia da verdade”. A grande mentira será a “glorificação do homem” no lugar de Cristo. Não há como negar que vemos tudo isso acontecer hoje, aumentando a cada dia.

Essa provação já começou há muito tempo, e se intensifica. Já o ateu Ludwig Fuerbach (†1872), filósofo alemão discípulo de Engels, já dizia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Nietsche, discípulo de Fuerbach, filósofo ateu, que morreu num hospício, falava da “morte de Deus” e do evento do “super homem”. Esses filósofos ateus e materialista impregnaram o mundo, sobretudo universitário, desse messianismo em que “o homem se glorifica a si mesmo” no lugar de Cristo. Eles são lidos por muitos universitários hoje.
Quando São Paulo escreveu aos tessalonicenses falando da segunda vinda de Cristo, deixou claro que os que se perderem, será por causa da “apostasia da verdade”. Leia com atenção o que São Paulo disse:
“Porque primeiro deve vir a apostasia, e deve manifestar-se o homem da iniquidade, o filho da perdição, o adversário, aquele que se levanta contra tudo o que é divino e sagrado, a ponto de tomar lugar no templo de Deus, e apresentar-se como se fosse Deus.”
São Paulo alerta que “o homem da iniquidade” “usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, “por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar… Desse modo, serão julgados e condenados todos os que não deram crédito à verdade, mas consentiram no mal” (2Ts 2, 9-11).
São Paulo insiste na questão da verdade. “Serão condenados todos os que não deram crédito à verdade”. Jesus ensinou que “a verdade vos libertará”. Ele disse a Pilatos que “veio ao mundo para dar testemunho da verdade”.
O demônio é “o pai da mentira” (Jo 8,44), e é especialista nesta arte de enganar os homens; mas Cristo o desmascara. O demônio usará de todas as seduções e mentiras para desviar os fiéis da “verdade que salva”, que Jesus trouxe ao mundo. Vemos o que diz o Catecismo: há um “levante contra tudo o que é divino e sagrado”.
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A verdade que nos salva, que Jesus pregou, os Apóstolos registraram nos Evangelhos e a Igreja ensina pelo seu Sagrado Magistério que Jesus institui para não nos deixar errar o caminho da salvação. Ele confiou esta Verdade salvífica aos Apóstolos, e lhes garantiu na Santa Ceia que nunca se enganariam: “Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade” (João 16,13). “Quem vos ouve a Mim ouve, quem vos rejeita a Mim rejeita” (Lc 10,16). “Não temas pequeno rebanho, foi do agrado do Pai dar-vos o Reino” (Lc 12,32).

O nosso Catecismo garante que “Cristo quis conferir à Sua Igreja uma participação em sua própria infalibilidade, ele que é a Verdade” (n.889). “O ofício pastoral do Magistério está, assim, ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que liberta. Para executar esse serviço Cristo dotou os pastores do carisma de infalibilidade em matéria de fé e de costumes” (n. 890); e diz que goza dessa infalibilidade o Papa quando proclama um dogma e o Colégio dos Bispos quando se manifesta em um Concílio Ecumênico (cf. n.891).
Então, para nos livrarmos dos enganos e seduções de Satanás, pela mentira, pelo erro de doutrina que se propaga cada vez mais, pelos falsos profetas, cada vez mais abundantes, um meio seguro para a nossa salvação é o Catecismo da Igreja, que nos explica as verdades da Sagrada Escritura. Quando o Papa São João Paulo II o aprovou, em 1992, disse: “Este Catecismo lhes é dado a fim de que sirva de texto de referência, seguro e autêntico, para o ensino da doutrina católica” (Const. Fidei Depositum).
É aqui, meus irmãos e irmãs, que temos a âncora da verdade que nos livrará de todas as seduções mentirosas do mal, hoje e na hora da volta gloriosa de Cristo Nosso Senhor.
Prof. Felipe Aquino

sexta-feira, 5 de junho de 2015

O segredo da Sagrada Eucaristia (Prof. Felipe Aquino)

A Sagrada Eucaristia é um “segredo” que muitos cristãos ainda não conhecem com profundidade, por isso, não se beneficiam plenamente das suas graças. Há dois mil anos, Jesus está no meio de nós, escondido, e muitos ainda não O conhecem. O Papa São João Paulo II disse que “a Igreja vive de Jesus Eucarístico, por Ele é nutrida; por Ele é iluminada”. (Ecclesia de Eucaristia, 6).
O nosso Catecismo diz: “A Eucaristia é o coração e o ápice da vida da Igreja, pois nela Cristo associa sua Igreja e todos os seus membros a Seu sacrifício de louvor e de ação de graças oferecido, uma vez por todas, na cruz a Seu Pai; pelo Seu sacrifício, Ele derrama as graças da salvação sobre Seu corpo, que é a Igreja” (cf. n.1407).
Por que Jesus se esconde na Eucaristia? Muitos ficam angustiados, porque Ele esconde Sua Glória na Eucaristia. Mas Ele precisa fazer isso, para que o brilho de Sua Majestade não ofusque a nossa vista, impedindo-nos de chegar a Ele. O Senhor não pode mostrar o fulgor de Sua Glória, porque se o mostrasse, nós morreríamos. Nem mesmo podemos olhar para o Sol ao meio-dia! Ele se esconde para podermos nos achegar a Ele sem medo.
Jesus desce até o nada na hóstia para que desçamos com Ele e sintamos profundamente o que Ele disse: “Vinde a Mim, aprendei de mim que sou manso e humilde de coração”. O amor exige a presença do Amado, a comunhão de bens e a união perfeita; por isso Jesus quis ficar na Eucaristia para estar conosco. Ele nos ama profundamente.
A Eucaristia é a maior prova de amor de Jesus. Ele a instituiu na noite em que foi traído. Deus quis ficar conosco para sempre, por causa de nossa fraqueza e miséria: “Eis que Eu estou convosco todos os dias”. (Mt 28,20). Por isso Ele pede: “Permanecei em Mim e Eu permanecerei em Vós, porque sem Mim nada podeis fazer” (Jo 15,4-5).
Santo Agostinho disse que “Jesus, sendo Deus onipotente, não pôde dar mais; sendo sapientíssimo, não soube dar mais; e sendo riquíssimo, não teve mais o que dar.”
Jesus, no Sacrário, é o prisioneiro do Seu amor por nós. Pesava-Lhe a ideia de nos abandonar neste vale de lágrimas sem a Sua companhia. Por nós, Ele oferece ao Pai, continuamente, as Suas chagas, o Seu Sangue e Seu aniquilamento. Ele é a Hóstia, isto é, “vítima oferecida em sacrifício permanente”. Ali, Ele continua a salvar o homem de forma pessoal e misteriosa; ensina-nos a sermos humildes. Do Sacrário, Ele governa o universo com amor. Não sofre mais na Hóstia, mas está em permanente estado de sacrifício. Ali, Ele se compadece de todos que se aproximam, porque a todos quer salvar. Não há dor que não seja amenizada diante d’Ele. São Paulo relata o que recebeu de Jesus:
“O Senhor Jesus, na noite em que foi entregue, tomou o pão e, dando graças, partiu-o e disse: ‘Tomai e comei; isto é o meu corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim’. Igualmente também, depois de ter ceado, tomou o cálice e disse: ‘Este cálice é o novo testamento no meu sangue; fazei isto em memória de mim todas as vezes que o beberdes'” (1Cor 11,23-29).
Na Santa Missa, temos a perpetuação, a atualização, a presentificação do sacrifício da cruz (Cat. n. 1323); a Missa nos une à liturgia do céu e antecipa a vida eterna; é o céu na terra (n. 1326).
A multiplicação dos pães e o milagre das bodas de Caná são sinais da Eucaristia.
Santo Inácio de Antioquia, mártir do império romano (†102), disse: “Esforçai-vos, portanto, por vos reunir mais frequentemente, para celebrar a Eucaristia de Deus e o seu louvor. Pois quando realizais frequentes reuniões, são aniquiladas as forças de Satanás e se desfaz seu malefício por vossa união na fé. Nada há melhor do que a paz, pela qual cessa a guerra das potências celestes e terrestres.” (Carta aos Efésios)

Quanto mais amarmos Jesus Eucarístico, mais seremos semelhantes a Ele. Se Ele pudesse, sem dúvida, derramaria lágrimas copiosas no Sacrário por cada um de nós.
Foi preciso que um ladrão adorasse Sua divindade e proclamasse Sua inocência; foi preciso que a natureza chorasse o seu Criador, já que os homens não o fizeram.
À Consolata Bertone Ele perguntou: “O que mais Eu poderia ter feito por vós?”.
Ninguém é digno de receber Deus em Seu Corpo e Alma, mas Ele quer vir a nós. Então, precisamos comungar com as “disposições necessárias”, isto é, estar em “estado de graça”, sem pecados graves, recebe-Lo com profunda devoção e fazer a ação de graças ao menos por quinze minutos. Sem isso, a presença d’Ele em nossa alma não produzirá os frutos de salvação.
Não se preocupe em sentir nada na comunhão; apenas creia pela fé. Ele disse: “Isso é o meu corpo”. Basta. Não precisamos de mais nada. “Felizes aqueles que creem sem ter visto… Não seja incrédulo, mas homem de fé” (Jo 20, 28-29).
São Cirilo de Jerusalém (315-386), nas suas pregações na Basílica do Santo Sepulcro, falava aos fiéis: “Ao comungarmos o Corpo de Cristo, tornamo-nos “cristóforos”, ou seja, portadores de Cristo”.
Santo Agostinho (354-430) chamava a Eucaristia de “o pão de cada dia, que se torna como o remédio para a nossa fraqueza de cada dia.” E ainda: “Ó reverenda dignidade do sacerdote, em cujas mãos o Filho de Deus se encarna como no Seio da Virgem”. “A virtude própria deste alimento divino é uma força de união que nos une ao Corpo do Salvador e nos faz seus membros, a fim de que nos transformemos naquilo que recebemos”.
São Cipriano de Cartago (†258), durante a perseguição romana, dizia: “Os fiéis bebem diariamente do cálice do Senhor, para que possam também eles derramar o seu sangue por Cristo” (Epistola 56, n. 1).
Todos os Santos foram devotos da Eucaristia; aprendamos com eles:
São Jerônimo (348-420), doutor da Igreja, assim falou da Missa: “Nosso Senhor nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa: o que mais vale é que nos dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-Lhe e que, entretanto, nos é necessário”.
São João Maria Vianney, patrono dos párocos: “Se conhecêssemos o valor do Santo Sacrifício da Missa, que zelo não teríamos em assistir a ela!”. “Cada Hóstia consagrada é feita para se consumir de amor em um coração humano”.
São Bernardo de Claraval (1090-1153), doutor da Igreja: “Fica sabendo, ó cristão, que mais merece ouvir devotamente uma só Missa do que distribuir todas as riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra”. “A comunhão reprime as nossas paixões: ira e sensualidade principalmente”. “Quando Jesus está presente corporalmente em nós, ao redor de nós, montam guarda de amor os anjos”.
Santa Teresa D’Avila (1515-1582), doutora da Igreja: “Não há meio melhor para se chegar à perfeição”.“Não percamos tão grande oportunidade para negociar com Deus. Ele [Jesus] não costuma pagar mau a hospedagem se o recebemos bem”. “Devemos estar na presença de Jesus Sacramentado, como os Santos no céu, diante da Essência Divina”. “É pelo preparo do aposento que se conhece o amor de quem acolhe o seu amado”, dizia Santa Tereza.
São Tomás de Aquino (1225-1274): “A Comunhão destrói a tentação do demônio”.
São João Crisóstomo (349-407), doutor da Igreja: “A Eucaristia dá-nos uma grande inclinação para a virtude, uma grande paz e torna mais fácil o caminho para a santificação”.“Deu-se todo não reservando nada para si”. “Não comungar seria o maior desprezo a Jesus que se sente “doente de amor” (Ct 2,4-5)”.
Santo Ambrósio (340-397), doutor da Igreja: “Eu que sempre peco, preciso sempre do remédio ao meu alcance.”
São Gregório Nazianzeno (330-379), doutor da Igreja: “Este pão do céu requer-se que se tenha forme. Ele quer ser desejado”.“O Santíssimo Sacramento é fogo que nos inflama, de modo que, retirando-no do altar, espargimos tais chamas de amor que nos tornam terríveis ao inferno.”
Santo Agostinho (354-430), doutor da Igreja: “Ele se esconde, porque quer ser procurado”. “Não somos nós que transformamos Jesus Cristo em nós, como fazemos com os outros alimentos que tomamos, mas é Jesus Cristo que nos transforma n’Ele”. “Na Eucaristia, Maria perpetua e estende a sua maternidade.”
Santo Afonso de Ligório (1696-1787), doutor da Igreja: “A comunhão diária não pode conviver com o desejo de aparecer, vaidade no vestir, prazeres da gula, comodidades, conversas frívolas e maldosas. Exige oração, mortificação e recolhimento.”
“Ficai certos de que todos os instantes da vossa vida, o tempo que passardes diante do Divino Sacramento será o que vos dará mais força durante a vida, mais consolação na hora da morte e durante a eternidade”.
Santa Maria Madalena de Piazzi: “Tempo mais apropriado para crescer no amor de Deus”.”Os minutos que vêm depois da comunhão – dizia a santa – são os mais preciosos que temos em nossa vida; os mais apropriados de nossa parte para entender-nos com Deus e, da parte de Deus, para comunicar-nos o seu amor”.
Santa Teresinha (1873-1897), doutora da Igreja: “Não é para ficar numa âmbula de ouro, que Jesus desce cada dia do céu, mas para encontrar um outro céu, o da nossa alma, onde ele encontra as sua delícias”.
“Quando o demônio não pode entrar com o pecado no santuário de uma alma, quer, pelo menos, que ela fique vazia, sem dono e afastada da comunhão.”
Santa Margarida Maria Alacoque: “Nós não saberíamos dar maior alegria ao nosso inimigo, o demônio, do que afastando-nos de Jesus, o qual lhe tira o poder que ele tem sobre nós.”
São Filipe Neri: “A devoção ao Santíssimo Sacramento e a devoção à Santíssima Virgem são, não o melhor, mas o único meio para se conservar a pureza. Somente a comunhão é capaz de conservar um coração puro aos 20 anos. Não pode haver castidade sem a Eucaristia.”
Santa Catarina de Gênova: “O tempo passado diante do Sacrário é o tempo mais bem empregado da minha vida”.
São João Bosco: “Não omitais nunca a visita a cada dia ao Santíssimo Sacramento, ainda que seja muito breve, mas contanto que seja constante.”
Chiara Lubic: “Enquanto existir a Eucaristia eu nunca estarei só. Enquanto existir um sacrário, não terei solidão”.
É preciso preparar-se para receber Jesus.

Prof. Felipe Aquino

quarta-feira, 3 de junho de 2015

O tempo certo para o relacionamento sexual

“Todo mundo sabe que sexo é bom e faz bem, mas o mau uso dele deixa marcas impagáveis”
Até há pouco tempo, havia uma concepção machista (e errônea) que dizia ser necessário ao homem transar o mais cedo possível. Já para a mulher, recomendavam guardar-se para evitar os falatórios e ser valorizada pelo marido depois de casada. Hoje, já não se observa tanto essa postura, uma vez que os valores foram sufocados por uma mentalidade liberalista, fruto de uma sociedade paganizada.
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Nosso corpo é sagrado, no sentido de ser chamado a gerar vida. Tanto os homens quanto as mulheres precisam compreender o verdadeiro sentido do relacionamento sexual para não se precipitarem. Somos dotados do desejo sexual, mas, nem por isso, podemos permitir que esses desejos nos governem.
A pressão em manter-se ou não virgem até a data do casamento é uma discussão antiga. Sabe-se perfeitamente que isso não é uma constante nos relacionamentos. Geralmente, o jovem casal de namorados se permite antecipar o ato sexual sob o pretexto de que o amor que sentem é suficiente para chegar a esse fim. O resultado é sempre desastroso.
A mulher, dotada de uma sensibilidade ímpar, espera encontrar um companheiro que a enxergue além de uma “máquina de obter prazer”. O homem, geralmente criado num ambiente machista, acredita, muitas vezes, que é papel da mulher somente lhe dar prazer. Se não houver uma compreensão dos dois, teremos um relacionamento vazio, uma vez que somente o sexo não torna alguém feliz.
“Transar por pressão é perder a individualidade e entregar-se a alguém que não merece o nosso respeito e a nossa consideração”
Todo mundo sabe que sexo é bom e faz bem, mas o mau uso dele deixa marcas impagáveis. Transar por pressão é perder a individualidade e entregar-se a alguém que não merece o nosso respeito e a nossa consideração. Muita gente erra, porque não sabe esperar, e por não saber esperar, vive num dilema de não esperar mais nenhuma novidade para sua vida.
Sexo sem amor traz mais dor do que alegrias. Ninguém nunca se arrependeu de ter esperado um pouco mais e, com paciência, colher os frutos reservados àqueles que souberam semear a espera no tempo de namoro e noivado. Quem quer ser feliz terá de seguir muito mais o coração do que a opinião da multidão.
Que ninguém se sinta obrigado a perder a virgindade sob o pretexto de ser taxado de atrasado ou coisa parecida. Viver é muito mais do que colecionar relações vazias, regadas a momentos de prazer (é verdade), mas destituídas de significados. Sexo é bom, melhor ainda é saber quando e com quem queremos viver este momento inesquecível.
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quinta-feira, 28 de maio de 2015

10 ensinamentos de São Felipe Néri (Prof. Felipe Aquino)

Conheça 10 de muitas lições deixadas por São Felipe Neri, o santo da alegria:
1-“Então, caro amigos, quando é que começaremos a amar a Deus?”
2-“Quem quiser que lhe obedeçam muito, mande pouco”.
3-“Quanto de amor pomos nas criaturas, tanto tiramos de Deus”.
4-“Não tardes em bem obrar; porque a morte não tarda em vir”.
a_felipe_neri-115-“Quem não puder dedicar longo tempo a oração deve, pelo menos, elevar muitas vezes o seu coração a Deus”.
6-“Neste mundo não há purgatório: ou é paraíso ou é um inferno. Os que suportam com paciência os sofrimentos desta vida gozam o paraíso. Quem assim não o faz, sofre o inferno”.
7-“É possível restaurar as instituições com a santidade, e não restaurar a santidade com as instituições”.
8-“Ser misericordioso com os que caíram é melhor meio para não cairmos nós mesmos!”
9- “Esta só razão devia bastar para manter alegre um fiel — saber que tem Maria Virgem junto de Deus, que pede por ele”.
10- “Longe de mim, o pecado e a tristeza!”
Seja Feliz!

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Criogenia: é possível preservar a vida?

O congelamento de corpos ou a criogenia é um ramo da físico-química que estuda tecnologias para congelar corpos a temperaturas abaixo de -150°C
Os gases de nitrogênio, hélio e oxigênio quando liquefeitos podem ser usados em muitas aplicações criogênicas (ex. congelamento de embriões em laboratórios de reprodução artificial; de células-tronco de embriões ou do cordão umbilical).
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Criogenia é possível preservar a vidaSão muitos os objetivos buscados ao congelar corpos, mas o mais ambicioso é a tentativa de manter a pessoa supostamente “viva” e congelada, na expectativa de, no futuro, encontrar a cura da doença pela qual ela foi acometida. Dessa forma, essa pessoa poderá ser curada e continuar sua vida livre daquela enfermidade. Conforme cientistas do Cryionics Institute, criado com o objetivo de preservação da vida por meio da criogenia, imediatamente após a morte confirmada, o paciente é exposto a uma substância que impedirá a formação de gelo em torno do corpo e, logo em seguida, o corpo é resfriado a uma temperatura muito baixa, mantendo-o por tempo indeterminado em “cryostasis”, ou seja, congelado em nitrogênio líquido. No entanto, os próprios cientistas afirmam que essa técnica não consiste em querer “ressuscitar” a pessoa, pois a criogenia não poderá restaurar pessoas com morte cerebral.
A criopreservação só pode garantir a preservação de estruturas corporais que possam voltar à vida, ou seja, serem restauradas. A criônica tem como objetivo “preservar” corpos humanos recém-falecidos para reanimá-los na posteridade. Muitos cientistas descartam essa possibilidade como algo mais ligado ao campo religioso do que à ciência; afinal, as pessoas são congeladas e ficam à espera de um progresso científico capaz de curá-las de sua enfermidade até então incurável.
A criopreservação é possível, já temos o congelamento de embriões humanos em laboratórios por tempo indeterminado; porém, imaginar que o paciente possa voltar e ser curado da enfermidade já é outra história. Cientistas estão fazendo testes com animais, tecidos e órgãos humanos e garantem que estão tendo sucesso. Para os defensores dessa tecnologia, é como se a pessoa acordasse de um sono profundo muitos anos depois de sua era. Para isso, diferentes laboratórios criogênicos do mundo estão trabalhando exaustivamente e têm a permissão de seus respectivos governos para funcionarem normalmente. Um dos grandes desafios para os criônicos é como reverter os danos biológicos causados pelo processo de esfriamento, ou seja, ainda não possuem a tecnologia para reverter a vitrificação.
O que podemos dizer de tudo isso? Tem-se desenvolvido uma nova expectativa que é funcional, sobretudo, na cruzada da medicina contra a mortalidade: tudo é permitido, salva vidas, cura as doenças e evita a morte, ou seja, deve-se fazer de tudo para preservar a saúde e prolongar o máximo possível a vida; os outros valores devem se curvar na presença de divindades biomédicas como uma melhor saúde, maior vigor e vida mais longa.
Se a vida é um bem e viver mais é melhor, por que não considerar a morte uma doença e lutar para vencê-la a todo custo? O uso das biotecnologias na luta contra a morte levanta razões sérias e importantes para uma reflexão ética acerca da oportunidade da “cura da morte”.
De fato, a vitória sobre a morte é o objetivo implícito da ciência médica moderna e de todos os projetos científicos ao longo da história. São várias as propostas na busca contínua da conquista da natureza para aliviar a condição humana, e para isso instituíram a ciência, cujo objetivo explícito é inverter a maldição caída sobre Adão e Eva, sobretudo recuperar a árvore da vida por meio do conhecimento científico. Para a maioria de nós, especialmente no mundo moderno secularizado, onde as pessoas cada vez mais estão convencidas de que esta é a única vida que nos foi dada, o desejo de estender (mesmo que pouco) a duração da vida é a revelação do desejo de não envelhecer e nunca morrer.
A moralidade da busca contra a morte depende da ação ou do objetivo aos quais o desejo está vinculado. O mal está em sua procura desordenada e desvinculada de nosso verdadeiro fim que é estar em Deus. É necessário que o homem reconheça e aceite a própria realidade e os próprios limites. E, ao abrir-se a Deus, poderá acolher melhor o sentido da própria fragilidade, dos próprios limites e desejos ilimitados.
Não é contrário à natureza, em busca de uma medida ética e digna da pessoa, encontrar meios para lutar contra a mortalidade ou mesmo para envelhecer com melhor qualidade de vida. Na atribuição ética da tecnologia que procura vencer a morte, é preciso avaliar a intenção de tal busca, enquanto tal intervenção é capaz de modificar a natureza humana e as eventuais consequências para a pessoa e para a humanidade. A busca desenfreada da cura da morte, neste caso específico do congelamento do corpos, que afeta a integridade da pessoa na tentativa de atingir uma vida imortal, é uma ofensa contra a dignidade em sua humanidade, é a não aceitação da condição de criatura e como relata o livro do Gênesis sobre Adão e Eva, é querer reivindicar para si o direito de decidir o que é bom e o que mau,uma força perigosa e ameaçadora e da qual cada geração a vive e, por isso, o pecado ainda continua.

Padre Mário Marcelo Coelho

Mestre em zootecnia pela Universidade Federal de Lavras (MG), padre Mário é também licenciado em Filosofia pela Fundação Educacional de Brusque (SC) e bacharel em Teologia pela PUC-RJ. Mestre em Teologia Prática pelo Centro Universitário Assunção ( SP), o sacerdote é autor e assessor na área de Bioética e Teologia Moral; além de professor da Faculdade Dehoniana em Taubaté (SP).


sexta-feira, 15 de maio de 2015

O Papa João Paulo II e a Virgem de Fátima

joaopauloAs mãos maternais de Nossa Senhora de Fátima e o trabalho de São João Paulo II mudaram a história do mundo
No dia 13 de maio de 1980, o Papa São João Paulo II foi baleado na Praça de São Pedro, pelo turco Ali Agca, a mandado da KGB, polícia secreta russa, segundo o inquérito da polícia italiana: “Esta Comissão acredita, indubitavelmente, que a liderança da União Soviética tomou a decisão de eliminar o papa João Paulo II”, diz o Relatório. (http://noticias.uol.com.br/ultnot/ – ROMA (Reuters).
No mesmo dia, do ano seguinte, o Papa foi a Fátima e levou a bala que o tinha atingido para ser colocada na coroa de Nossa Senhora de Fátima, como agradecimento por Ela lhe ter salvado a sua vida.
O atentado ao Papa foi a “queima roupa”, uma das balas atingiu o seu abdome, e por milagre de Nossa Senhora ele não morreu. Ele disse depois que “uma mão puxou o gatilho, mas outra Mão dirigiu a bala”, de modo que esta não o matasse. O Papa se referia à proteção que Nossa Senhora de Fátima lhe dera.
Essa bala foi colocada na Coroa de Nossa Senhora, que as mulheres portuguesas mandaram confeccionar para agradecer a Virgem de Fátima por ter livrado Portugal de participar da Segunda Guerra Mundial, e não ver seus filhos morrerem em campos de batalhas.
Quando os especialistas foram colocar a bala na Coroa da Virgem, não sabiam onde iriam encaixá-la sem comprometer a bela arte; mas eis que notaram que havia um orifício bem na frente da Coroa; e não sabiam por que o deixaram ali. Então os especialistas ali colocaram a bala que se ajustou perfeitamente no orifício; uma enorme surpresa. Quem poderia ter deixado ali aquele orifício?
O Papa foi eleito em 16 de Outubro de 1978, no auge do comunismo ateu e materialista que ele tanto condenou e trabalhou para extingui-lo. Consagrou seu pontificado a Nossa Senhora; no seu brasão colocou a frase: “Totus tuus”.
Juan Lara, vaticanista, disse que João Paulo II passaria para a história como o Pontífice que contribuiu decisivamente para a queda do comunismo, que nele viveu durante mais de três décadas. Fortemente ligado à Polônia, impulsionado pelo sindicato livre “Solidariedade”, e com o forte apoio da Igreja começou o trabalho de libertação do seu povo do jugo comunista.
O golpe definitivo viria em janeiro de 1989, quando Solidariedade foi legalizado definitivamente e, em agosto desse mesmo ano, quando o católico Tadeusz Mazowiecki, que foi assessor do sindicato, chegou ao poder, derrotando os comunistas.
A Polônia foi a primeira ficha do “efeito dominó”. Sua queda arrastou a Hungria, que abriu suas fronteiras e seus cidadãos fugiram para a Áustria; depois a Alemanha Oriental, cujos cidadãos também fugiram propiciando em 9 de novembro de 1989, a queda do Muro de Berlim.
Em 1º de dezembro de 1989, o Premiê russo Mikhail Gorbachov cruzou a praça de São Pedro do Vaticano para o encontro histórico com o Papa. Depois caíram os regimes da Bulgária, Tchecoslováquia, Romênia e já em agosto de 1991, o da URSS.
Foi um fato impressionante a queda retumbante do comunismo no Leste Europeu em 1989, sem derramamento de sangue, como queria João Paulo II. De fato, isso não pode ser explicado sem considerarmos a ação de Deus e de Nossa Senhora através do Papa. Nas aparições de Fátima, em 1917 a Virgem tinha prometido que se a Rússia fosse consagrada a Seu Coração, seu Coração triunfaria no país comunista. E isto aconteceu. Ela tinha dito às crianças que haveria uma Segunda Guerra e que a Rússia espalharia seus terríveis erros (o comunismo) por muitos países, como de fato ocorreu.
O mundo vivia a “guerra fria” entre a União Soviética e os países ocidentais. O medo imperava com a possibilidade real de uma Terceira Guerra mundial, e nuclear, que pulverizaria o planeta. De repente, o bloco comunista se dissolve como um castelo de areia, da noite para o dia. Como explicar isso?
João Paulo II viveu e sofreu sob este terrível regime na Polônia; cabendo a ele, por vontade de Deus, ser o principal artífice de sua queda, depois de ter por mais de 70 anos escravizado muitas nações da Europa e as ter confinado sob o chamado Muro de Berlim ou “Muro da Vergonha”. Milhões de pessoas foram vítimas deste terrível flagelo. O “Livro negro do comunismo” (Stephan Courtois, Ed. Bertrand Roussel, 2005) fala em cem milhões de mortos na Rússia, China, Hungria, Tchecoslováquia, Iugoslávia, Romênia, Bulgária, Polônia, Cuba, Vietnam, Laos, Cambodja, etc. Milhões viveram sob este pesadelo. Lamentavelmente ainda vivem sob este cativeiro a ilha de Cuba, a Coréia do Norte e a China.
O jornalista Bernard Lecomte, especializado em assuntos da União Soviética e dos países do Leste Europeu, depois de investigar os arquivos do Leste europeu e de Paris, escreveu, em 1991, um livro sobre a história da queda do comunismo, mostrando ao mundo que foi fundamental a ação do Papa João Paulo II para que isto acontecesse.cpa_a_mulher_do_apocalipse
Quando o comunismo caiu, os autores Bernstein e Politi escreveram que: “boa parte do mundo passou a saudar Wojtyla como o vencedor de uma guerra que começara em 1978” (Revista PR, nº 420/1997).
Quando da revelação do Terceiro Segredo de Fátima, o Cardeal Ratzinger, disse que: “Com relação ao “Bispo vestido de branco” (o Papa) que é ferido de morte e cai por terra, a Irmã Lúcia concordou plenamente com a afirmação do Papa João Paulo II: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre deteve-se no limiar da morte” (Meditação com os Bispos italianos na Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994).”
O Cardeal fez questão de recordar o que a Irmã Lúcia disse ao Papa em 12 de maio de 1982, um ano após o atentado que ele sofreu: “A terceira parte do segredo se refere às palavras de Nossa Senhora: “Senão [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas.”
Pelas mãos maternas de Nossa Senhora de Fátima, e o trabalho de São João Paulo II, o Leste Europeu ficou livre do comunismo ateu, materialista e sanguinário. Demos graças a Deus! Mudou a história do mundo.
Prof. Felipe Aquino
Seja Feliz!

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Qual é o Terceiro Segredo de Fátima? (Prof. Felipe Aquino)

Os acontecimentos, a que se refere o Terceiro Segredo de Fátima deixa o permanente apelo à oração e à penitência para a salvação das almas

Resultado de imagem para n sra fátimaInfelizmente, circula na internet um tal “Terceiro Segredo de Fátima”, que muito assusta as pessoas, como se o Papa João Paulo II não o tivesse revelado no ano 2000. No dia 26 de junho deste ano, foi revelado, com a devida autorização do Papa, o verdadeiro Terceiro Segredo de Fátima, que tanta curiosidade, medo e, às vezes, pavor, despertava no povo. Na verdade, houve muita fantasia prejudicial às pessoas. Nas suas três partes, o segredo nada tem de previsões sobre o fim do mundo nem de catástrofes ou flagelos.

Com a revelação do segredo, feita por meio da Sagrada Congregação da Fé, com uma interpretação feita, a pedido do Papa, pelo então Cardeal Joseph Ratzinger, hoje o Papa Bento XVI, prefeito da citada congregação na época, viu-se que se trata de uma visão do século XX, século este impregnado de mártires do comunismo, do nazismo e de outras forças inimigas da Igreja e de Deus. Milhões morreram pela fé.

Na entrevista que Dom Tarcísio Bertone, então Secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, teve com a Irmã Lúcia, por ordem do Sumo Pontífice, em 27 de abril de 2000, no Carmelo de Coimbra, onde vivia a religiosa, esta, lúcida e calma, concordou com a interpretação do segredo, segundo a qual a terceira parte do Segredo de Fátima consiste numa visão profética, comparável às da história sagrada. Ela reafirmou a sua convicção de que a visão de Fátima se refere “sobretudo à luta do comunismo ateu contra a Igreja e os cristãos” e descreve os duros sofrimentos das milhões de vítimas do século XX.

Irmã Lúcia confirmou que a principal personagem do segredo era o Santo Padre e recordou como os pastorinhos tinham pena dele. Com relação ao “Bispo vestido de branco” (o Papa), que é ferido de morte e cai por terra, a Irmã concordou plenamente com a afirmação do saudoso Papa João Paulo II: “Foi uma mão materna que guiou a trajetória da bala e o Santo Padre deteve-se no limiar da morte” (Meditação com os Bispos italianos na Policlínica Gemelli, 13 de maio de 1994).

É interessante destacar o que diz a Irmã Lúcia: “Eu escrevi o que vi; não compete a mim a interpretação, mas ao Papa”. A ela foi dada a visão, não a interpretação. Mais uma vez, vemos aí a importância da Igreja e do Pontífice. E a Irmã concordou com a interpretação dada pela Igreja. Na interpretação do segredo, já bastante publicado e conhecido, feita pelo Cardeal Ratzinger, alguns pontos merecem ser destacados:

1 – A palavra-chave da primeira e segunda parte do segredo é “salvar as almas”; a palavra-chave da terceira parte é “penitência, penitência e penitência”. O mesmo cardeal lembrou que a Irmã Lúcia lhe disse que o objetivo de todas as Aparições da Santíssima Virgem era fazer crescer, cada vez mais, a fé, a esperança e a caridade.

2 – A visão do anjo com a espada de fogo representa o perigo da destruição da humanidade por si mesma, por meio da guerra e de outras formas. O brilho da Mãe de Deus aparece como a força capaz de vencer as forças da terrível destruição.

3 – O sentido da visão não é mostrar um filme sobre o futuro, mas uma forma de orientar a liberdade humana a buscar o bem. Há que se evitar, portanto, as interpretações fatalistas do segredo, como se tudo já fosse traçado para acontecer, sem respeitar a liberdade dos homens. O futuro é visto como que num espelho, de maneira simbólica.

4 – Três sinais aparecem: uma montanha alta, uma grande cidade meio em ruínas e uma grande cruz de troncos toscos. A montanha e a cidade são o lugar da história humana, de convivência, mas de luta; como uma subida árdua no qual o homem destrói, com as próprias mãos, o que ele mesmo construiu (cidade em ruínas). No alto da montanha está a cruz, meta e orientação da história humana, sinal da miséria humana e promessa de salvação.

A visão mostra o caminho da Igreja como uma Via-Sacra, ladeado de violência, destruição e morte, mas também de esperança. Diz o cardeal que, nesta imagem, pode-se ver a história de um século que se finda. O século dos mártires, dos sofrimentos e das perseguições à Igreja. Século de duas guerras mundiais e de muitas guerras locais. No espelho desta visão, vemos passar as testemunhas da fé deste século.

O cardeal fez questão de recordar o que a Irmã Lúcia disse ao Papa João Paulo II, em 12 de maio de 1982, um ano após o atentado sofrido por ele: “A terceira parte do segredo se refere às palavras de Nossa Senhora: “Se não [a Rússia] espalhará os seus erros pelo mundo, promovendo guerras e perseguições à Igreja. Os bons serão martirizados, o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas”.

Os Papas deste século tiveram um papel preponderante na árdua “subida da montanha” do segredo. Desde Pio X até João Paulo II, todos os Santos Padres sofreram no caminho que nos leva à cruz.

5 – Destaca o mesmo cardeal que o fato de o Papa não ter morrido no atentado de 13/5/81 significa que não existe um destino imutável (na visão Sua Santidade aparece morta), e se a mão de Nossa Senhora guiou a bala para que não o matasse, é porque a força da oração e da penitência é maior do que as balas, e a fé é mais poderosa do que os exércitos. Tudo pode ser mudado pela oração e pela conversão!

6 – Por fim, a visão mostra os anjos que recolhem da cruz o sangue dos mártires e com ele regam as almas que se aproximam de Deus. O Sangue de Cristo e o dos mártires são vistos juntos a significar que o nosso sofrimento completa a salvação do mundo (cf. Cl 1, 24). O sangue dos mártires é semente de novos cristãos, como dizia Tertuliano. E assim, o terceiro Segredo termina com uma forte mensagem de esperança: nenhum sofrimento é vivido em vão se é acolhido na fé. É de todo o sofrimento e de todo o sangue derramado pela Igreja, no século XX, que brotarão as forças de um novo Cristianismo no século XXI. Haverá uma forte purificação e uma renovação que já se faz sentir no coração da Igreja. É a eficácia salvífica que brota do Sangue de Cristo misturado ao dos Seus mártires.

7 – Os acontecimentos, a que se refere o segredo, já são do passado; fica o permanente apelo à oração e à penitência para a salvação das almas. O cardeal termina afirmando que a certeza de Nossa Senhora de que, por fim, “o meu Imaculado Coração triunfará” significa que um coração voltado inteiramente para Deus é mais forte do que as pistolas ou as outras armas de fogo. A mensagem do Terceiro Segredo é uma mensagem de confiança no Cristo que venceu o mundo (cf Jo 16, 33).

Estive em Portugal, logo após a morte de Irmã Lúcia, em Coimbra, com a Dra. Branca, que cuidou da religiosa até a sua morte. A médica disse-me que Irmã Lúcia concordou inteiramente com a revelação feita pela Igreja sobre o segredo e que mais nada havia a revelar. Portanto, é preciso cessar a divulgação de um falso Terceiro Segredo de Fátima, como se a Igreja não tivesse revelado o verdadeiro.


Felipe Aquino
Professor Felipe Aquino é viúvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino



quinta-feira, 30 de abril de 2015

Posso Ir a Benzedeiros? (Danilo Gesualdo)

Privado: Posso ir a Benzedeiros?O Dicionário nos ensina que benzer é: Abençoar, tornar abençoadoInvocar a proteção do céu
Isso é o que diz o Dicionário…E até aqui não existe um problema, pois estamos vendo somente o significado da palavra! O problema está na maneira que este significado foi interpretado durante muito tempo, e como é que o mesmo ainda hoje é colocado em prática.
As pessoas mais antigas, nossos avós, bisavós, quando conversávamos com eles, diziam que iam na Igreja se benzer, ou procurar um padre para benzer as crianças,benzer objetos e coisas do tipo…E o que realmente eles queriam e procuravam era exatamente o significado da palavra benzer, conforme o dicionário nos ensina; que é tornar abençoado
Não sei ao certo precisar quando no Brasil a prática de benzer foi se desviando realmente para a questão da superstição e até mesmo à prática do Ocultismo.
Alguns relatos históricos dizem que foi no período de colonização, que esta prática já era adotada pelos Imigrantes que aqui chegaram. Ainda há informações que este tipo de prática foi inspirada nas culturas indígenas e outras mais, que tinham como costume seus próprios rituais sagrados.
Não vou entrar aqui nas questões mais “culturais” do benzimento e coisas do tipo; pois o que quero, é chamar a atenção e alertar para o que se tornou o ato de procurar um benzedeiro e os seus reais riscos.
A verdade, é que em um dado momento esta prática de benzer se desvirtuou do seu real sentido, e foi “embutido” no mesmo, ensinamentos e práticas ocultistas.
Seitas Ocultistas, assim como ramificações do próprio espiritismo, adotaram a palavrabenzer para aquilo que eram práticas em seus rituais. E realmente a partir daí a palavra benzer entrou numa categoria muito grande de possibilidades: Que abrange desde a visita a uma pessoa em sua casa com um ramo de arruda passando-a pelo seu corpo, até a visita em terreiros de Umbanda e Candomblé para se benzerem…
E por isso esta prática se tornou sem dúvida nenhuma uma prática perigosa a nossa vida cristã, porque nem todas as pessoas conseguirão distinguir uma coisa da outra.
E é certo que hoje 99% das pessoas que dizem BENZER ou fazer BENZIMENTOS estão envolvidas diretamente a doutrinas relacionadas ao Ocultismo.
E o grande perigo está que, quando procuramos estas pessoas e nos permitimos que estas façam “benzimentos“, estamos “abrindo portas” para que AQUILO que elas invocarem, possam agir em nossas vidas e na situação pelo qual procuramos a ajuda destes benzedeiros.
Na prática, nos abrimos a ação de toda e qualquer entidade que os mesmos invocarem sobre nós! Sabemos desde sempre que não existem espíritos evoluídos, entidades boas ou más, espíritos bons ou maus; o que existe no mundo espiritual são Anjos de Deus ou Demônios.
Então quando estes benzedeiros vem sobre nós invocar certas entidades, na verdade estão invocando Demônios com nomes diferentes, nada mais que isso.
Este tipo de “BENZIMENTO” esta também diretamente ligado a questão da Superstição, que a o Catecismo da Igreja Católica nos ensina de maneira tão clara no numero 2111:
A superstição é um desvio do sentimento religioso e das práticas que ele impõe. Também pode afetar o culto que prestamos ao verdadeiro Deus: por exemplo, quando atribuímos uma importância de algum modo mágica a certas práticas, aliás legítimas ou necessárias. Atribuir só à materialidade das orações ou aos sinais sacramentais a respectiva eficácia, independentemente das disposições interiores que exigem, é cair na superstição.”
Ai está mais um motivo: Recorrer a benzedeiros é cair em Superstição! Pois isso afeta diretamente “o culto que prestamos ao verdadeiro Deus“. Deixamos de recorrer a Deus em nossos problemas, dificuldades, duvidas, doenças e etc…E começamos a recorrer ao benzedeiro, começamos a recorrer as praticas que eles nos ensinam, as simpatias que eles conhecem. Ficamos cada vez mais presos a eles.
Há benzedeiros que atualmente já estão partindo para a questão da adivinhaçãoprevisão do futuro, já dizem que conseguem ver quem fez algum tipo de mau para a pessoa, e se está quer devolver o mau com um “trabalho espiritual“; entraram literalmente em praticas satânicas,ocultistasdiabólicas…Perverteram o “sentimento religioso” e as “práticas que ele impõe“.
Quem recorre a este tipo de benzedeiros e benzimentos esta abrindo sua vida aos Demônios.
Eu mesmo quando criança fui levado muitas vezes pelos meus pais a benzedeiros. Achando que estavam fazendo coisas boas, que estavam ajudando…Mas o que estavam fazendo era abrindo as nossas vidas ao Mal.
Em geral as pessoas procuram benzedeiros e benzimentos para: quebrantomau olhado,olho gordoespinhela caída, cobreiro, bucho virado, medos, sustos, dores, coceiras e muitas outras…
Há elementos físicos que os mesmos se utilizam com maior frequência: Ramos, água, sal, carvão, faca, vela, tesoura, ervas, entre outros…O mais utilizado é o ramo de arruda, na qual estes benzedeiros passam eles nas pessoas, as benzendo; e dizem que os males ficam como que “presos” aos ramos, e se a pessoa tiver algo negativo ou algum mal, os ramos irão murchar…
Conheço casos de pessoas que sofreram reais tormentos e ações diabólicas por frequentarem benzedeiros e se envolverem com realidades espirituais Malignas!
E ai pode surgir a pergunta:
E se eu já fui a benzedeiros ou levei meus filhos, o que devo fazer?
Para não me delongar neste artigo, leia a continuação POSSO IR A BENZEDEIROS? – Parte 2
Deus abençoe você, e até o próximo artigo!
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Sobre o Autor:
Danilo Gesualdo, é membro da Comunidade Canção Nova e atua junto ao Ministério de Cura e Libertação, residindo em nossa sede em Cachoeira Paulista.
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