quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher, Teu Nome é Maria!

Hoje comemora-se o Dia Internacional da Mulher.

Muitos dizem que "se Deus criou algo melhor que a mulher, guardou para Ele". 

Meditando, isso me fez lembrar que é verdade. "É como está escrito: Coisas que os olhos não viram, nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou (Is 64,4), tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam." (I Cor 2,9). Então, melhor que toda criatura, está na Eternidade aquilo que é verdadeiramente bom e belo, e é inimaginável a nós, finitas criaturas!

Não deixo de dar valor à mulher. Não. Somente não posso creditar a uma criatura, aquilo que não lhe pertence na ordem das coisas. Mas a homenagem vale. Por meio delas, nascemos. Por meio delas aprendemos a ser mais condescendentes. Por elas fomos à tantas guerras. Por elas morremos e vivemos. Na escuridão da noite, às mães recorremos. No cansaço, o regaço feminino é o melhor aconchego. Na falta de esperança, o conselho da esposa é o que aponta o caminho. É feliz o homem que vê sua filha crescer e passar a lhe dar conselhos, com uma maturidade que homem jamais tem! Joana D'Arc, Ester, Dalila, Eva, Indira Gandhi, Ana Neri, Cleópatra, Nefertiti, Santa Clara, Amelia Eahart, minha filha, minha esposa, minha mãe!

Mas não poderei esquecer nunca daquela que, entre todas foi a mais bela e perfeita criatura: A Mãe de Deus, Maria! Nossa Senhora!

Curioso que, nesta noite, sonhei que meu filho estava brincando com Ela, em casa. Então fui olhar de relance, para que Ela não se ocultasse de meus olhos adultos, e a vi, como quando apareceu à Bernadette Soubirous: uma menina com traços israelitas, toda de branco e com uma faixa azul celeste na cintura. trazia um véu branco sobre os cabelos castanhos. Olhos vivazes, tez morena, sorriso angelical. Em outro momento, a vi em meio às nuvens, com o mesmo trajar, e as nuvens formavam como um nicho e se abriam, dando-lhe passagem. Mulher agora, esguia, forte, semblante sereno, a Rainha da Paz!

Ao acordar esta manhã, pus-me a pensar no significado desse sonho, enquanto minha alma reaviva, a cada instante, essas imagens, enchendo-me de uma alegria imensa!

Viva as mulheres!
Viva a Mãe de Deus e nossa!
Salve Maria!

Transcrevo, abaixo, um texto que colhi no blog Servos da Rainha. Boa leitura!

A Origem da oração Salve Raínha

A “Salve Rainha” é uma da orações mais populares entre os católicos. De tão repetida, é rezada às vezes, de forma maquinal, sem que se sinta da profunda emoção que a percorre do princípio ao fim. Por isso, para recuperar toda sua vibração original, pode ser útil analisar, uma por uma, as estremecidas palavras que a conformam.
Quem compôs esta prece tinha uma experiência muito viva das misérias da vida humana. Nesta prece “bradamos” como “degredados”, “suspiramos gemendo e chorando”, vemos o mundo como “um vale de lágrimas”, como um “desterro”… Entretanto, essa melancólica visão da vida acaba dissolvendo-se num sentimento de doce esperança que a ultrapassa e domina. Com efeito, se ao considerar a condição humana, o autor da prece só vê motivos de tristeza, ao fixar sua atenção naquela a quem a dirige, mostra-se animado por um horizonte de expectativas reconfortantes e consoladoras, pois ela, a Virgem Maria, é “mãe de misericórdia”… “vida, doçura, esperança”… “advogada” de “olhos misericordiosos”…
Captaremos melhor o estado de ânimo de que brotou esta comovente oração se lembrarmos quem a compôs e em que circunstâncias. Ela é atribuída ao monge Herman Contrat que a teria escrito por volta de 1.050, no mosteiro de Reichenan, na Alemanha. Eram tempos terríveis aqueles na Europa central: sucessivas calamidades naturais, destruindo as colheitas, epidemias, miséria, fome e morte por toda parte… e, como não se bastasse, a ameaça contínua dos povos bárbaros do Leste que invadiam os povoados, saqueando e matando, destruindo tudo, inclusive igrejas e conventos… Frei Contrat tinha consciência da infortunada época em que vivia, mas tinha outras razões, além das agruras da vida de seus contemporâneos, para a aflição e o desconsolo. E não podia fechar os olhos para elas, pois as carregava no seu corpo: ele nascera raquítico e deforme; adulto, mal conseguia andar e escrevia com dificuldade, de mirrados que eram os dedos das suas mãos…
Foi no fundo de todas as misérias, as próprias e as alheias, que a alma de Frei Contrat elevou à Rainha dos céus essa maravilhosa prece, carregada de sofrimento e esperança, que é a “Salve Rainha”. Mas, se foi capaz de fazê-lo foi porque, no mais íntimo de seu ser cintilava, sobre a paisagem desolada do mundo, a figura esplendorosa e amável da Mãe de Jesus… Contam que, no dia do seu nascimento, ao constatarem o raquitismo e mal formação do bebê, seus pais caíram em prantos. Sua mãe Miltreed, mulher muito piedosa, ergueu-se então do leito e, lá mesmo, consagrou o menino à Mãe de Deus. Consagrado a Ela, foi educado no amor e na confiança em relação à Ela. E foi com essa bagagem na alma que anos mais tarde foi levado (de liteira, pois continuava sendo um deficiente físico) até o mosteiro de Reichenan, onde com o tempo chegou a ser mestre dos noviços, pois o que tinha de inapto seu corpo, tinha de perspicaz seu espírito.
Quando veio a ser conhecida pelos fiéis a “Salve Rainha” teve um sucesso enorme e logo era rezada e cantada por toda parte. Um século mais tarde, ela foi cantada também na catedral de Espira, por ocasião de um encontro de personalidades importantes, entre elas, a do imperador Conrado e a do famoso São Bernardo, conhecido como o “cantor da Virgem Maria”, pelos incendidos louvores que lhe dedicava nos seus sermões e escritos (ele foi um dos primeiros a chamá-la de “Nossa Senhora”). Dizem que foi nesse dia e lugar que, ao concluir o canto da “Salve Rainha” (cujas últimas palavras eram “mostrai-nos Jesus, o bendito fruto do vosso ventre”), no silêncio que se seguiu, ouviu-se a voz potente de São Bernardo que, num arrebato de entusiasmo pelo mãe do Senhor, gritou, sozinho, no meio da catedral: “ó clemente, ó piedosa, ó doce sempre Virgem Maria”… E a partir dessa data estas palavras foram incorporadas à “Salve Rainha” original.
Nos quase mil anos que se passaram desde que Herman Contrat compôs a “Salve Rainha” uma multidão incontável de fiéis tem se identificado como os sentimentos que ela expressa, vivendo desde sua aflição a doce esperança que inspira sempre a figura amável e amada da Mãe do nosso Salvador.
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por site Presbíteros
"SALVE, REGINA

Salve, Regina, Mater misericordiæ,
vita, dulcedo et spes nostra salve!
Ad te clamamus, exsules filii Evæ.

Ad te suspiramus gementes et flentes
in hac lacrimarum valle.
Eia ergo, advocata nostra, illos tuos
misericordes oculos ad nos converte.

Et Jesum, benedictum fructum ventris tui,
nobis post hoc exsilium, ostende.

O clemens, o pia, o dulcis
Virgo Maria!

Ora pro nobis, sancta Dei Genitrix,
ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Amen."

Leia hoje: I Coríntios 2, 6-16

E seja Feliz!

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