CORPUS CHRISTI!
Muitos sabem que a festa remonta ao século XIII (1264), quando o Papa Urbano IV a instituiu através da bula Transiturus.
Mas este foi o desfecho da história...na verdade, Deus se manifestou cinquenta anos antes, à Santa Juliana, em 1208.
Santa Juliana nasceu no ano de 1193, numa aldeia denominada
Retinne, situada próxima à cidade de Liége, na
Bélgica. Conviveu pouco tempo com os pais,
pois ficou órfã com apenas cinco anos de idade. Em
decorrência disso, Juliana e sua irmã Agnes, foram confiadas aos
cuidados das irmãs agostinianas em Monte Cornillon, onde
receberam esmerada educação e viveram
piedosamente. Quando completou 14 anos de Idade, ingressou
definitivamente na comunidade das irmãs
agostinianas.
Desde a mais tenra infância, sempre nutriu muito amor, possuindo em
grau elevadíssimo, admirável devoção ao Sacramento da Eucaristia. Deus a
preparava e lhe infundia grandes conhecimentos, além do que se tornaria ela um
instrumento em Suas mãos para a missão de difundir o valor da Sagrada
Eucaristia.
Um dia, no ano de 1208, Juliana quando em oração, teve a visão de um astro,
semelhante à lua cheia brilhante, mas com uma pequena incisão
preta. Temendo estar sendo vítima de uma ilusão maligna, suplicou
ardorosamente ao Divino Mestre que lhe esclarecesse tais visões, as quais
passaram a se repetir, consecutivamente, todos os dias. Somente
após dois anos foi que Nosso Senhor revelou-lhe o
significado: “A lua representa a Igreja e suas festas,
e a incisura significa a falta da solenidade, cuja
instituição eu desejo, para despertar a fé dos povos e para o bem
espiritual dos Meus eleitos. Quero que uma festa especial seja estabelecida em
honra ao Sacramento do Meu Corpo e do Meu Sangue.”
Persuadida a realizar a vontade de Deus, porém, no
momento em que julgou apropriado, Juliana indicou
às autoridades religiosas a missão que havia recebido. Comunicou
as aparições a Dom Roberto de Thorote, o então bispo de Liége e ao
douto Dominico Hugh; também comunicou o fato ao bispo dominicano
Jacques de Pantaleón que viria, mais tarde, a ser eleito Papa (Urbano IV).
Em 1246, Dom Roberto concedeu aprovação junto ao seu escritório e em 1246,
convocou um sínodo, onde requisitou que todos seus
padres, religiosos e leigos. Disse a festa do Santíssimo Sacramento seria
comemorada na quinta-feira seguinte à festa da Santíssima
Trindade. Mas, em 16 de outubro daquele mesmo ano, o bispo veio a
falecer e não pode ver cumpridas suas ordens.
Muitos religiosos, porém, que há tempos haviam se unido em forte
oposição à instituição da festa, ficaram aliviados com a morte do bispo
Roberto; afirmavam eles que a narrativa de Juliana era fruto da sua
imaginação; mediante diversas articulações e
mentiras, instigaram a população local e perseguiram implacavelmente
a religiosa, que foi mandada para um lugar chamado Namur, por ordem
de seu Superior Geral Roger, que também alimentava muitas
desconfianças sobre as declarações de Juliana. Mais tarde
o Superior perdeu sua posição e Juliana teve autorização
para retornar ao mosteiro de Cornillon. No ano seguinte, porém,
Roger foi novamente designado a dirigir o mosteiro, tendo Santa
Juliana sido enviada novamente para Namur.
Apesar
destas articulações, o Cardeal Cher, que era dominicano,
decidiu instituir alguns anos depois em toda a diocese, a
nova festa dedicada ao Corpo de Deus. A primeira delas foi
celebrada na igreja de São Martinho, em Liége. O próprio cardeal foi quem
conduziu a celebração, num grande cerimonial, cujos ritos canônicos acabaram
sendo adotados posteriormente por modelo, em toda a Igreja
universal.
Santa
Juliana estava repleta de alegria, ao ver sua visão feita real.
Estava ansiosa para ver a festa em honra ao Santíssimo Sacramento
ser estendida à toda a Igreja, mas não viveu o suficiente
para isso. Passou os últimos anos numa vida solitária e morreu em
Fosses, no dia 05 de abril de 1258.
No ano de 1261, o referido bispo Jacques de Pantaleón veio a assumir o governo
da Igreja, sob o nome de Urbano IV. Foi ele que, como
mencionado, havia pessoalmente recebido o relato das visões de Santa
Juliana, quando era bispo. Sucede que, no segundo ano de seu
pontificado, junto à localidade de Bolsena, ao Norte de
Roma, ocorreu um grande milagre eucarístico: Um sacerdote que
celebrava a Santa Missa, duvidou da presença real de Cristo na
Eucaristia e no momento de partir o Pão, viu dele sair sangue, que
em seguida foi empapando o corporal. A veneranda relíquia foi levada em
procissão a Orvieto em 1264. Hoje se conservam os corporais, o
cálice e a patena, bem como a pedra do altar em Bolsena, manchada
com o Sangue de Cristo. O Santo Padre, então, determinou
que a festa do Corpo de Cristo fosse estendida a toda a Igreja
Universal, através da bula “Transiturus”, de 08 de setembro de 1264,
fixando-a para depois da oitava de Pentecostes. Foi nesta época
que o Papa Urbano IV encarregou um ofício, designando São
Boaventura e São Tomás de Aquino para elaborarem o hino
oficial dedicado ao Santíssimo Sacramento (Tantum ErgoSacramentum). Os hinos seriam por eles apresentados, para que
fosse feita a escolha definitiva. No dia
indicado, na presença do Pontífice, quando se começou a entoar a
música com a letra de São Tomás de Aquino, São Boaventura
maravilhado, tomou nas mãos seus apontamentos e os foi rasgando em
pedaços.
Reflexões
Santa Juliana enfrentou diversos obstáculos para ver instituída a
Solenidade de Corpus Christi. Foi colocada às mais duras provas, não só pela
perseguição perpetrada pelos membros da comunidade leiga, mas também do clero e
da sua própria organização religiosa. Deus permitiu que tal testemunho
chegasse aos ouvidos do então bispo diocesano, que viria a se tornar o Papa
Urbano IV. No curso deste pontificado, Deus fez impulsionar
de forma extraordinária a devoção ao Corpo de Cristo, através do milagre
eucarístico de Bolsena. O Papa Urbano IV, então, obteve a
definitiva confirmação da versão de Santa Juliana, que narrou o pedido de Jesus
pela instituição da solenidade. Estendeu, assim, por decreto, a
comemoração da festa à toda a Igreja.
Durante o curso da história, Deus concedeu uma infinidade de
graças e milagres extraordinários a fim de reavivar a fé nos homens. O milagre,
para o católico, representa um meio e não um fim absoluto para que possa crer
na Palavra de Deus. A origem da fé não está nos milagres, pois para os corações
endurecidos, nos diz Jesus, ainda que ressuscitasse um morto, não acreditariam.
Mas para quem crê, os milagres são manifestações gloriosas, que renovam as
forças daqueles que buscam a verdade, a perfeição cristã. Peçamos
ao Senhor, sobretudo, que nos conceda um coração de carne, e que nos
aperfeiçoe cada vez mais no caminho da fé. (fonte: www.paginaoriente.com)
Muitos são os milagres que provam que Jesus detém sua presença real (corpo, sangue, alma e divindade) na Eucaristia. Lanciano, Orviedo...e muitos outros, através dos séculos.
Mas nada disso valerá sem a fé...
E digo que também não basta crer e receber o Senhor na Eucaristia. É preciso comprometer-se com Jesus!
Recebê-lO na Eucaristia e passar a viver Sua presença real em nós! Passarmos a ser o Sacrário Vivo onde ele realmente deve e quer estar! Para através de nós, passar pelo mundo, continuar evangelizando, fazer Seu nome conhecido até aos confins da Terra, convertendo as almas para Ele, livrando-as das mãos de satanás, que não quer ver implantado o Reino de Deus, já, agora, em meio a nós!
Infelizmente, nos dias de hoje, vemos muitos Cristãos que buscam o Senhor somente nas suas angústias, e depois que passa a tempestade, vão-se embora, acomodam-se, e caem na antiga apatia.
Recebo, diariamente, como também vejo pelas redes sociais, milhares de mensagens louvando e exaltando a Deus, mas poucas atitudes de compromisso com Ele.
Jesus não é um Pop Star! Não é uma força, não é um sentimento! É DEUS! E pede nosso amor, que Ele pagou com Amor perfeito e eterno, na cruz!
A Eucaristia é a Cruz e a Glória da Ressurreição! É o céu em meio a nós!
A Eucaristia é uma porta para entrarmos na Eternidade ainda neste plano!
Deus vem a nós pela Eucaristia,não figurativamente, mas REALMENTE!
Ele, homem e Deus, Deus e homem perfeitamente unidos, unificando Sua divindade com a nossa humanidade, e nos divinizando, em Seu amor!
Oh, Mistério de amor Eterno de um Deus tão Grande que se faz tão pequeno, escondido sob as frágeis espécies de pão e vinho transubstanciados, para se fazer alimento por nós, para nos sustentar nesta vida até chegarmos na Eternidade, onde O veremos face a face, para sempre!
Graças e louvores se dêem a todo momento!
Ao Santíssimo e Diviníssimo Sacramento!
Leia hoje: São Marcos 14,12-16.22-26
E seja Feliz!
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