Hoje a Igreja Católica comemora a memória litúrgica da Visitação de Nossa Senhora à sua prima Santa Isabel. Deixo para vocês duas reflexões sobre o tema.
Sabemos que Nossa Senhora foi visitada pelo Arcanjo Gabriel com esta mensagem de amor, com esta proposta de fazer dela a mãe do nosso Salvador. E ela aceitou. E aceitar Jesus é estar aberto a aceitar o outro. O anjo também comunicou a ela que sua parenta - Santa Isabel - já estava grávida. Aí encontramos o testemunho da Santíssima Virgem - no Evangelho de São Lucas no capitulo 1, - quando depois de andar cerca de 100 km ela encontrou-se com Isabel.
Nesta festa, também vamos descobrindo a raiz da nossa devoção a Maria. Ela cantou o Magnificat, glorificando a Deus. Em certa altura ela reconheceu sua pequenez, e a razão pela qual devemos ter essa devoção, que passa de século a século.
“Porque olhou para sua pobre serva, por isso, desde agora, me proclamarão bem-aventurada todas as gerações.” (Lucas 1,48)
A Palavra de Deus nos convida a proclamarmos bem-aventurada aquela que, por aceitar Jesus, também se abriu à necessidade do outro. É impossível dizer que se ama a Deus, se não se ama o outro. A visitação de Maria a sua prima nos convoca a essa caridade ativa. A essa fé que se opera pelo amor. Amor que o outro tanto precisa.
Quem será que precisa de nós?
Peçamos a Virgem Maria que interceda por nós junto a Jesus, para que sejamos cada vez mais sensíveis à dor do outro. Mas que a nossa sensibilidade não fique no sentimentalismo, mas se concretize através da caridade.
Virgem Maria, Mãe da visitação, rogai por nós!
Fonte: Canção Nova
Uma reflexão sobre o significado da visita de Maria a sua prima Isabel.
A Visitação da Virgem Maria a sua prima Santa Isabel, cuja festa
comemoramos dia 31 de Maio, é um acontecimento no mínimo enigmático, que
não compreendemos facilmente. Maria estava grávida e partiu para uma
longa viagem, pois na época não havia as estradas e os meios de
transporte de hoje. De Nazaré, na Galileia, até Ain Karin, na Judéia,
onde morava Isabel são 150 quilômetros de distância. Para ir até a casa
de sua prima eram necessários vários dias de viagem. Certamente não foi
uma viagem fácil, principalmente por causa da gravidez de Maria. Por
isso, não é fácil compreender o que levou Nossa Senhora a empreender
essa caminhada.
Maria, contra todas as expectativas, depois de receber do anjo
Gabriel o anúncio: “Conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o
nome de Jesus” (Lc 1, 31), ela parte para a casa de Isabel. Lembre-se
que Isabel estava grávida de seis meses (cf. Lc 1, 36). Quando Nossa
Senhora saudou Isabel, “a criança pulou de alegria em seu ventre, e
Isabel ficou repleta do Espírito Santo” (Lc, 1, 41). Era João Batista,
primo de Jesus, que estava no ventre de Isabel e certamente teve sua
vida marcada pelo seu encontro com o Verbo Encarnado.
Isabel, depois de saudar Maria, diz: “Como mereço que a mãe do meu
Senhor venha me visitar? (Lc 1, 43). Ela diz isso por que Nossa
Senhora, sua prima, estava grávida do Verbo Encarnado e, por isso,
estranha a sua visita. Isabel também não compreendeu o motivo daquela
visita inesperada de Maria, principalmente por que ela seria mão do seu
Senhor.
Para iluminar a nossa reflexão, voltemos ao que Maria disse depois do
anúncio do Anjo: “Eis aqui a serva do Senhor! Faça-se em mim segundo a
tua palavra” (Lc 1, 38). Algumas traduções trazem, no lugar de
“serva”, o termo “escrava”. Para entender o que isso significa, é
preciso compreender o que significava ser escravo naquela época. Para o
povo judeu, ser escravo é ter um “senhor” à quem devia obediência.
Porém, não como na escravidão que houve aqui no Brasil.
Os servos, ou escravos, naquele tempo, serviam a seus senhores mas
tinham seus direitos garantidos pela Lei judaica. Maria se fez serva em
obediência, não a um senhor ou patrão, mas ao Senhor dos Céus e da
Terra. Por isso, não se apegou a sua condição de Mãe do Verbo, Jesus
Cristo, mas colocou-se a serviço de sua prima. Ficou com ela durante os
três meses (cf. Lc, 1, 56) que faltavam para Isabel dar à luz a João
Batista (cf. Lc 1, 60-63).
Maria, aquela que é a “cheia de graça” (cf. Lc 1, 28), escolhida para
ser a Mãe de Jesus, Nosso Senhor, empreende uma longa viagem para ficar
com Isabel, cuidar dela nos últimos dias de sua gravidez. Nesse gesto
de Maria somos formados para também nos colocar como servos, como
escravos do Senhor dos Céus e da Terra. Ser servo de Deus é uma grande
dignidade, por isso, para que não nos orgulhemos, Nossa Senhora nos
convida a assumir a postura de nos colocar a serviço dos nossos irmãos.
Que esta reflexão nos ajude a aprender, na escola da Virgem Maria, a
humildade e o serviço ao Senhor e aos irmãos.
Por fim, convido você para conhecer a consagração a Maria, segundo o “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, de São Luís Maria Grignion de Montfort.
Pois, esta consagração é uma verdadeira escola de santidade,
frequentada por inúmeros santos e santas, como São Pio de Pietrelcina,
São João Bosco, Santa Terezinha. Saiba como fazer a consagração, para se tornar um escravo de amor da Virgem Maria.
Fonte: Todo de Maria
Leia hoje: São Lucas 1,39-56
E seja Feliz!
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